— Karen e Hak! Dirijam-se à sala 02.
Olho para o Hak e ele olha para mim, caminhamos até a sala onde um instrutor nos aguarda com alguns papéis nas mãos.
— Vocês são a dupla 2, pelo que sabemos de nossos batedores, a IORCH tem bases na Austrália, vocês receberão a cordenada e um mapa.
Ele põe um grande mapa da Austrália sobre a mesa e aponta para o litoral baixo do país.
— Vocês serão deixados aqui, e devem chegar aqui. — ele aponta para um local com um alfinete — o local é fora da cidade, vocês podem encontrar animais selvagens, mas acredito que vocês saberão lidar com isso.
— Jogo a Karen para os bichos e saio correndo. — Hak ri.
— Não precisa sair correndo, eles vão pensar que você é um deles.
O instrutor lança um olhar sério para nós, pega duas mochilas grandes e entrega para nós.
— Nessas mochilas terão tudo o que vocês podem precisar, mas será compartilhado.
Abro uma das mochilas, há alimentos desidratados, um canivete e uma embalagem com caixas de fósforos selada, haviam outros objetos, a mochila estava repleta. Atrás de ambas tinha um saco de dormir e uma garrafa grande para colocar água. Na outra havia um rico kit de primeiros socorros, uma bússola, corda, lanterna, produtos de higiene e absorventes.
— Vocês não terão nenhuma tecnologia avançada, nada que possa ser rastreado, vocês estarão muito perto deles e terão de ter o máximo de cuidado. Vocês não poderão usar seus poderes, vocês usarão um bloqueador. Descubra a localização exata deles e impeçam o plano deles, quando a missão for concluída, vocês podem se dirigir a cidade mais próxima e nos contatar. Temos infiltrados lá. O tempo estimado é de três meses até um ano. Alguma dúvida?
— Não senhor! — fizemos em uníssono.
O instrutor nos entrega pastas com mais detalhes da missão aponta para a porta e saímos.
— Aposto que você derrete no primeiro dia! — Hak solta.
— Você vai virar poeira de morcego em cinco minutos. — levanto a sobrancelha.
Vou para meu quarto, eu precisava estar descansada para o dia seguinte, tomei um banho e fui para a sala de estar, onde Ian e Luise conversavam. Me joguei perto da Luise.
— O que vamos ter para o jantar? — pergunto.
— Maggie tirou uma lasanha do forno. — Luise responde com ar de sonhadora.
Maggie chega na sala, une as mãos e pergunta sorridente:
— Quem quer lasanha?
— Eu!!! — respondemos e erguemos as mãos.
Levantamos e vamos até a cozinha. Lá, meu pai colocava lasanha em seu prato. Peguei um prato para mim e coloquei também, voltamos para a sala de estar, e meu pai para o escritório.
— Amanhã vou viajar... — começo — Não sei quando vou voltar, mas vou sentir a falta de vocês.
Maggie me abraça, aceno para Luise que sorri e balança a cabeça, Maggie e eu nós jogamos sobre ela e a abraçamos.
— Que fofo! — Kieran chega.
— Né? — Ian continua comendo a lasanha.
— Vou sentir saudades de vocês também! — levanto e vou em direção ao Kieran, ele tenta se afastar, então me teleporto para perto dele e o abraço contra sua vontade, ele dá uns tapinhas nas minhas costas. — Ian!
— Tô comendo!
— Levanta!
Ele deixa o prato sobre o sofá e levanta devagar. Abraço ele e volto para perto das meninas. Em seguida o Hak chega também.
— Então, vocês vão juntos... Nessa missão... — Kieran começa, Hak e eu balançamos a cabeça revirando os olhos um para o outro. — Isso vai dar certo?
— Com certeza não! — Ian responde — Eles vão acabar matando um ao outro.
— Não parece ser uma boa ideia. — Maggie diz e Luise concorda com ela.
— Quando vocês vão? — Luise pergunta.
— Amanhã. — respondo — Então já vou para a cama. Boa noite gente. Vou sentir tantas saudades!!!!!
Abraço cada um deles novamente e faço careta para o Hak. Vou até o escritório do meu pai e bato na porta.
— Entre!
Abro a porta.
— Eu vim dizer tchau.
— Mas eu vou te ver amanhã, quando você sair.
— Mas eu também queria um abraço...
Eu estava com medo... Eu nunca tive que ficar longe das minhas irmãs e do meu pai. Ele suspira e levanta.
— Vem cá.
Chego perto dele e nós abraçamos.
— Está melhor?
— Sim. — Sorrio.
— Então vá dormir, você terá um dia longo amanhã.
— Boa noite, pai.
— Boa noite, Karen.
Entro no meu quarto e fecho a porta, escovo os dentes e ajusto o despertador, apago a luz e me deito na cama, pego a pasta e leio mais uma vez, apago o abajur e fecho os olhos, como disse meu pai: amanhã será um longo dia.
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O doce sabor dos insultos
RomanceKaren e Hack nunca se deram muito bem. Um cara retardado que sempre surge do nada, pensa ela. Uma garota chata que cai do nada, pensa ele. Mas, uma importante missão do chefe da agência, envia ambos para longe do conforto, e colocando-os para trabal...