Incomodada me levanto da poltrona branca, procuro palavras que parecem presas na garganta, começo a dar passos rápidos em sentido da saída. Sra. Berenberg corre até mim e segura meu braço.
— Sei o quanto é difícil aceitar meu perdão. Mas e por seu irmão? Não faria de tudo por ele? Quem sabe eu possa ser como uma mãe para você também. — a mulher passa a mão em meus cabelos. — me afasto.
— Vou embora. — falo me sentindo acuada.
— Não quer ficar? Visitar Philipe? Ele está lá em cima em seu quarto. — ela pergunta desapontada.
— Prefiro ir, eu volto outro dia. — respondo ríspida dando as costas para mulher.
Volto a andar sentindo meu sangue quente, passos me acompanham paro diante da porta, Oscar está logo atrás de mim.
— Elionor, pense sobre tudo em seu tempo, não quero que se sinta obrigada a aceitar o que não quer. Saiba que seja qual for sua decisão Philipe continuará a ser seu irmão.
— Eu irei. — giro a maçaneta.
— O motorista irá levá-la de volta ao orfanato. — diz ele.
Saio pela porta alta e desço as escadas decoradas, avanço pelo jardim vou em direção do homem de vestes escuras que se encontra encostado no carro que brilha com a luz do sol, tira de seu terno um cantil pequeno prateado e bebe alguns goles, o observo até ser notada quando o chofer percebe minha presença tenta se recompor.
— Senhorita, peço desculpas. — fala guardando a bebida. — Não irá me dedurar? Irá?
— Não vou mas em troca de um favor. — digo. — ele me fita amedrontado. — Preciso que me leve a uma clínica de fraturas em Marylebone.
— Como desejar. — responde o motorista que entra no automóvel.
Repouso o corpo sobre o banco macio, deixamos a mansão deslumbro as ruas movimentadas de Chelsea pela janela, as diversas lojas e cafés. O dia está bonito e ensolarado algo raro de se ver no início da primavera britânica, depois de algum tempo passamos em frente ao Hyde Park cheio de pessoas caminhando, andando de bicicleta e patins, jogando vôlei, outros estão deitados na grama pegando um pouco de vitamina D. Olhando o local tenho um flash de lembrança de ter visitado o parque quando era pequena e morava em Londres, também era um dia de sol tomamos sorvete e observamos o lago Serpentine repleto de patos.
O carro penetra o centro de Londres há mais trânsito que o normal, um grande ônibus vermelho do transporte publico quebrou a frente.
— Estamos longe do hospital? — pergunto ao chofer.
— Não, é logo na próxima esquina.
— Então vou a pé o resto do caminho, agradeço pela ajuda. — abro a porta e saio do luxuoso Aston Martin. — fito o homem moreno e sorrio. — Seu segredo está seguro comigo, todavia que não se repita pode colocar a vida de alguém em risco.
Depois do sermão subo na calçada de blocos de concreto cinzentos, o sinal do semáforo está prestes a abrir dou uma corridinha atravessando para outra esquia chegando em frente a London Ortopedic Clinic. Vejo a porta de vidro entre aberta, subo os degraus de mármore até a entrada ando por um corredor decorado por vasos e quadros, chego na recepção de balcão de madeira um rapaz loiro de cabelos ralos e uniforme branco está atrás dele, o jovem sorri gentil.
— Boa tarde, posso ajudar? — pergunta. — fico mais próxima.
— Olá, eu quero visitar um paciente ele se chama Dag Nasty. — o respondo, ele abre um fichário.
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O Bosque dos Esquecidos (The Woods of the Forgotten)
FantasyInglaterra 1984, uma jovem órfão completa seus esperados 18 anos para seguir a busca por seu irmão mais novo que foi adotado e afastado dela há 4 anos, mas seus planos mudam quando é engolida por um bosque de pinheiros que a leva a um estranho loca...