Prólogo

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(Para você: Oi, tudo bem? *Aceno*)

/Izuku's POV/

👑 Reino de Midston - América do Norte.

                  
MINHA MÃE ENTROU EM   DESESPERO após ler a carta. Ela já tinha em mente que todos os nossos problemas foram duplicados, já que Asui estava presa.

O motivo? Ela roubou...

Foi pega furtando um mercadinho da feira. Não era culpa dela, tínhamos que alimentar Kyoko. Ele não parava  de chorar! Eu não estava mais nem aguentando, o pequeno estava morrendo de fome, e a gente está sem trabalho...sem comida...sem dinheiro...não tínhamos outra coisa em mente!

Eu tive a ideia de ir até lá, onde ela  está presa. Mas mamãe não deixou, ela não queria dois filhos presos! Mas eu prometi que seria ligeiro  e que ninguém me notaria, mas não...ela não deixou.

Escondi-me no meu quarto, o único lugar onde podia fugir do falatório dela.

Eu citei uns argumentos que dobrassem minha mãe. O fato de Asui ser a única que estuda na casa, o fato de papai ter morrido e agora com ela presa seria apenas nós. Eu ela e Kyoko, meu irmãozinho de 5 anos.

Mas ela não me deu ouvidos. O medo de eu ser preso junto era maior na cabeça dela do que qualquer outra coisa!

Eu queria mudar de emprego, não aguentava mais ser capinador, quem sabe faxina? Mas não! Ela disse que faxineiro não tem tempo.

Tem dias que ela me acorda e fica me perguntando se eu já arranjei  algum menino rico! Sério? Bom...seria um sacrifício que eu estaria disposto a pagar.

Eu faria tudo! Absolutamente tudo! Para que minha mãe pudesse ter paciência e colocasse uma mesa de jantar descente e repleta de gostosuras.

Ela sabe que eu sou gay, acho que todos sabem...Eu amo muito minha mãe, ela me apoiou muito, tanto ela como Asui...por isso sou capaz de enfrentar qualquer coisa por elas.

Se a alimentação era uma preocupação no reino, na minha casa era uma tragédia.

Eram 18 h, já faziam umas 5 horas que minha irmã estava mantida em cativeiro. Mamãe estava colocando Kyoko para dormir, mas ele não queria ir para a cama. Ele chorava, já que estava com fome.

Então eu desisti de tomar o meu mingau e ofereci para ele. Após ele se sentir mais cheio, ele capotou que nem um urso.

- Você não vai se arrepender né Izuku? - Perguntou mamãe,  baixinho,  sussurrando, ela não queria acordar o pequeno.

- Não, mãe, eu lanchei frutas, eu aguento okay? - Falei, acalmando-a. Ela se preocupa tanto conosco.

- Ah...Eu amo tanto você meu filho.- Ela disse, agradecendo a boa ação que fiz.

- Eu também te amo mãe.- Falei, então nos abraçamos e ela foi em direção ao seu quarto.

Eu sei que ela não iria dormir, ela iria rezar. As vezes escuto os choros dela aos pés da imagem do sagrado coração de Jesus, uma vela acesa, um terço em sua mão, ajoelhada diante do altar.

Mamãe nunca reclamou de nada para ele, ela sempre agradeceu. Ela diz obrigado por nos ter, ela diz obrigado por ter uma casa, ela diz obrigado por tudo...

Mas aí...uma hora ela pede, ela pede a educação dos filhos, pede a saúde da família, ela pede tudo de bom.

Ela não iria mais sair do quarto. Entrei  no meu, tranquei a porta, peguei meu capuz e sai escondido, pela janela.

Desejos Sombrios (Bakudeku - Katsudeku) Onde histórias criam vida. Descubra agora