Meta: 35 comentários.
🌡Maria Luiza🌡
- Malu. - escuto uma voz longe me chamando. - Vamos lá, acorda.
Me mexo soltando um gemido dolorido, abro os olhos vendo o ônibus de cabeça para baixo.
Karube está me segurando pelos ombros enquanto me balança
- Porra, trabalha no Bope filho da puta? - pergunto em português.
- Não entendi mas acho que me xingou, então está bem. - o mesmo diz.
- Sim estou, e os outros? - pergunto.
- Estamos bem. - Arisu diz.
- Vem, vamos. - ele me ajuda a levantar e saímos do ônibus.
Minha nossa bebi água pelo ano todo, depois que Arisu teve a ideia de voltar com a moto eu fiquei esperando aonde tinha falado.
Contrariando o Karube que foi até o final com a Usagi, só não esperávamos que viria um tsunami do nada em um túnel.
Eles precisaram voltar correndo e quando eu vi a água atrás dele corri junto.
Ainda bem que Arisu e o homem conseguiram ligar o ônibus e pegar a gente no meio do caminho.
Esses jogos estão ficando cada vez pior, o que nos preocupa.
Agora eles decidiram procurar a tal praia, então vamos andar e passar pelas arenas até achar alguém com a pulseira igual ao Aguni e os outros.
Antes disso passo na casa de Ren com os outros e pego roupas e meus cabelos, sim eu trouxe jumbo para fazer o cabelo.
Como eu estou de lace preciso tirar e aqui não tem as coisas e nem tempo para cuidar do meu cabelo então a melhor opção é trançar ele todo.
Pego as roupas de Ren para os meninos e Usagi já estava com uma mochila dela.
As horas passam e ficamos de tocaia, Usagi de um lado e nós três do outro já que só havia dois aparelhos para se comunicar.
- Vamos correr atrás dos carros? - pergunto.
- Sim, é o único jeito. - ele diz.
- Certo. - bufo.
Por que tudo aqui envolve corrida?
Não tenho um minuto de paz, também o que eu esperava? Todo castigo para o pobre é pouco.- Sobe aí gata. - Karube diz.
- Se fuder, já correu igual um vagabundo comigo. - Rio.
- Vamos lá, sei que você está amando a mordomia princesa. - ele brinca.
- Otario, agora eu vou só de ódio. - subo em suas costas e eles começam a correr.
Um tempo depois vimos um único lugar com as luzes acessas.
- É aqui. - Arisu diz.
- Tudo isso para nada, não tem como toda Tóquio estar lá dentro. - bufo. - No máximo vários idiotas no mesmo lugar.
Sinto novamente a sensação de pessoas se aproximando com cuidado, pego a faca e viro de uma vez enfiando no braço de um homem.
Karube vira socando o outro mas Arisu e Usagi são pegos, merda!
O homem tenta me acertar um soco mas eu seguro seu braço e dou uma cabeçada em seu nariz o quebrando na hora.Porra de nariz duro, quase quebra minha cabeça junto. Tento chutar sua barriga mas o mesmo segura minha perna me jogando contra o muro.
Minha visão fica turva por bater a cabeça e sinto o sangue descendo e logo um saco é colocado na minha cabeça.
Quebra de tempo.
- Aí minha pressão. - falo em português rindo logo depois.
Abro os olhos vendo algumas pessoas na sala, eu e os outros estamos amarrados em cadeiras.
Vejo os mesmos meninos que encontrei no beco, o loiro do jogo e o idiota com o nariz quebrado e minha faca no braço.
- Espero que devolva minha faca pelo menos. - falo o olhando.
O homem quase rosnou vindo em minha direção mas Aguni colocou o braço na frente o impedindo.
- Eu até perguntaria se você está bem mas pelo estado do coitado é melhor perguntar para ele. - escuto Karube e solto uma risada
- Mania feia que esse povo tem de chegar de fininho por trás dos outros. - bufo.
- Sejam bem vindos a nossa utopia, a praia. - um homem com roupas de banho diz. - Essa é sua resposta.
Após abrir uma porta vemos todas as cartas do baralho desenhadas na parede, a maioria com um X.
O homem cujo o apelido é chapeleiro começa a fazer um belo discurso de como apenas uma pessoa voltaria para casa após ter todas as cartas.
Puro golpe.Ele diz as regras e eu apenas escuto Arisu e Usagi fazendo perguntas.
- Golpe. - bufo.
- Como? - a mulher de cabelos pretos pergunta.
- Essa porra é golpe, pelo amor de Deus em que lugar da sua cabeça isso fazia sentido? - pergunto para ele.
- Maria Luiza! - Karube diz.
- A qual é, minha família é golpista isso ai é pura ilusão e papo furado. - tento me ajeitar na cadeira mas é impossível pelas cordas.
- Perai, você já deu golpe em alguém? - Arisu pergunta com a boca aberta.
- Foi só nisso que você prestou atenção? - pergunto incrédula. - E eu prefiro não responder isso.
- Mas o que? - Usagi me olha.
- Depois eu explico. - digo.
- Gostei de você. - o chapeleiro ri. - Soltem eles e os acompanhem até seus quartos.
Chishiya me solta e logo fico em pé estalando as costas, saio da sala junto com os outros.
Nós vamos na frente enquanto os meninos que pelo que entendi são da milícia vão atrás de nós.
- Eu já disse que ainda vamos morrer pela sua sinceridade. - Karube bufa.
- Da onde você veio gata? - Niragi pergunta.
- Rio de Janeiro, Brasil. - respondo.
- A famosa cidade maravilhosa. - Usagi diz. - Deve ser legal.
- Inocentes presos, ladrões no comando do país. Pretos morrendo ou apanhando por zero motivos, crianças morrendo de bala perdida em escolas ou em casa mesmo. - falo rindo debochadamente. - Uma maravilha.
- Falam sobre a violência de lá mas não achei que fosse a esse nível. - Usagi diz.
- Eles costumam mostrar apenas a parte bonita da cidade. - dou de ombros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fatal Love.
Fiksi PenggemarMaria Luiza é uma brasileira que viajou para Tóquio com seu melhor amigo para conhecer o lugar e talvez arrumar um emprego. Mas o que ela faria se em um dia comum fosse parar em uma Tóquio paralela? Perdida e sem seu fiel amigo ela terá que sobrevi...