Capítulo 1

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                         Kyoshi's P.O.V

Não faz muito tempo que ver uma garota encher a cara de propósito como essa linda mulher estava fazendo me faria ir para o ataque. Eu a levaria para casa, para a minha cama, e não me sentiria nem um pouco culpada por ela ter decidido me acompanhar sem estar cem por cento lúcida. Nunca deixei uma oportunidade de sexo fácil passar batido e nunca me senti mal por minhas ações não serem nenhum exemplo de moralidade. Gostava de não precisar me esforçar muito para conseguir as coisas e também de virar as costas e pôr a culpa dos meus erros em qualquer um. Não sabia o que era responsabilidade e, naquela época, a evitava a qualquer custo, como se ela fosse um cobrador.

Mas os tempos mudaram e, entre morrer em uma cama de hospital e voltar a viver vendo minha última chance de ter uma vida normal refletida nos olhos do meu  irmão, uma leve faísca de consciência se acendeu dentro de mim. Naquela noite, fiquei olhando aquela menina muito linda, que estava bêbada, descontrolada e a procura de encrenca, e desejei que ela
soubesse como o peso do arrependimento é grande. Ainda tinha vontade de levá-la para casa e para a cama, mas isso tinha outro significado. Aquele fiozinho de consciência ficou me cutucando, pedindo que eu fizesse algo que nunca havia feito: bancar a cavalheira e a proteger dela mesma.

Não posso ser chamada de altruísta ou de atenciosa. Mas, se eu não tomasse uma atitude, aquela morena linda ia se afogar em um mar de mágoa. Sei, por experiência própria, que algumas mágoas e alguns erros podem atrapalhar alguém para sempre. Carregar esse peso é exaustivo, coisa que ela não merece, por mais que, naquele momento, parecesse não se dar conta disso.

Limpei as mãos no pano pendurado em meu cinto, na parte de trás da calça, e levantei uma sobrancelha para a Kirima, a garçonete do Bar, que também assistia, com olhos arregalados, ao showzinho que rolava na pista de dança. Era sábado à noite, e o Bar estava bem cheio. Uma banda tocava no palco minúsculo da casa, mas quase todos os olhos estavam voltados para a linda morena e seus passos de dança. Eu deveria ter dado um corte ao ver que a garota já estava bem altinha, mas seus olhos dourados estavam tão tristes, tão atormentados, que não pude dizer “não”. Agora que consigo sentir coisas como empatia e compaixão, sabia que tinha dado bebida demais a ela, e isso a levou a quase fazer um striptease no meio da pista.

– Você acha que esses rapazes que estão tentando pegar a Rangi vão surtar se souberem que, provavelmente, ela está armada? – perguntou Kirima, em tom meio sarcástico.

Em seguida, pegou o uísque com Coca-Cola que eu havia servido.

– Quando uma mulher está visivelmente bêbada, querendo se divertir, e, por acaso, é linda como a Rangi, não há nada que a proteja. Vou tirá-la dali. Depois de servir esse drinque, você fica de olho no balcão um minutinho?

A Kirima levantou as sobrancelhas, deu um sorrisinho e respondeu:

– Tem certeza? Parece que tem uma matilha de chacais cercando uma gazela morta. A coisa pode ficar feia se você for lá acabar com a diversão.

A banda, que era a atração ao vivo da noite, começou a tocar “You got lucky”, do Tom Petty, e a Rangi, que estava no olho do furacão, se virou de repente e fixou os olhos nos meus. Em algum momento daquela rebolação toda, ela tinha tirado a blusa e estava só com uma regatinha supercolada, que mal lhe cobria o corpo. Seus cabelos negros como a noite havia se soltado do coque-alto e estava todo grudado no suor do seu pescoço. A maquiagem estava toda borrada, e havia manchas pretas embaixo daqueles olhos dourados. Seu peito subia e descia rapidamente, e sua pele perfeita e à mostra brilhava de suor. Ela parecia uma mulher saída de um sonho erótico ou uma modelo da Victoria’s Secret usando aquele bar sem nome para desfilar seus atributos como se estivesse em uma passarela. Aquela garota ia causar confusão, e acho que, apesar do sangue kamikaze que fervia em suas veias, ela sabia disso. Dava para perceber pelo olhar desafiador que ela me lançava lá da pista.

Riscos da Paixão (Rangshi)Onde histórias criam vida. Descubra agora