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Horas Depois

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Horas Depois

— Ai que cansaço! - Reclamei enquanto observava Noah quase deitado enquanto me olhava. Ele estava com o braço apoiando seu corpo talvez para uma visão melhor... Pior?

— Vai dormir. Já dão umas quatro da manhã, pequena. - Disse e afirmo. Puxo o cobertor mais acima, me tapando quase por completo e fiquei o olhando.

— E você? Não vai dormir? Se olhar muito vai ter que pedir a minha mão aos meus pais. - Brinquei e sorri de leve. Escuto um riso vindo dele e acabei sorrindo mais largo.

— Vou ficar só um pouquinho, depois eu durmo. - Disse e afirmei. Começo à bocejar e coloquei minha mão para tapar minha boca.

– Vai dormir, okay? Quer carinho? - Perguntou e, o mais rápido que pude, me grudei nele. Ficando um pouco manhosa.

— Sim... Por favor. - Disse com um tom de voz sonolento.

— Okay. Hm... Vira de costas. - Pediu. Senti ele ficar meio envergonhado, já que Noventa e nove por cento de pessoas pensam algo obsceno quando alguém fala isso.

E sim, eu fui uma delas. Só não deixei transparente por causa do clima bom que estava presente no quarto de Urrea.

— Prontinho! - Falo após ter feito o que ele havia pedido. Escutei um riso e do nada sinto um corpo me puxar com velocidade e sem delicadeza para trás, fazendo nossos corpos se chocar.

— Agora melhor. - Virei minha cabeça para o olhar e o vi sorrindo. Que lindo. - Fecha os olhos. - Afirmei e me encolhi mais ainda. Chutando levemente sua perna, sinalizando para ele deixar suas pernas mais para cima também.

— Boa noite, Urra... - Acabei errando a pronúncia por causa do sono e fechei meus olhos começando à sentir sua mão acariciando minha coxa sem malícia e meu cabelo. — Espera! Você tem que falar o por quê me chama de "gatinha". — Digo em um tom animado, me sentando na cama.

— Gatos são e fazem o que? - Perguntou rindo e continuou deitado.

— Ah... Gatos são perfeitos e hm... Não sei. - Continuo pensando no que os gatos fazem.

— Não vai me bater? - Perguntou rindo.

— Fala logo, Noah!

— Gatos são emburrados e mordem e arranham as pessoas. - Disse fechando os olhos. Fiquei parada e logo dei um leve empurraozinho nele, mas tão leve que nem fez ele mudar de lugar.

— Eu não faço isso. - Me deitei novamente na posição em que estava, mas agora com os braços cruzados e brava.

— Você troca mordida por tapa. Quando nos conhecemos você me deu um tapa tão forte em mim que acho que pensei que meu nome era Kim. - Fiquei confusa e ri fraco.

— Mas você mereceu, não? - Perguntei e peguei uma de suas mãos, fazendo carinho na mesma.

— Ah... Talvez, talvez. E bom, gatos são lindos e gostam de carinho. - Disse para amenizar a situação. — Você é uma gatinha completa, Shiv! - Sorri com aquilo e tapei sua mão em meu rosto, com vergonha.

— Urrea! - Disse em tom de repreensão, mas na verdade estava com vergonha e achando aquilo fofo demais.

— Não fique com vergonha enquanto eu não puder ver você com vergonha, Shiv. - Disse na maior cara de pau. — Eu amo te ver envergonhada por minha causa, você fica incrivelmente fofa, sabia? - Após aquilo, era meu auge. Eu fiz até um certo barulho com a boca como se fosse uma fã sendo notada pelo ídolo ou uma criança ganhando o presente que mais queria.

Me virei totalmente para Urrea e o olhei seriamente, mostrando meu estado. Ele riu e me abraçou.

— Agora sim vamos dormir, minha gatinha. - Beijou minha testa e acabei por me deitar em seu peitoral. — Tenha uma boa noite.

— Você também, meu amor. - Sorri largamente e fechei os olhos, agora sim deixando o sono reinar.

Mais tarde, 11:13

— Lamar? Que que isso? Que porra você vai fazer? - Digo presa em uma corda, amarrada e sentada em uma cadeira qualquer.

— Você só irá saber quando eu fazer, Shiv. - Sorriu de lado enquanto eu começava à me debater contra a corda, gritando socorro e chorando. — Ninguém te escutará aqui, meu amor. É só você e eu.

Ele começou a se aproximar com o mesmo objeto do dia na sua casa, minhas lágrimas eram mais desesperadas ao cair e meus luzeiros começam a falhar frequentemente, deixando tudo mais escuro e voltando ao normal.

— Shiv, Shiv, Shiv... Amor. - Noah tentava me chamar, mas a única coisa que conseguir fazer após acordar era abrir os olhos e perceber então que eu estava chorando.

Então eu o abracei. O abracei tão forte como das outras vezes e senti suas mãos vagar em por minhas costas, em uma carícia que me aliviava.

— Ele... Ele vai vir me matar... - Consigo falar algo, finalmente.

— Não ele não vai... Eu não vou deixar, tá bom? - Perguntou e beijou minha testa várias vezes. — Eu tô aqui, Shiv. Eu sempre estarei aqui contigo tá? - Apertei o abraço e só consegui cessar aquilo quando sou surpreendida por um selinho dele.

— N-Noah... Eu tive um pesade... - Não consegui falar, seu dedo indicador ficou sob meus lábios.

— Não tente se lembrar disso, tá bom? Senta aqui no meu colo, vem. - Afirmo e me sentei em seu colo. — Agora coma isso aqui. - Colocou em minha frente uma mesa-bandeja.

— Obrigada, Noah. - Sorri e comecei à comer. Ele estava tão fofo, atencioso e carinhoso comigo. Eu o conheci de uma maneira tão errada e tive uma visão tão merda dele...

— Coma tudinho porque depois iremos passear pela cidade. - Disse enquanto me observava comer. Afirmo e entrego em sua boca um morango para comer.

Continuamos assim, comendo e conversando sobre tudo menos o pesadelo que tive recentemente.

Notas:

Voltei genteeeeeee

Finalmente recesso e feriadão do colégio

Feriadão=3 dias fora sábado e domingo

Mas tá bom

(so quem leu BYIWN vai lembrar/saber)

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Secrets─𝗡𝗼𝗮𝘃𝗮𝗻𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora