Capítulo 28

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P.O.V Pierre

      Meus olhos pescavam lentamente olhando para um teto completamente branco, era como se eu tivesse dormido por dias. Eu só lembrava de ter visto o rosto daquele desgraçado do Félix. Então eu realmente estava dentro dos supostos condomínios, eu queria entender o que esses caras querem colocando todos soltos em um ambiente fechado. Apenas levanto e sento na minha cama, eu estava em um quarto normal, com uma cama de solteiro e várias coisas que eu gostava como guitarra, um vídeo game e vários pôsteres de bandas que eu amava. Passo a mão no meu rosto e me levanto quando eu levanto reparo que atrás de mim tinha uma mini câmera que estava me vigiando.
       Vou andando pelo quarto e vejo uma janela no lado esquerdo do mesmo. Chego perto da janela, e fazia um bom tempo que eu não via uma luz reluzir no meu rosto. Eu puxei a cortina vendo um grande muro na minha frente. Era notório que o sol não tinha sido tapado. E vejo que a casa era apenas para 4 quartos então já fiquei irritado de certa forma. Eu estava feliz por estar em um lugar onde com certeza eu poderia usar meus poderes.

Fleshback on

      Eu amava ser a criança que brincava nos parquinhos sozinho, ou melhor eu odiava ser essa. tinha que fingir que estava tudo bem, meus pais trabalhavam muito. Mas quando eles estavam em casa a atenção toda era para o meu irmão. Aquele fedelho de 10 anos de idade, ganhou tudo que eu sempre quis.

- Senhor Pierre, está na hora. - A minha babá falava comigo com o seu guarda sol.

- Claro Senhora German. - Eu tinha apenas 16 anos e tinha que fingir que tudo estava tudo bem.

- Meus pais chegaram? - Pergunto ao ver ela com sua cara seria, e de velha chata.

- Não. - Ela fala de forma seca e nem um pouco amável.

- Entendi. - dou um sorriso meio falso, mas tinha que fingir que estava tudo bem.

      Eu e ela pegamos um táxi e logo fomos para a casa, eu tinha saído da escola tinha umas duas horas, mas como a Senhora German tinha muitos afazeres eu ficava no porquinho da escola, fazendo chuva ou sol sentado no balanço. Depois de 20 minutos dentro do táxi, eu cheguei na minha casa. Que era grande mas tão vazia, meus pais estavam em viagem e pelo jeito a viagem tinha se estendido.

- Oi maninho você chegou. - O meu irmão chega até mim e abraçou minhas pernas, onde ele alcançava.

- Sim Cayo. - Eu não conseguia ter um afeto grande por ele, eu gostava dele. Mas o que eu perdi por causa dele eu não consigo perdoar.

- Vamos brincar? Minha mãe mandou isso aqui, que pode ser dois jogares. - Ele fala e me mostra um jogo de tabuleiro de Xadrez, era um jogo onde as peças eram de madeira e o tabuleiro era de vidro.

- Eu estou ocupado com a minhas músicas, pede para German jogar com você. - Falo e tiro ele de cima de mim, e vou subindo as escada e entro no meu quarto trancando a porta do mesmo e ficando sozinho.

      Me jogo em cima de uma cadeira que gira e estico meus braços para trás, onde paro de frente para meu laptop onde eu conseguia ligar para meus pais. Eu logo resolvo ligar de vídeo para os mesmo.

             "Chamada recusada..."

        Sempre aquela mensagem, a mensagem que eu odiava ler. Eu queria um pouco da atenção dos mesmos. Eles nunca me respondiam, ou muito menos mandavam presentes, eu queria o amor deles.

- Quer saber que se foda... - Falo e pego a chave do carro do meu pai, e saio pela casa andando de forma agressiva.

- Onde o senhor vai? - A governanta da casa fala da cozinha e eu nem dou ouvidos para a mesma apenas vou para a garagem que ficava na parte de trás da casa.

           Vou para dentro do carro que era uma BMW BRANCA que meu pai amava, eu apenas ligo a chave e acelero ao máximo segurando apenas escutando o som daquele motor monstro.

- Senhor Pierre Juan Galileu Keaton para dentro agora, sai desse carro! - o motorista do meu pai de anos fala ao ver eu dentro do carro.

- Aqui pra você. - falo soltando a embreagem do carro e apenas acelerando e dando dedo do meio para o motorista.

       Saio de carro pelas ruas da minha cidade, e não sei para onde eu iria. Meus amigos não estavam na cidade, e eu não tinha ninguém para fazer merda. Eu queria alguem para ser meu par para ser o que meus pais destestariam.

Fleshback off

- Tá de brincadeira... - Falo sussurando de forma baixa e apenas saio pela porta do meu quarto indo nas dos outros, vendo as outras casas eram quatro quartos então tinha apenas mais três internos comigo.

           Vou indo para o corredor onde abro uma porta e dou de cara com um banheiro, na próxima porta eu vou e abro e Cassandra estava lá deitada, me sinto aliviado mas eu queria todos ali comigo, abro o próximo quarto e tem outra menina a amiga do Félix que tinha cabelos ruivos. Quando cheguei na terceira porta estava um menino de cabelo longo e pele lisa.

- Procurando alguma coisa? - O menino japonês estava no quarto em pé prendendo seu cabelo em um coque japonês.

    Apenas bato a porta revirando meus olhos para aquele menino, não era possível que aquele tal de 777 me enganou com tanta facilidade. Eu estava realmente irritado com eles, volto para o meu quarto e olho bem fundo naquela câmera que estava apontada para minha cama.

- Vocês mentiram pra mim seus filhas da puta, vocês me pagam seus ignorantes idiotas!!! - Falo gritando com aqueles babacas de cara para a câmera com minha boca espumando de raiva.

P.O.V Félix

     Eu já tinha acordado faz horas, todos os internos estavam dormindo. Eu só queria entender esse lugar, eu levantei e tentei ver quem estava comigo pela casa.

- Alguém acordado? - Pergunto depois de olhar pelo corredor e ver que a porta de um dos quartos estava aberta.

- Oi filho do sol, quer um café... - Timothy falava ao sair do banheiro apenas de toalha envolvida na cintura.

- Cla...claro - Falo com a voz trêmula, olhando para o menino que passou por mim com uma escova de dente na boca.

- O que foi? - Ele pergunta ao passar para a cozinha que era logo a frente depois da sala e eu acompanho o mesmo.

- Nada só foi um pensamento, nossa você viu que nossos uniformes mudaram? - Falo tentando disfarçar ao olhar para aquele porte do mesmo.

- Reparei sim, eu nunca tive uniforme então esse é meu primeiro. E o meu diferente do seu tem um símbolo não um número. - ele fala apontando para o símbolo na calça do mesmo.

- Uniformes verdes pastel, essa é nova. - falei olhando para o tom que era a roupa.

- Fazer o que eles são nada adeptos a moda. - ele fala rindo terminando de colocar o café para passar na cafeteira.

- Sim... - Ri junto com o mesmo e logo vejo um flesh de sol entrar pela janela sa cozinha. E o menino vê minha cara de idiota ao ver que ali tinha luz do sol para todos do condomínio.

- É filho do sol, eu reparei... isso pode dar muita merda, o Pierre.

Sunsul - Viva os quatro reinosOnde histórias criam vida. Descubra agora