Capítulo 4: Conversa.

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Momo's pov

Por mais que eu tivesse amado minha tarde, tinha uma coisinha que me tirava a cabeça, não sei dizer o motivo exato mas o fato de Dub ter negado um selinho, coisa besta na minha visão, estava me perturbando.

Talvez seja coisa da minha cabecinha, não muito saudável por sinal, mas eu sinto algo tão... diferente na Kim, nem sei explicar direito.

Nunca fui boa com palavras ainda mais descrevendo tudo o que eu sentia assim de repente, pensando dessa maneira, havia 2/3 dias que eu morava com todos, Jin era um fofo, gosta de mim, o senhor e senhora Kim também são incríveis mas, para mim, a maior incógnita dessa casa seria a Dahyun.

Eu não sou de exatas, fudeu!

Tento, mas tento tanto que sinto-me muito cansada para entender equações. Dahyun era a equação mais complicada desde que cheguei na Coreia.

Falando do demônio.

— Momo, me ajuda aqui rapidinho... — Falou num tom triste e cansado. Ai, Dub, se você soubesse.

— O que desejas, A4?

— Não tô entendendo nada de japonês! Nada, nada, nada e NADA! — Falou frustrada e bateu a mão na mesa.

— Calma, isso aqui — apontei para uma palavra escrita de forma garrinchada — significa "Paciência", se lê assim — Escrevi em letra de forma e ela murmurou algo enquanto massageava a têmpora.

— Nunca saberei como falar esta merda de idioma, mas obrigada pela ajuda Mo — Ela voltou sua atenção para a tarefa, que ela já havia desistido.

Ignorando a martelada que meu subconsciente dava na minha cabeça sobre perguntar para Dah o motivo da negação, fui fazer minhas tarefas, bonita sempre, herdeira, infelizmente não.

Nessa brincadeira de escrever redações, tarefas de história, filosofia e literatura, eu perdi minha tarde inteira. Eram 7 da noite quando chamei Dahyun para descer e comer algo, ela também já estava a boas horas dentro daquele quarto, eu fui para sala, me sentia mais disposta quando via algum movimento ou algo do tipo. Senhor Kim as vezes falava comigo sobre uma história engraçada de seu trabalho, mas não alongava a conversa, afinal eu estava ocupada e ele sabia bem.

Decidimos o que jantar após uma grandiosa discussão sobre o que comeríamos, no fim eu ganhei com a ideia de tteokbokki, e sentamos na mesa pra conversar sobre... a vida, afinal somos novas amigas.

— Sim, Mo, como era o Japão?

— Aquela coisa basicona dos animes, sendo que menos, acho maior farsa algumas coisas. Porém, vida que segue, né? — Rimos e ela continuou.

— Chega de terra natal, mais cedo você disse que tinha algo com Mina, o que foi exatamente?

— A gente namorou por um tempo, la no Japão ainda. Ai ela teve que se mudar e terminamos, mas continuamos amigas e bem, o resto você sabe. — Pude vê-la sorrir.

— Queria ter um romance assim... — Falou e depois suspirou.

— Assim como exatamente? — Perguntei confusa.

— Algo digno de filme, série... Nem lembro quando me apaixonei... Se duvidar nunca, mas tamo aqui né, só queria alguém que chamasse minha atenção, que... Ai, talvez que ligasse pra mim? — Ela disse e aí eu me toquei, tudo isso poderia acontecer num piscar de olhos, das duas uma, ou ela está confusa, ou ela já sente isso. Vou chutar a terceira opção, carência!

Limites (Dahmo ver.)Onde histórias criam vida. Descubra agora