Prazeres sombrios

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/Izuku's POV/

👑     

Após ficar alheio a tantos pensamentos, eu acabei dormindo.

Os empregados do Kacchan me acordaram com um café na cama muito delicioso. Continha ovos, bacon, suco, um sanduíche e até mesmo torradas recheadas com chocolate.

Eu sempre quis experimentar chocolate. Na mesma hora, pensei em levar um pedaço para Kyoko, ele ia morrer quando olhasse essa refeição! E do jeito que ele é guloso, ainda ia pedir mais.

Após um tempinho. Uma jovem me trouxe uma roupa bem confortável. Era uma camisa feita de linho, e a calça continha um tecido mais grosso. Não estava na medida exata, mas ela deu o jeitinho dela.

Após tomar um banho bem refrescante, debaixo daquele chuveiro que parecia ser mágico, pude me vestir. Olhei para a escrivaninha...quem sabe eu escreveria uma carta. Com certeza, eu já teria feito umas mil, uma para cada segundo fantástico que passo aqui.

Mas infelizmente, não sei nada de português.

Um tempinho depois, um soldado entrou no meu quarto. Ele apenas veio me dar um recado:

- Vossa majestade lhe aguarda no quarto de jogos.

Assim que escutei eu pensei "Nossa! Quartos de jogos!! Vamos jogar video-game e várias outras coisas legais!" Mas eu estava errado. Assim que o soldado abriu a porta, eu entrei. E era aquele lugar sombrio de novo.

O quarto do mal...

- Majestade, Isso não se parece com uma sala de jogos. - Digo, enquanto o admiro. Ele estava na poltrona, degustando de uma taça de vinho.

- Ah, tinha esquecido que é quarto do mal para você! - Relembrou, então dei de ombros e assenti com a cabeça.

- Quer? - Ele me ofereceu.

Eu neguei. Mas ele começou a insistir:

- Nunca experimentou?

- Eu não...mamãe disse que não posso beber coisas alcoólicas! - Falei, e ela está certa. Papai ficou doente justamente por isso, vício em álcool.

- Mas a sua mãe não está aqui! Quem manda agora em você, sou eu! - Exigiu, levantando-se da poltrona e segurando a garrafa de vinho. Ele derrama a bebida em outra taça, que estava sobre uma mesa com base de vidro, e as pernas finas de madeira.

Pelo visto...ja estava ali para mim.

- Só porque você é o rei, não deve forçar as pessoas a beberem o que não querem. - Falo, ele estende a taça de vinho para mim e a tomo de sua mão.

- Na verdade, eu sou seu dono agora. Você assinou o contrato. - Ele se aproximou de mim. Seus carmensins fixos em meus olhos.

- Como assim? - Pergunto, um tanto que aflito....Eu nem li o contrato, eu nem sei ler. Apenas assinei, pela minha família.

- Agora eu mando e você obedece. - Diz-me, então eu tomo um gole do vinho.

É doce...mais o final possui uma pitada amarga.

- É bom... - Digo. Balançando a cabeça.

- Sabia que iria gostar. - Logo, ele aproxima sua taça da minha.

- Um brinde?

- A quem? - Pergunto.

- A mim. - Ele fala.

Que egoísta.

- Só você? - Afasto minha taça.

- A nós. - Diz-me, aproximando a sua taça da minha novamente.

Desejos Sombrios (Bakudeku - Katsudeku) Onde histórias criam vida. Descubra agora