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🌡Maria Luiza🌡
Assim que chegamos observamos Arisu deitado no canto, corremos até ele e Karube do seu jeitinho carinhoso o chacoalhou fazendo o mesmo abrir os olhos na hora.
- Pelo amor de Deus Karube, hoje você invocou a polícia do Brasil. Olha como acordou a gente. - falo segurando sua mão fazendo ele soltar Arisu. - Você está bem?
- E-eu... - ele gagueja nos olhando.
- Cadê o Chota? - Karube pergunta.
- Foi culpa minha. - Arisu diz e abaixa a cabeça começando a chorar.
- Não, não, não! O que aconteceu? Fala Arisu! - Karube se levanta e puxa Arisu pela gola da caminha e volta a chacoalhar o menino.
- Karube para! - falo me colocando entre os dois. - Sei que está triste mas ele também está, não é hora de brigar.
- Não se meta! - Grita. - E-ele...o Chota.
Karube passa a mão no cabelo puxando de nervoso, o puxo para um abraço e logo ele circula minha cintura colocando a cabeça em meu pescoço.
Puxo Arisu com a outra mão o abraçando também.
- Sinto muito, mas vocês não podem surtar agora ok? Vocês conhecem ele a muito tempo sabe que ele não iria querer ver vocês assim, pelo contrário tenho certeza que estaria xingando os dois. - falo. - Vocês são amigos e precisam se apoiar não brigar e muito menos se culpar, não foi culpa de nenhum dos dois.
- Obrigada. - Arisu sussurra.
- Desculpa incomodar mas precisamos jogar. - A menina diz.
- Desculpa eu nem perguntei seu nome. - digo.
- Sou Usagi. - diz.
- Maria Luiza, mas pode me chamar de Malu. - falo.
- Vamos meninos. - falo.
Dou mais um abraço em Arisu e sussurro em seu ouvido que a culpa não é dele.
Ele vai na frente com Usagi, e acompanho mas logo sinto Karube me abraçar.
- Desculpa, não queria gritar com você. - diz baixo.
- Tudo bem, sei que estava nervoso e abalado. Mas se gritar comigo de novo corto sua língua ouviu. - falo e lhe dou um selinho.
- Mandona e marrenta, gosto disso. - ele solta uma risada.
Seguimos os dois até um túnel, andamos até um ônibus aonde tinha alguns homens.
- Vocês não parecem iniciantes. - um dos homens diz.
Pego o celular fazendo reconhecimento facial enquanto eles conversam.
As inscrições estão encerradas.
Dificuldade quatro de paus.
Jogo: distância.- Distância? - Arisu pergunta.
Regras: Resista a prova e atinja a meta no tempo limite.
Condições para vencer: Atingir a meta com segurança.
Jogo iniciado.
Tempo restante: 120 minutos.- A gente precisa correr? - Arisu
- A sério isso? - Bufo.
- Correr? - o homem com a perna machucada arregala os olhos.
O outro tenta ligar o ônibus mas não consegue por falta de combustível, estão todos nervosos e sem saber o que fazer.
Como eu tive uma crise de asma a muito pouco tempo não posso fazer isso ou vou ter crise no meio do caminho.
- Eu dou um jeito de sobreviver, vou ficar aqui. - o homem diz.
- Pois eu lhe faço companhia. - sento em um dos lugares.
- Nem fudendo que você vai ficar aqui. - Karube diz.
- Seu carinho é bem brasileiro viu. - debocho.
- Precisamos começar a correr. - Usagi diz.
- Sobe. - Karube vira as costas.
- Não vai conseguir correr por dez minutos comigo nas costas Karube. - falo.
- Vamos revezar. - Arisu diz.
- Tu não aguenta nem o peso do seu osso garoto. - Rio tentando melhorar a situação.
- Ei! - ele diz.
- Não vou deixar você aqui, anda. Sobe. - Karube se abaixa.
- Por que ela não vai correr? - um dos homens pergunta.
- Problemas respiratórios. - digo e ele concorda.
Subo nas costas do Karube passando o braço pelo seu pescoço, o mesmo segura minhas coxas e sai do ônibus.
Após correr por vários metros desço das costas dele para dar um descanso e corro sozinha por uns dez metros antes de pedir arrego e subir nas costas de Arisu.
O menino é magrelo mas me aguentou por vários metros até acharmos uma mesa com água.
Usagi tira uma garrafa de água e vai passando pelos meninos.
- Toma. - Karube diz.
- Quero não, obrigada. - falo.
- Bebe um pouco pelo menos. - insiste.
- Quem correu foi vocês, eu tô suave. - brinco.
Karube me faz subir em suas costas novamente, continuamos correndo até um lugar escuro.
- Parem. - mando.
- O que aconteceu? - Karube pergunta.
- Tem algo ali. - desço de suas costas.
Não demorou até uma pantera saltar na nossa frente.
Eles começam a correr e Karube me puxa.
- Não corram! Não corram! Se escondam, esse bicho corre mais que todos juntos. - grito e puxo Karube para dentro de um caminhão.
Nos fecho ali dentro enquanto respiramos com dificuldade.
- Desculpe. - peço o olhando.
- Por que? - pergunta.
- Por estar sendo um peso para vocês dois. - digo. - Isso vai acabar dando merda para vocês, não vão poder fazer isso todos os jogos que envolverem corridas.
- Não diga isso. - me puxa para seu colo. - Você é minha melhor amiga, não vou deixar você morrer também.
- Karube...- começo.
- Não. Foda-se o que esteja pensando em fazer, não vou deixar. - beija minha testa.
Escutamos um barulho no caminhão que logo é aberto por Arisu.
- Vamos. - diz.
- Vou andar até aonde estão as garrafas, vou ficar lá. - digo.
- Já disse que...- Karube começa.
- Olha só, não sabemos o quanto é para se afastar ou se lá na frente realmente é a saída. - digo.
- Tem um jeito. - Arisu diz olhando para uma moto.
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Fatal Love.
أدب الهواةMaria Luiza é uma brasileira que viajou para Tóquio com seu melhor amigo para conhecer o lugar e talvez arrumar um emprego. Mas o que ela faria se em um dia comum fosse parar em uma Tóquio paralela? Perdida e sem seu fiel amigo ela terá que sobrevi...