Eu não acho que estou pronta para isso, ou estou?
— Você acha que é muito cedo? Ou você não quer morar comigo?
— Quero morar com você, mas...
Eu me lembro do aviso da cartomante. No fundo, eu sei que é ridículo ainda ficar presa a minha maldição.
No entanto, a voz interior está me dizendo para ter cautela, não sei se é a minha ansiedade agindo, ou se há algo sinistro acontecendo.
— Posso pensar sobre isso por um dia?
Guillbert parece ser pego de surpresa no início, então ele sorri.
— Está é uma decisão importante. Então pode sim.
Guillbert vai embora logo, e eu vou falar com as meninas.
Encontro elas bebendo vinho.
— Qual é a ocasião?
— Comemorando a vida de solteiras.
Diz Marina.
— Terminei com o Drake.
— Por quê?
Olha surpresa para Judite.
— Não terminamos, oficialmente. Mas tivemos uma discussão e... só.
— Bom, Guillbert me chamou para morar com ele.
— Uau.
— Um brinde à mudança da Martha!
Judite levanta a taça.
— Eu não disse sim.
— Você quer morar com ele, certo?
Pergunta Judite.
— Sim, mas a maldição?
— Por favor, me diga que você não está falando sério. Quem se importa com uma maldição inventada.
— Já faz muito tempo que a maldição afetou você, então provavelmente você está bem.
— Você acha Marina?
— Se até a Marina pensa assim, não vejo porque não.
— Vocês duas estão certas. Preciso começar a viver minha vida agora!
Pego meu telefone e envio uma mensagem para Guillbert.
Martha: Estou pronta para morar com você.
Guillbert: Excelente!
Estou feliz em ouvir isso.
Você vai se mudar esta noite?Martha: Sim.
Guillbert: Pois passo aí.
Retorno ao meu quarto e faço as malas.
Assim que termino, eu ouço uma batida na porta, abro e vejo Guillbert.
— Pronta para ir?
Concordo com a cabeça.
Enquanto Guillbert arrasta minhas malas para fora, eu abraço minhas amigas.
— Vou pagar meu aluguel do próximo mês!
— Não se preocupe com isso. — Diz Marina. — Nós só queremos que você seja feliz.
— Por mais que gostem de ter você aqui, esperamos que não volte tão cedo.
Diz Judite.
Alguns dias depois.
Ao entra no escritório, eu fico surpresa ao ver que todos parecem estar com muita pressa. Pergunto a um colega o que está acontecendo, mas ela dá de ombros e corre para algum lugar com uma pilha de papéis.
— Martha! — Eu me viro e vejo meu chefe vindo na minha direção, com raiva. — Seu amigo, Hernando, colocou toda a empresa em apuros.
— Ele não é meu amigo... Espera, o que ele fez?
— Seu amigo decidiu que pode tomar toda a lista de nossos clientes. Ele enviou e-mail para todos oferecendo serviços pessoais dele por um valor mais baixo e desapareceu. Estamos ferrados! Você precisa enviar um e-mail aos nossos clientes e corrigir a situação.
Meu chefe sai pisando duro e eu suspiro.
Ele não planejava se vingar de mim? Não vejo como ele fará isso se não trabalhar aqui.
No final do dia, a maioria dos clientes respondeu aos meus e-mails.
Brinco com o telefone nas mãos, pensando em tudo. Quando meu telefone apita, anunciando uma mensagem.
Mãe: Estou na cidade e preciso falar com você.
Martha: Podemos nos encontrar quando você quiser.
Mãe: Estou na sua casa.
De repente lembro que disse a minha mãe meu novo endereço, mas esqueci de mencionar Guillbert.
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A maldição (CONCLUÍDA)
RandomDepois de outro noivado fracassado, Martha quase é assaltada na rua, mas um belo desconhecido a salva. Martha se pergunta como conseguiu que dezoito homens a pedissem em casamento, mas nunca conseguiu se casar. Suas amigas sugerem que ela vá até uma...