Capítulo 3

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      — Karen e Hak! Dirijam-se à sala 02.
      Olho para o Hak e ele olha para mim, caminhamos até a sala onde um instrutor nos aguarda com alguns papéis nas mãos.
       — Vocês são a dupla 2, pelo que sabemos de nossos batedores, a IORCH  tem bases na Austrália, vocês receberão a cordenada e um mapa.
      Ele põe um grande mapa da Austrália sobre a mesa e aponta para o litoral baixo do país.
      — Vocês serão deixados aqui, e devem chegar aqui. — ele aponta para um local com um alfinete — o local é fora da cidade, vocês podem encontrar animais selvagens, mas acredito que vocês saberão lidar com isso.
       — Jogo a Karen para os bichos e saio correndo. — Hak ri.
       — Não precisa sair correndo, eles vão pensar que você é um deles.
      O instrutor lança um olhar sério para nós, pega duas mochilas grandes e entrega para nós.
       — Nessas mochilas terão tudo o que vocês podem precisar, mas será compartilhado.
       Abro uma das mochilas, há alimentos desidratados, um canivete e uma embalagem com caixas de fósforos selada, haviam outros objetos, a mochila estava repleta. Atrás de ambas tinha um saco de dormir e uma garrafa grande para colocar água.  Na outra havia um rico kit de primeiros socorros, uma bússola, corda, lanterna, produtos de higiene e absorventes.
       — Vocês não terão nenhuma tecnologia avançada, nada que possa ser rastreado, vocês estarão muito perto deles e terão de ter o máximo de cuidado. Vocês não poderão usar seus poderes, vocês usarão um bloqueador. Descubra a localização exata deles e impeçam o plano deles, quando a missão for concluída, vocês podem se dirigir a cidade mais próxima e nos contatar. Temos infiltrados lá. O tempo estimado é de três meses até um ano. Alguma dúvida?
      — Não senhor! — fizemos em uníssono.
      O instrutor nos entrega pastas com mais detalhes da missão aponta para a porta e saímos.
      — Aposto que você derrete no primeiro dia! — Hak solta.
      — Você vai virar poeira de morcego em cinco minutos. — levanto a sobrancelha.
     Vou para meu quarto, eu precisava estar descansada para o dia seguinte, tomei um banho e fui para a sala de estar, onde Ian e Luise conversavam. Me joguei perto da Luise.
      — O que vamos ter para o jantar? — pergunto.
      — Maggie tirou uma lasanha do forno. — Luise responde com ar de sonhadora.
      Maggie chega na sala, une as mãos e pergunta sorridente:
      — Quem quer lasanha?
      — Eu!!! — respondemos e erguemos as mãos.
      Levantamos e vamos até a cozinha. Lá, meu pai colocava lasanha em seu prato. Peguei um prato para mim e coloquei também, voltamos para a sala de estar, e meu pai para o escritório.
      — Amanhã vou viajar... — começo — Não sei quando vou voltar, mas vou sentir a falta de vocês.
      Maggie me abraça, aceno para Luise que sorri e balança a cabeça, Maggie e eu nós jogamos sobre ela e a abraçamos.
      — Que fofo! — Kieran chega.
      — Né? — Ian continua comendo a lasanha.
      — Vou sentir saudades de vocês também! — levanto e vou em direção ao Kieran, ele tenta se afastar, então me teleporto para perto dele e o abraço contra sua vontade, ele dá uns tapinhas nas minhas costas. — Ian!
      — Tô comendo!
      — Levanta!
      Ele deixa o prato sobre o sofá e levanta devagar. Abraço ele e volto para perto das meninas. Em seguida o Hak chega também.
       — Então, vocês vão juntos... Nessa missão... — Kieran começa, Hak e eu balançamos a cabeça revirando os olhos um para o outro. — Isso vai dar certo?
      — Com certeza não! — Ian responde — Eles vão acabar matando um ao outro.
      — Não parece ser uma boa ideia. — Maggie diz e Luise concorda com ela.
      — Quando vocês vão? — Luise pergunta.
      — Amanhã. — respondo — Então já vou para a cama. Boa noite gente. Vou sentir tantas saudades!!!!!
      Abraço cada um deles novamente e faço careta para o Hak. Vou até o escritório do meu pai e bato na porta.
      — Entre!
      Abro a porta.
      — Eu vim dizer tchau.
      — Mas eu vou te ver amanhã, quando você sair.
      — Mas eu também queria um abraço...
      Eu estava com medo... Eu nunca tive que ficar longe das minhas irmãs e do meu pai. Ele suspira e levanta.
      — Vem cá.
      Chego perto dele e nós abraçamos.
       — Está melhor?
       — Sim. — Sorrio.
       — Então vá dormir, você terá um dia longo amanhã.
       — Boa noite, pai.
       — Boa noite, Karen.
       Entro no meu quarto e fecho a porta, escovo os dentes e ajusto o despertador, apago a luz e me deito na cama, pego a pasta e leio mais uma vez, apago o abajur e fecho os olhos, como disse meu pai: amanhã será um longo dia.
     
     
     
    
      
      
     

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