Desde pequena que Kelly assistia a corridas de formula 1, que estava consciente dos riscos que praticar tal podiam acatar, que para estar ao lado de alguém que tinha como vida aquela profissão, era preciso estomago, estar consciente que de um momento para o outro podiam ficar sem chão.
Era exatamente nessa situação que Kelly estava, sem chão, tinha chegado ao medical center e ninguém estava disposto a dar-lhe informações, usar a cartada de filha de Nelson Piquet ou de ser a namorada de Max Verstappen de nada lhe tinha servido, restou-lhe ficar na sala de espera, a rezar para que alguém aparecesse e lhe dissesse como Max estava.
- É a Kelly certo?
A jovem modelo levantou-se assustada e olhou para a enfermeira que tinha acabado de falar com ela.
- Sim a própria.
- Então é a si que o piloto lá dentro esta a chamar desde que acordou.
- Ele está bem?
- Um pouco amassado, vamos leva-lo para o hospital de serviço fazer alguns exames e tirar algumas dúvidas, mas está tudo bem sim, talvez não corra amanhã por conta de ter estado inconsciente tanto tempo.
- Não conhece o Max Verstappen não é? Ele vai correr, garanto lhe que amanhã ele vai estar naquela pista e vai correr como se nada tivesse acontecido.
A enfermeira riu e guiou Kelly até a pequena sala onde Max estava. Na porta ouvia-se Max a reclamar e a afirmar que estava tudo bem.
- Oh piloto, nem após ter visto a vida a passar-te em frente dos olhos deixas de ser tão reclamador?
-Kelly! Desculpa.
A jovem sentou-se e beijou Max que lhe agarrou na mão, jurando que era capaz de sentir o coração da modelo acalmar.
- Nunca mais me assustes assim Emilian, não sem antes eu poder dizer o quanto eu te amo e a falta que todos os dias irias fazer na minha vida.
Max sorriu para Kelly e percebeu naquele instante que acontecesse o que acontecesse, nunca em hipótese alguma iria voltar a perder Kelly, que o destino tinha dado a ambos umas vinte oportunidades e em alguma delas eles tinham que aceitar que iriam ficar juntos.
- A Penélope?
- Com o Christian.
- O Daniil, ele tinha espaço Kelly, eu juro que ele tinha espaço, eu sei que por vezes sou perigoso dentro de pista, mas aquilo não era uma batalha, era uma qualificação, eu deixei-lhe espaço.
- Ei ei, não interessa se havia ou não espaço, ele empurrou-te para fora de pista Max, sem dó nem piedade, ele enlouqueceu e ponto.
Max olhava para Kelly que parecia estar a beira de um ataque de raiva, mas que foi interrompida por um bater na porta.
- Hum, é seguro entrar? Tenho uma menor ao colo?
Kelly riu e sorriu para Max, que parecia ter ganho animo quando ouviu Penélope gritar por o seu nome.
- Esta jovem criança estava em pânico, parece que percebeu que o melhor amigo dele estava mal.
- Oh P, espero que não tenhas chorado, a nossa promessa de mindinho lembraste?
A pequena ria quando ouviu a voz de Max e rapidamente começou a bracejar para ir ter com Max, que lhe esticou os braços, sentido as dores que tinha no corpo, mas de qualquer das formas aceitou Penélope no seu colo, que deu um beijo baboso na cara de Max e se aconchegou no colo do mesmo.
- Por favor Kelly, explica-me qual é a magia que o Max usa com ela? Parece que tem um super poder.
- Muito honestamente? Nem eu mesma sei, sei que a minha própria filha prefere o Max do que eu, que andei com ela dentro de mim durante 9 meses e todas essas coisas, ela só sabe dizer Max, eu ja desisti de perceber a muito tempo.
Tudo estava bem, Max estava naquele momento a dormir a sua sesta ao lado de Penélope e Kelly estava a observar aqueles dois e a pensar na sorte que tinha, que não interessava o que pudesse acontecer, por mais escuro que estivesse lá fora, se eles tivessem sempre juntos o sol ia sempre nascer.
Por mais que estivessem no chão, podiam sempre observar o céu a partir do chão.
Tudo irá ficar bem, nem que Kelly tenha que tomar decisões que jamais pensou tomar.
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