63 | BELLA LYNCH

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EU E MIGUEL ESTAMOS INDO PRA CASA
dos meus pais, logo depois iremos pra festinha no colégio.

Alguns meses já haviam se passado e não aconteceu nada de diferente na nossa vida, tirando o hater que já sabíamos que eu iria receber. Mas com ajuda de Miguel estou tentando lidar com isso.

— Só não ligue muito pro que meus pais vão falar, ok? — falo.

— É mesmo, você quase nunca fala sobre seus pais, você só veio falar deles porque eles convidaram nós dois pra almoçar na casa deles... — ele me encara.

— Não gosto muito de falar sobre eles por vários motivos, eles me causaram dor e um desgaste desnecessário.

— Chegamos. — o motorista do uber fala.

Miguel paga o homem e saímos do veículo que logo entra em movimento.

— Estou aqui pro que precisar, não precisa guardar tudo isso pra você. — ele fala e pega na minha mão.

A casa dos meus pais não havia mudado absolutamente nada, continua do mesmo jeito.

Toquei a campainha e fiquei ao lado de Miguel, logo ouvimos passos vindo em direção a porta e minha mãe abre a porta.

— Filha! — minha mãe me dá um abraço, mas não consegui retribuir.

— Boa tarde. — Miguel fala.

— Entre. — minha mãe fala e entra na casa.

Essa casa só me trás memórias de momentos ruins, ainda bem que Nando em nenhum momento inventou de me mandar morar aqui novamente.

— Boa tarde. — meu pai aparece na cozinha.

— Boa tarde. — respondemos em conjunto. — Sente-se. — E assim fizemos.

Minha mãe havia feito lasanha. Eu e Miguel estamos sentados um do lado do outro sentados na frente dos meus pais.

Não estou me sentindo confortável aqui, quero ir embora urgentemente. Ao olhar pra minha mãe só lembro das mensagens, dói até hoje.

Minha mãe pegou os pratos e colocou um pedaço da lasanha.

— Filha, você anda comendo direito? Você está muito magra. — minha mãe ri e eu olho pra Miguel que estava olhando pra mim também.

— Claro que sim, mãe. — ri para disfarçar o quão desconfortável eu tava naquela situação.

Temos que fingir que não afetou, né? Por fora parece que não doeu, mas por dentro... qual é a necessidade?

Meu pai ficou conversando com Miguel e eu fiquei o resto do almoço calada. Miguel percebeu meu desconforto, então logo saímos dali.

— Tchau. — Miguel fala pra minha mãe e pega na minha mão.

— Tchau, até a próxima! — minha mãe sorri e fecha a porta.

— Você é perfeita, ok? Não liga pra esse tipo de comentário, você é linda do seu jeitinho. — ele beija minha testa.

Ele é muito necessário na minha vida, não sei o que eu faria sem ele aqui. Cara, ele fez mais do que minha mãe e meu pai juntos e olhe que meu pai e minha mãe me conhecem a anos, já ele só faz meses. Por isso que eu amo esse garoto.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘 | Miguel Cazarez Mora Onde histórias criam vida. Descubra agora