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🌡Maria Luiza🌡
Hoje é dia de jogo, estamos todos reunidos no saguão ouvindo um discurso do chapeleiro.
Estou do lado dos meus amigos e devo dizer que Arisu me olha cada vez mais vermelho lembrando da nossa noite.
O que me faz rir, já falei que não tem motivo para vergonha mas ele é tímido demais.
Aguni, Niragi, Last Boss e Chishiya estão me fuzilando com o olhar desde que cheguei aqui.
O motivo? Não faço ideia.
Mas como nenhum deles bate muito bem da cabeça nem vou perder meu tempo tentando entender.Começam a distribuir os papeis e confiro com meus amigos, eles conseguiram ficar juntos em um jogo.
Eu peguei outro, o que é ótimo de certa forma já que se for copas não tenho com o que me preocupar.
- Tome cuidado. - Arisu diz.
- Posso trocar com alguém e ir com você. - Karube diz.
- Saí do meu pé chulé, nem no jogo eu tenho paz. - debocho e os outros riem.
- Então se fode sozinha. - ele responde.
- Também te amo, beijos e não morram. - falo me afastando.
Vou em direção ao carro que o papel informava e vejo Niragi e Last Boss sentados na frente.
Entro atrás junto com um outro garoto da milícia e eles dão partida no carro, o caminho foi em silêncio mas eu ainda sentia os olhares dos dois em mim.
Assim que chegamos entramos na arena e subimos seis andares seguimos por um corredor até sair em uma parte iluminada por piscas-piscas, havia uma parte de círculo aonde estávamos e outra do outro lado.
Era ligada por sete pontes de vidros, acho que já sei a merda que vai acontecer.
Me aproximo da beirada e como eu imaginava era uma altura considerável além de ter vergalhões apontados para cima.
As inscrições estão encerradas, no total a sete jogadores.
Dificuldade: seis de ouros.
Jogo: Travessia.Regras: O jogador precisa escolher o vidro certo para pular ou irá cair seis andares. Cada jogador pode escolher uma ponte, é proibido trocar de ponte após a escolha. Apenas dois jogadores podem ir por vez.
Condições para vencer: Chegar ao outro lado sem cair.
Jogo iniciado.
Tempo restante: 20 minutos.Observo as pontes e vou em direção a uma mas Niragi e Last Boss puxam minhas mãos.
- Deixa eles irem na frente. - Niragi diz.
- É bom observar e ver se existem padrões mas eu também sou ansiosa e queria ir logo. - bufo.
Os dois primeiros se posicionam nervosos e começam o primeiro pula e não cai o que faz o mesmo comemorar.
O segundo tenta ir na mesma direção que o outro e o vidro estilhaça fazendo ele cair e um vergalhão sai pela sua boca.
Dou um pulo colocando a mão na boca, acho que eu vou vomitar.
- Não olha, não olha. - Niragi me vira de frente para ele e eu o abraço respirando fundo.
- Acho que esse jogo é na sorte mesmo. - Last Boss disse.
Tento me virar mas Niragi me segura firme enquanto o outro jogador continua o caminho.
- Eu preciso ver se existe um padrão e tentar nos dar uma vantagem. - digo.
- Não acho uma boa ideia você olhar isso. - Last diz.
- Concordo. - Niragi diz. - Não existe um padrão Malu, é sorte.
- Nunca se sabe. - afirmo e volto a olhar.
Cada minuto as pessoas se desesperavam mais o que nos fazia perder muito tempo.
Precisava ficar por último se quisesse descobrir o padrão mas pelo tempo que estamos perdendo não dá para apostar cem porcento nisso.
Três minutos.
- Merda, vamos. - dois meninos nos olham e tentam chegar às pontes mas Niragi e Last Boss os matam antes de chegarem.
- Vamos. - falam juntos.
- Só podem dois. - falo. - Vão na frente.
- Está louca?! - Last segura meu pulso.
- Me escuta! Eu tenho uma ideia, vocês precisam ir na frente. - olho para os dois. - Estão vendo os ferros no meio? Tem dois com um espaço de três a quatro centímetros vocês vão correr pelo meio, o mais rápido que puderem vocês são pesados e se demorarem vão acabar caindo. Agora!
Eles hesitam o que me deixa surpresa mas logo fazem o que eu mandei, espero que dê certo.
As regras não proibiam isso então espero que consigam.
Eles correm e logo vejo os vidros caindo sobrando apenas alguns o que deixa os outros dois sobreviventes do outro lado chocados é o fato de que a plataforma que o Niragi escolheu não existia um vidro firme.
Se eu não tivesse pensado nisso ele teria morrido. Assim que eles chegam do outro lado solto a respiração e dou um sorriso, eles conseguiram.
Mas agora vejo qual era o padrão, duas da pontes matariam o jogador que escolhesse. A do Niragi e a última, a minha.
- Corre! - Niragi grita.
Falta um minuto, mas se eu não conseguir correr tão rápido...
"Vocês não vão poder fazer isso todos os jogos que envolverem corridas."
A frase que eu disse a Karube apenas alguns dias antes martelam em minha cabeça.
Olho para baixo vendo as pessoas mortas parecendo espetos e respiro fundo novamente.
Meu coração está acelerado, péssima hora para uma crise de pânico.
- Droga Malu! Corre! - Niragi grita.
- Não olha para baixo, olha para nós! - Last grita.
Olho para os dois e para a plataforma na minha frente, respiro fundo tomando distância e começo a correr.
Um pé na frente do outro.
Um pé na frente do outro.Sentia tudo caindo quando eu pisava mas me recusei a olhar para baixo, quando estou perto o suficiente Niragi e Last Boss me puxam e a ponte cai completamente.
Niragi me segura sob seu peito me abraçando com força, seu coração está acelerado assim como o meu.
Logo sou puxada de seus braços pelo Last Boss que me abraça forte, seu coração também batia fortemente.
- Você está bem? - pergunta e assinto. Fico surpresa quando sinto sua boca na minha, seu beijo transmitia alívio.
- Minha vez. - Niragi diz e me beija.
Seu beijo diferente do que eu achava era calmo e ele parecia aproveitar cada segundo.
- Vocês não são normais. - digo surpresa.
- Vamos sair daqui. - cada um segura uma mão e andamos até o carro.
Infelizmente o menino que veio junto com a gente morreu e os outros dois sobreviventes não eram da praia.
- Vem gatinha. - Niragi me puxa para seu colo.
Deito a cabeça em seu ombro e suspiro, Last Boss dirige com uma mão enquanto a outra está apoiada na minha coxa.
Sinto Niragi acariciando minha bochecha e logo acabo dormindo.
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Fatal Love.
FanficMaria Luiza é uma brasileira que viajou para Tóquio com seu melhor amigo para conhecer o lugar e talvez arrumar um emprego. Mas o que ela faria se em um dia comum fosse parar em uma Tóquio paralela? Perdida e sem seu fiel amigo ela terá que sobrevi...