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— Noah você nunca disse tanta merda na sua vida! - Suspiro pesado me levantando

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— Noah você nunca disse tanta merda na sua vida! - Suspiro pesado me levantando.

— O que? Disse mentira? Shivani, desculpe meu amor, mas eu não sou o cara que você tanto merece. - Se levantou junto de mim e nego com a cabeça.

— Não... Eu te mereço, você me merece... - Sorrio para ele.

— Você me merece, mas eu não te mereço. Olhe pra você, meu amor, e veja o quão é especial, linda, perfeita... - Beijou meus pulsos após se aproximar.

— Você também é especial, Noah. Tão especial quanto eu já que diz assim. - olho para baixo e logo depois para ele. — Não deixe suas inseguranças falarem mais alto. Você foi um cuzão comigo no início do nosso relacionamento, mas quem nunca? Noah, você era gostoso sendo um cuzão. - Rio e me ajoelho atrás dele.

— Ah é? - Ouço uma risada saindo dele.

— Uhunm. E digo com todas as palavras que você é mais gostoso ainda agora, mas como não estamos falando disso, vamos focar que você mesmo sendo um filho da mãe gigante no começo, não diminuiu quem você é hoje. - Beijo sua nuca e começo a fazer uma massagem em seus ombros tensos.

— Ah Shivani... Está vendo? Você é a melhor. - Negou com a cabeça rindo. — Está bem, mas olha, não quero te atrapalhar em nada na sua vida okay? - Perguntou sério.

— Okay. Se um dia você chegar a me atrapalhar eu te conto. - Mal sabe ele que esse dia está longe de existir. Tão longe quanto o Sol explodindo ou a Terra deixando de existir.

A porta se abriu novamente e uma figura saiu correndo. Na verdade duas, uma saindo do nosso campo de visão antes que pudéssemos olhar e outra correndo em nossa direção. Uma figura bem pequena, na verdade.

— Então esse é o garoto mais fofo do mundo? - Pergunto me levantando novamente e o tal de Henry afirma tímido.

— Ele não fala muito ainda, mas olha. Henry, repita com o papai: Shiv. - Noah sorriu pegando ele no colo e fiquei admirando-os.

— Iv! - Sorriu batendo palmas. Ele era simpático até.

— Eu sou a Iv? - Pergunto para ele e o mesmo fica confuso por um tempo, mas afirma.

— Iv e papai! - Disse a voz doce e fui até ele.

— Você tem os olhos do seu pai, que lindos. - Digo olhando a criança parada e ele deita a cabecinha no ombro de Noah murmurando umas coisas que não dava para entender.

— Creio que ele esteja ficando com soninho... Minha mãe o levou para a creche e até agora não dormiu. Ele foi forte, tadinho. Que nem nós. - Me olhou e riu fraco deitando a pequena criança em seu colo.

— Então vamos todos dormir? Acho que cabe nós três em um lugarzinho só. - Sugeri sorrindo.

— Shiv... Você ainda não viu? - Noah perguntou soltando outra risadinha.

— Não... O que? - Observei o quarto e continuei procurando até olhar o extremo canto mais próximo da cama de Noah. Havia um colchão cercado de madeiras, uma cama. Não chegava a ser um berço, mas parecia mais aquelas camas de pessoas que curtem tanto ler que transformam a cama em uma parte da madeira das estantes, um móvel bem bonito.  — Uau.

— Foi montado esse fim de semana. Minha mãe me ajudou nos móveis. - Afirmo observando que o quarto na verdade estava com brinquedos arrumados, um baú, um penico infantil e várias coisas de bebê. Inclusive até uma nova cômoda. — Enfim, ele ficará aqui e espero que os outros pensem ser meu primo, irmão ou seja lá o que eles queiram pensar. Não ficará sempre, claro, mas em dias como hoje por exemplo, ele dormirá aqui. - Voltou a se sentar na cama após colocar o bebê para dormir.

— Eu te ajudo. - Sorri e deixo ele deitado na cama, ficando em cima dele e o beijando. — Agora vamos tirar nosso sono da beleza? Se não ficaremos atrasados na tarefa do seu bebê e não vamos dormir.

— Claro, meu amor. Como quiser. - Me deitei com a cabeça no travesseiro e ele logo depois fez o mesmo, me puxando para uma conchinha e sorri antes de acabar pegando no sono.

(...)

— Bincar! - Acordo com uma voz baixa puxando meu cabelo fraco e olho para Henry.

— Neném acordou? Vamos brincar de que? - Pergunto me levantando ainda como um zumbi e vou até o banheiro lavar o rosto bem rápido. Logo assim que volto para o quarto, Noah já estava acordando também.

— Cainho! Cainho Iv! - Foi até o baú de brinquedos e beijo a testa de Noah enquanto Henry colocava os carrinhos no chão.

— Acorda porque vamos brincar de carrinho. - Sorrio me desvencilhiando de meu namorado, mas ele me puxa pela cintura e sorrio. — Vai lavar o rosto, meu amor.

— Nem um beijinho? Só um. - Fez beiço e escuto Henry correr desajeitadamente até nós. Pego ele no colo e tapo os olhinhos dele antes de beijar Noah com um beijo rápido. — Pronto. Acho melhor antes de brincar a gente escovar os dentinhos. - Rio indo ao banheiro. Não era a coisa mais agradável a ser fazer, mas era o Noah. Ele pode.

Escovamos nossos dentes, fomos brincar com Henry e depois revisamos entre estudar para as matérias e cuidar da criança. De noite, já sendo quase a hora do jantar, olhei para Noah e Henry e suspirei.

— Vou lá tomar um banho está bem? Quero que se encontrem comigo na porta do meu quarto.

— Como quiser gatinha. - Noah sorriu de lado e fui em direção ao meu dormitório tomar um banho.

Quando chego lá, a história é outra.

— Não esconda nada pra gente! Como foi com meu pirralho novo? - Any perguntou sorrindo.

— Ah então você sabia, é? - Cruzei os braços forçando para não rir ou sorrir. Ela sabia que era brincadeira minha irritação.

Secrets─𝗡𝗼𝗮𝘃𝗮𝗻𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora