Capítulo 2

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    Chegamos na ala central onde uma grande quantidade de alunos verificavam seus telefones e procuravam seus nomes nas folhas que já estavam anexadas.
    — Será que nossos nomes já foram publicados?— Verifico meu telefone.
    — Licença... — Maggie caminha entre a pequena multidão, que aos poucos vai aumentando.
    — Atenção, todos! — a diretora chama — cada um vá para a sala em que iria normalmente, suas notas serão divulgadas lá, e para aqueles que não conseguiram a pontuação final, os professores dirão a vocês o que será feito.
    Esperamos a Maggie voltar até nós e então andamos para a sala de História. Nos sentamos e esperamos o professor chegar.
    — Muito bem! — ele chega segurando uma pasta — Direi os nomes em ordem alfabética e vocês vem até aqui pegar.
    —Ai, estou nervosa! — ouço sussuros atrás de nós.
    —Aisha! — o professor chama e ela vai até lá pegar sua ficha, ela meneia a cabeça. Após alguns nomes ele chama o Ian, e depois o Hak. É claro que fomos ver suas notas. Mas não havia nenhuma surpresa, eles são muito inteligentes.
      — Ian! O menino que deus guarda! — Luise brinca. — Foi muito bom.
      — Valeu.
      — Hak... — Luise começa
      — Nem vem!
      — Mas eu não ia dizer nada! — ela usa um tom falsamente suplicante rindo.
     O professor chama vários nomes  até chegar ao meu.
    — Karen! — levanto e vou até lá, pego a ficha e pisco para meus colegas na volta. — Kieran!
     Sento-me e começo a ler, Luise e Maggie se unem a mim para ver.
     —Muito bom. — Maggie tira um pirulito da mochila — Você ganhou um doce.
     — Valeu!
     — Karen, a menina que Deus carinha. — Luise diz segurando o riso, franzo a sobrancelha.
     — É sério?
     Tinha sido exaustivo, mas minhas notas estavam no máximo, me senti orgulhosa.
     — Luise! — ela pega a ficha e retorna colocando o cabelo atrás da orelha enquanto faz um biquinho e desliza seu olhar de baixo para cima. Ao chegar, ela limpa a garganta e nos mostra as notas.
     — Olha só! — visualizo as notas. Maggie volta com suas notas, dando mini pulinhos de alegria, sua bochecha estava rosada, combinava com seu cabelo vermelho.
     Concluímos o dia mais cedo, uma vez que não haveria aulas.
      — Devíamos comemorar! Que tal passar na barraca de cachorro-quente? — sugiro.
      — Você só pensa em comida, né, Karen? — Hak ri.
      — Penso em outras coisas também, como bebidas por exemplo!
       Pedimos nosso lanche e sentamos na praça para comer. Mas no meio do meu terceiro cachorro-quente, recebemos o bip indicamos que temos uma reunião na agência, nos levantamos e o motorista leva minhas irmãs e eu para o local.
      Chego ao meu quarto e ponho o uniforme da agência, e penso que talvez seja melhor prender o cabelo, será que vou demorar muito com isso? Penso e prendo o bracelete de cabelo, se houver treinamento, é melhor não ter cabelo nos meus olhos. Meu cabelo é absurdamente longo e branco, eu o adoro, exceto quando ele fica entrando na minha boca.
     Caminho para a sala de reuniões onde outros aguardavam.
     — Tá atrasada! — meu pai diz e apenas me junto aos outros — Como vocês sabem, a IORCH tem estado silenciosa a bastante tempo, estamos trabalhando a um ano para coletar informações, descobrimos que eles estão por trás de vários raptos, sabemos que eles estão acelerando seus planos, então vocês serão enviados em duplas para determinados lugares, vocês não terão acesso a tecnologia avançada, de forma alguma vocês podem ser rastreados, senão eles tentarão matar vocês. Vocês terão que se virar com o que levarem, e não poderemos deixar vocês diretamente no local, vocês terão que caminhar até lá. Vocês só terão um ao outro, e não podem falhar.
    

O doce sabor dos insultos Onde histórias criam vida. Descubra agora