P.O.V Julian
Eu finalmente estava com outras pessoas, e pelo menos ver a Kalle ali até que me deu menos preocupação. Pelo menos ela poderia me ajudar a achar onde poderia estar o Félix e tentar bolar um plano pra tirar todos nós daqui. Eu olhava para a cara de todas aquelas pessoas que estavam sentadas em bancos e outro sentados espalhados pelo chão. Alguns pareciam se conhecer e outros não tinham ninguém ali com quem conversa e apenas ficavam dormindo.
- Ei o que está pensando... - Kalle fale comigo e faz eu olhar para ela me fazendo sair de meus pensamentos mas profundos.
- Há, eu estava pensando no Félix, ele tá sozinho. E isso me preocupa de certa forma, ele está sem controle e... - Ela logo me corta e olha para minha cara sem entender nada.
- O que você quer dizer com fora de controle? - ela pergunta olhando para o meu rosto e franzino suas sobrancelhas com um olhar de duvida.
- Eu esqueci que não deu tempo de eu te contar as coisas antes dessa merda toda acontecer... bom o Félix ele... - Comecei a contar tudo para ela, e ela só fazia cara de surpresa e não entendia o porque, sendo que eu e a mesma já tínhamos conversado sobre ele ter esses dons e tudo mais.
- Mas então você quer dizer que ele tem poderes agora? Que tipo de poderes? Ele ainda lembra de você? Ou melhor da gente? - a ruiva me bombardeia com tantas perguntas que fico meio atordoado.
- Kalle vai devagar!! Assim minha cabeça não processa tanta informação... - falo com ele balançando minhas mãos e estalando os dedos para desacelerar um pouco o coração. Até que era engraçado ver ela nervoso e eufórica.
- Bom o Félix sim tem poderes, não sei se ele lembra da gente nessa altura e muito menos quais são os poderes dele. Mas sei que ele é perigoso... - falo isso e levanto uma camisa toda preta que eu estava mostrando a grande marca meio avermelhada com um roxo muito forte.
- Que isso?! O Félix que fez? - quando ela pergunta isso fala um pouco alto e outros da sala começam a reparar na nossa conversa.
- abaixa o tom... - falo sussurrando com mesma. - Sim foi ele, ele me jogou do segundo andar da casa dele.
- Eu não consegui não me intrometer, o seu amigo fez isso com você? - Uma garota que parecia russa falava comigo com um sotaque de inglês britânico.
- Ham... sim, ele me machucou mais ele não estava consciente. - falo e volto olhar para Kalle, não queria dar muita informação para alguém que eu acabei de conhecer, até por que não sei se todo mundo ali era confiável.
- Entendo você... deve ser difícil... mas quem me machucou ou melhor quase me matou foi a meu irmão mais novo. Ele estava comigo mais do nada uns guardas entraram e começaram a prender ele.
- É foi assim com meu namorado também - um menino falou e logo olhou para mim e para a mesma que estava sentada no chão.
Todos ali perderam alguém, eu só queria mesmo saber onde estava meu amigo. E aquelas outras pessoas precisavam de seus amigos, namorados e também irmãos. Eu senti crueldade tirar eles da gente, e apenas não dar uma notícia sobre onde os mesmos podem estar. Queria tanto que pelo menos essas filhas da puta dessem pelo menos um por que disso tudo estar acontecendo. Seria tão mais fácil se eles apenas fossem mais profissionais com dizem ser.
- Onde você está Félix? - Falo levantando e tentando olhar além das barras feitas de ferro da sela onde eu e os demais estavam.
(...)
P.O.V Félix
Mas um dia acordei indisposto estava tão cansado, era como se tudo aquilo ali me matasse por dentro aos poucos. Eu queria poder ver meus amigos, minha família e apenas ser livre. Eu estava odiando ser uma experiência para aquela filha da puta.
Flashbacks on
- todos alinhados na sala de treinamento, os que não foram testados ainda vão para aquele lado. Já os antigos na nossa instituição por favor vocês já sabem. - eu só estava olhando para aquela mulher Sr. D'vur ela tinha todos em suas mãos, e ela sabia bem como manipular todos.
Todos ali apenas obedecem e vamos para os nossos respectivos lugares, e apenas esperamos as novas ordens. Ela olhava para mim com uma cara de como se tivesse com tesao, sei lá era estranha.
