📍Encontro na chuva?📍

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— Eu não acho que isso esteja correto, Martha.

Hernando continua dizendo essa frase, todos os dias agora.

Ele sempre presume que todo erro é culpa minha, mas todo sucesso é atribuído a ele, de alguma forma.

Eu não posso acreditar que quase casei com esse cara.

— O que é agora, Hernando?

— É a forma como você preenche o banco de dados.

— O que tem ela?

— Simplesmente, não parece eficiente.

— É preenchido assim a anos, e ninguém jamais reclamou.

— Talvez seja a hora de fazer uma mudança. Afinal, estamos melhorando como empresa. Vou te enviar a nova configuração de banco de dados que eu criei. Tudo bem se você não entender como ela nos beneficia diretamente de primeira. Mas, ao implementar meu jeito de fazer as coisas, evitaremos cometer erros no futuro.

— Olha, isso está saindo do controle. Eu sei como lidar com todas as tarefas mundanas desta agência. Trabalho aqui há mais tempo que você. Nosso chefe me mantém aqui por uma razão. Eu sei fazer o meu trabalho.

— Se você fosse melhor nisso, talvez ele nem precisasse me contratar.

Quando estou pronta para responder, meu chefe aparece.

— Tudo bem por aqui?

— Sim.

— Eu estava corrigindo a Martha em um pequeno erro que ela cometeu.

— Não foi um erro meu.

— Calma, vocês dois. Eu não vim aqui para lidar com seus conflitos de personalidade. Para de ser infantil, Hernando. E você, corrija todos os seus erros até o fim do dia, Martha. Estou de folga esta semana.

Com isso, ele sai.

Os assistentes próximos solta um suspiro de alívio e voltam para terminar suas tarefas.

Olho com os olhos afiados para Hernando.

— Não faça isso de novo.

(...)

É sábado de manhã e eu estou super animada com meu encontro.

— O fim de semana chegou!

Falo.

— Yay!

Marina faz uma dancinha alegre, que consiste em girar a cabeça e os quadris de lado para o outro, enquanto sacode as mãos em direções aleatórias.

Eu me junto a ela, balançando meu corpo da esquerda para a direita, alegremente.

Judite revira os olhos.

— Vocês duas estão muito animadas para um dia tão miserável.

— Por que hoje seria miserável?

— Você olhou lá para fora?

Eu e Marina trocamos um olhar e depois corremos para a janela.

Ao olhar por trás da cortina, eu vejo gotas de chuva no vidro.

— Como você vai ter seu encontro na chuva?

— Quando há um desejo, há um Caminho. Eu tive uma ideia! Martha deveria convidar Guillbert para cá. Dessa forma, eles podem fazer as coisas em casa.

— Coisas?

— Por favor, não as faças em cima da minha mobília!

— Guillbert e eu só nos conhecemos recentemente. Não iremos tão longe. 

A maldição (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora