Maria Luiza é uma brasileira que viajou para Tóquio com seu melhor amigo para conhecer o lugar e talvez arrumar um emprego.
Mas o que ela faria se em um dia comum fosse parar em uma Tóquio paralela?
Perdida e sem seu fiel amigo ela terá que sobrevi...
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Três meses depois.
Esses meses foram corridos e estranhos, voltamos ao nosso mundo e descobri que tudo o que aconteceu no jogo foi porque nosso coração parou por um minuto.
Sobrevivemos aos jogos para sobreviver aqui também.
Ren ficava a maior parte do tempo no hospital comigo assim como os meninos, precisei explicar tudo para ele.
Sei que ele acreditaria em mim já que me conhece a bastante tempo, ele entendeu e disse que foi como se fosse um coma mental.
Eu recebi alta a um mês, o transplante foi um sucesso mas também me limitou bastante.
O que deixou meus namorados bem mais protetores que o normal, já estamos morando juntos na casa que Niragi planejou.
A construção foi bem rapida o que me surpreendeu, a casa é perfeita. O quarto da Ema é literalmente de princesa, e eu ganhei uma biblioteca.
Niragi virou outra pessoa em pouco tempo, saiu da organização criminosa que fazia parte e agora é oficialmente um arquiteto.
Aguni e Last Boss estão planejando abrir uma empresa de segurança, e tenho certeza que vai ser um sucesso.
O único problema que tivemos esses meses foi a guarda da Ema, a mãe dela morreu no dia da explosão.
E como ela acordou com as lembranças de borderland os médicos acharam que ela colocou na cabeça que somos os pais dela por choque.
Ela foi levada para o concelho tutelar e nem preciso dizer que meus namorados quase surtaram né?
Niragi quase matou todo mundo, e pediu para o chefe da facção meter o dedo no meio e adiantar o processo.
O que obviamente foi feito, e agora a guarda dela é nossa.
Ren vem nos visitar quase todos os dias junto com a Kuina e Ann com quem está tendo um caso.
Meu melhor amigo está em um trisal, com quem ele aprendeu isso?!
Arisu e Usagi estão namorando e óbvio que foi ela que tomou atitude já que o moreno é lerdo demais.
Está tudo em seu devido lugar, e isso nos deixa em paz. Acho que merecemos depois de tudo o que passamos.
Mesmo que para os outros tenha sido apenas um "sonho de coma" para nós foi bem mais que isso.
Os traumas e as lições ficaram e duvido muito que algum dia isso melhore. Mas resolvemos tentar esquecer isso, vai ser melhor para nossa saúde mental.
Hoje foi dia de almoçar com nossos amigos, no caso meus amigos já que meus namorados se recusam a admitir que são amigos dos meninos.
Karube como um ótimo tio babão resolveu ficar com a Ema hoje e leva-la ao parque junto com a garota com quem está ficando.
Abro a porta de casa e passo bufando de raiva enquanto escuto as risadas dos meninos.
Ignoro me sentando no sofá, tiro o salto que usava deixando em algum lugar por ali.
- Minha preta, a culpa não é nossa. - Niragi diz.
- Foi ela que deu em cima de nós. - Last Boss completa.
- Não interessa! Ninguém mandou vocês serem bonitos, da próxima vez gritem que tem dona. - falo me levantando com raiva.
Os quatro me cercam e sinto suas mãos no meu corpo enquanto soltam risadinhas.
- Brasileira surtada...- Chishiya diz.
- Mandona...- Niragi passa a língua pelo meu pescoço.
- E marrenta. - Aguni me beija.
- Do jeito que nós gostamos. - Last Boss aperta minha bunda.
- Idiotas. - resmungo suspirando.
- Fica uma delícia com ciúmes. - Chishiya sorri de lado.
- Fico mesmo? - pergunto passando a mão pelo corpo deles.
- Sim. - respondem juntos.
- Que pena que perderam isso hoje. - me afasto. - Vão lá com a ruiva oferecida, idiotas.
Deixo os quatro surpresos parados no meio da sala, entro no quarto e gargalho ouvindo resmungos e reclamações.
A mulher se ofereceu para eles na cara dura, eles não deram confiança nem nada.
Pelo contrário lançaram aquele olhar assassino para ela que voltou a postura em dois tempos.
Mas eu não estou nem aí, continuo com raiva assim mesmo.