- Podemos começar senhora? - um guarda fala e ela apenas acena com a cabeça e bate com uma bengala feita de prata pelo que parecia no chão.
- Senhores, agora é a hora... para os novatos esperem sua vez, e para os antigos esperem seus nomes serem chamado. Hoje temos duelo de força, quem ganhar se muda para o quarto que quiser aqui dentro. O duelo é até um dos dois morrer. - Escutaram aquilo era perturbador e eu odiava saber que poderia morrer ao lutar com alguns dos meus colegas de quarto, ou pior ainda imagina eu pego o Pierre para lutar contra ele.
- Primeiros a lutar Tavares e Timeu... - um outro guarda fala os nomes dos meninos e quando os nomes são ditos todos fazem um barulho de que algo ruim iria acontecer.
- O que ouve? - Falo com um menino aleatorio que estava do meu lado e ele olha para mim com um olhar meio triste.
- Aqueles são meus colegas de quarto, eles estão aqui a 15 anos. Desde pequenos, eles sempre foram colados um com outro e estão aqui dentro desde bebês. Eles descobriram ontem que são irmãos de mães diferentes mais o pai é o mesmo. E isso vai matar eles já que um vai ter que matar o outro. - Ele fala e eu apenas olho para a cara da mulher toda de preto que me encarava sem parar e sorria de uma forma maligna.
- Vadia... - Falo olhando para baixo e apertando minhas mãos em um punho extremamente forte.
- Chega de enrolação que comece a luta... - o menino que estava sem cima do ringue corta ela e a mesma apenas para de falar olhando para o mesmo com um sorriso no rosto.
- Eu não vou lutar eu me rendo... - O menino fala com sua cabeça baixa com seus cabelos longos que estava amarrado em um coque bagunçado e seus olhos estavam marejados e seus lábios trêmulos.
- Manin nao faz isso!! - O outro menino gritava do outro lado do ringue de luta sem saber o que fazer para salvar seu irmão mais novo.
- Tudo bem irmão, por você vale a pena, lembre-se sempre você é minha única família. - Ele fala olhando para frente, com um sorriso para seu irmão mais velho que estava com seu olhar assustado com a paz que o mesmo sentia ao falar que iria deixar ele viver.
- Não Timeu...!!! - Ele grita ao correr na direção do irmão, mas no mesmo segundo a Sr. D'vur bate com sua bengala no chão e os guardas miram na irmão mais novo. Mas no segundo que a arma dispara o irmão mas velho pula na frente e o tiro pega em uma parte do tórax que eu não vi onde era.
- Tavares!!!! - O irmão mais novo se abaixa para olhar o irmão que estava deitado no chão com sua boca já cheio de sangue e tossindo e cuspindo sangue no chão. - Por que você fez isso seu idiota! - O mesmo fala com suas lágrimas jorrando pelos olhos vendo seu irmão mais velho morrer em seus braços.
- Maninho, não se preocupe... viva por mim, eu estarei do outro lado esperando por você... - o menino falava com dificuldade por a bala ter atravessado sua barriga, com certeza pegou no estômago, e ele estava perdendo muito sangue, eu não conseguia olhar... só me imaginava perdendo minha mãe para o câncer.
Logo a filha da puta bate novamente a bengala no chão e outro guarda que estava mais perto carrega sua arma e atira na cabeça do irmão que tomou o tiro e mata ele de vez no chão.
- Bom meus amores, como tivemos um mero problema técnico. Vamos ter que usar um dos novatos para lutar com alguém avançado.
Todos ali na sala apenas soltavam borborinhos e ela bate três vezes a bengala pedindo silêncio para todos. E apenas todos calam a boca e olham para mim enquanto a mesma estava apontando seu dedo indicador para mostrar que sou o escolhido para lutar com o irmão que acabou de perder alguém pra morte.
- Eu não posso lutar com ele, isso é covardia comigo... - Falo olhando para ela e ela apenas mandava eu ir para o tablado de luta.
- Que a luta começa... - ela sorri e olha para nós dos que estavam em lados opostos do ringue.
Continua o flashback...
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Sunsul - Viva os quatro reinos
Ficción GeneralEm um mundo sem magia, a esperança estava perdida... todos apenas se importavam com uma coisa, dinheiro, beleza e seus próprios interesses. mas tudo iria mudar, quando o menino oriental Félix. Escolhesse morar na amada cidade Sunsul, onde tudo era n...