Os Gaunt's

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O tapa que sentira no rosto era forte, ela estava chorando, o corpo da pessoa que Alley ocupava estava chorando, e muito.

—Vá embora dessa casa Gilda!– Gritava o pai da família, extremamente alto e de forma violenta.

—Por favor pai! Por favor não me expulse!– Clamava Gilda enquanto se ajoelhava aos pés de seu pai– Eu não tenho pra onde ir!

Gilda foi jogada longe pelo chute que seu pai dera na filha, ela caiu de bruços no chão, enquanto gemia de dor.

–Por favor pai! Por favor Morfino me ajude!— Ela suplicou para o seu irmão, que apenas à olhou com desdém.

O pai de Gilda se ajoelhou em frente a garota e puxou sua cabeça com força, para que ela o olhasse. A face do pai reluzia fúria e desgosto.

–Você deveria ter pensado nisso antes de desgraçar o nome da família Gaunt!– Ele cuspiu no rosto da filha e a jogou no chão novamente– Eu já deveria ter me livrado de você a muito tempo!

Gilda se jogou no chão, em prantos, olhava para o seu irmão eu busca de socorro, mas foi uma tentativa completamente inútil.

–Vá embora!– Gritou o pai novamente– É incrível como você e sua irmã conseguiram desgraçar o nome da família de vocês! Como vocês se atreveram a se relacionarem com sangue-ruins?!

A garota tentou levantar para chegar perto do pai mas foi empurrada novamente para o chão, a garota gemeu de dor, e ainda chorava muito.

–Não chegue perto de mim! Apenas saia dessa casa sua imunda!

(...)

A Yount acordara em um pulo. Esses tipos de sonhos sempre eram bem perturbadores. Sua testa suava e seu coração palpitava. Ela levantara e fora em direção ao banheiro para lavar seu rosto e colocar o uniforme. A primeira aula do dia era Adivinhação, e a tarefa era escrever o seu sonho do dia no Diário dos Sonhos.

"Claro que eu não vou escrever sobre isso...".

Alley achava que esses sonhos nunca a levariam à lugar nenhum. Porém essa era a primeira vez que escutara o sobrenome da família: Gaunt. A garota precisava pesquisar acerca disso.

Ela precisava ir à biblioteca, era algo de grande urgência naquele momento. A Yount foi até a Sala Comunal para poder sair das masmorras e deu de cara com o Malfoy, que portava uma feição de sono.

—Bom dia...– Disse Draco enquanto se espreguiçava–...o que a fez acordar tão cedo hoje?

–Eu preciso ir pra biblioteca.– Ela disse rígida, não poderia cancelar seus planos.

–Mas por que? Aconteceu alguma coisa?— Ele estava bem confuso.

—Eu preciso descobri algo sobre uma família, acredito que possa encontrar na biblioteca...

–Qual família?– O Malfoy perguntou com curiosidade.

–Gaunt, conhece?

Draco olhou para os lados para se certificar de que ninguém tivesse escutado e se aproximou dela.

–Não pronuncie esse nome Alley...– Ele estendeu sua mão e a garota a segurou, sem rodeios–...eu vou te levar lá, mas você precisa seguir o que eu disser...

–Tudo bem...

Alley ficara um pouco assustada, não iria mentir, o que aquela família possuía de tão errado que não poderia pronunciar o nome deles em público?

You are my MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora