A maldição (CONCLUÍDA)

📍Reconciliação de amigas📍

Guillbert vai embora, enquanto fico olhando para a porta preocupada.

Quando a noite chega, eu não consigo dormir. Sento toda enrolada no sofá, relembrando os acontecimentos do dia em minha memória.

Que dia!

Escuta uns sons altos vindo da cozinha e fico assustada.

Intrusos?

Olho em volta, em busca de algo para me proteger. Pego um livro e vou lentamente para a cozinha, na ponta dos pés.

Instantaneamente avisto o intruso próximo à geladeira.

Quando ela se vira, eu levanto o livro.

— Este é o meu livro de direito civis? — Deixo o livro cair no chão e suspiro. — Você está tentando me matar?

— Claro que não, pensei que fosse um ladrão. Embora Talvez eu devesse ficar mais zangada com você depois do que você fez!

Eu suspiro, percebo que seus olhos estão inchados. Por fim, Judite limpa a garganta.

— Eu agi como uma completa pirralha hoje.

— Judite…

— Olhando para trás, me lembrei dos valentões da faculdade de direito. Nunca pensei que me tornaria um deles. Eu não deveria ter revelado o seu segredo para o Guillbert. É sua responsabilidade e sua decisão quando contar a ele sobre os acontecimentos da sua vida.

— Drake disse algo…

— Eu não me importo com o Drake! Eu decepcionei, minha melhor amiga. E eu sinto muito. Entendo se você nunca me perdoar.

— Não há nada a perdoar. Você disse a Guillbert a verdade, que eu provavelmente deveria ter mencionado antes.

— Era a sua verdade para dizer. Eu não deveria ter dito nada.

— Por que você disse?

— Não sei! Fiquei tão perdida e confusa. Eu estava ferida. Sabe, desde o dia em que nós conhecemos, sempre me senti como se estivesse na sua sombra.

— Isso é simplesmente bobagem. Você é uma mulher bonita, uma advogada de sucesso.

— Mas no amor, não sou nada. Nunca consegui encontrar namorado tão rápido quanto você.

— Ter dezoito noivados fracassados não, é algo que eu me orgulhe, particularmente. Por que você acha que eu não contei ao Guillbert sobre nada disso?

Judite suspira.

— Quando Drake entrou na minha vida, fiquei muito feliz. Mas descobri que ele era seu primeiro noivo.

— O destino é uma piada cruel.

— Mas vou terminar com ele. Não posso deixar isso arruinar nossa amizade.

— Judite… Fiquei chocada ao ver o Drake depois de todos esses anos? Sim. Mas não há nada entre nós. Costumava namorar, há muito tempo. As pessoas mudam muito com o tempo. Você é a mesma pessoa que era há dez anos?

— Deus, não!

— Nem eu. E tenho certeza de que o Drake também não, você não deve terminar com ele por minha causa.

— Tem certeza?

Me aproximo de Judite, coloco as mãos em seu ombro.

— Se você gosta tanto dele, acha que o que vocês dois têm é algo especial, você deveria lutar por isso.

Judite enxuga os olhos com a manga do pijama.

— Então vou continuar saindo com ele.

— Amo vocês.

Nós duas ver Marina, que está encostada na parede na entrada da cozinha.

— Há quanto tempo você está parada aí?

— Tempo suficiente para ver duas das minhas pessoas favoritas se reconciliarem. Abraço coletivo!

— Isto é o suficiente. Eu não posso ser mole com vocês.

— Você ama a gente, Judite! — Marina rir para ela. — Tenho uma surpresa para você, Martha.

— Para mim?

— Eu finalmente tirei todas as minhas coisas do seu antigo quarto, e o arrumei para que você possa pegá-lo de volta. Até desdobrei a cama. Assim, você pode parar de dormir no sofá.

— Obrigada, Marina. Mal posso esperar para dormir em uma cama de verdade.