Capítulo 27 - Trompé

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Angel chegou ao Hotel de Paris com a mãe e Esme, cada uma segurava um lado de seu braço e andavam rápido pelo saguão do hotel.

 - Por que estão com tanta pressa? 

Esme olhava para os lados, assim como Nathalie.

- Minha querida, eu amo tanto você... Mas você as vezes é tão lenta...

- Ei! - Angel encarou a mãe.

- Não reclame por ela ser assim, Nathalie. Se não, não conseguiriamos chegar até aqui...

Angel franziu o cenho e encarou Esme.

- Ela está aqui e está ouvindo tudo - Angel foi arrastada até o elevador - E não está entendendo nada. Onde vamos comer?

- Você realmente está com muita fome? - Esme encarou a amiga, preocupada dentro do elevador.

- Um pouco... - Angel deu de ombros.

- Damos alguma fruta para ela no quarto, não temos tempo para comer agora, na festa você come melhor...

- Festa? - Angel encarou a mãe confusa - Me arrumaram assim para uma festa? Que festa?

A porta do elevador se abriu e as duas guiaram Angel rapidamente para dentro do quarto.

- Do seu casamento - Esme finalmente disse quando a porta estava fechada atrás dela.

Angel viu o vestido branco que elas compraram e arregalou os olhos.

- Meu... Casamento?

***

Charles sentiu um frio na barriga como nunca antes. O elevador parecia descer devagar demais para a sua ansiedade que fazia seu coração palpitar.

- Fiquei sabendo que todos os convidados já chegaram, é hora de brilhar - Pascale apertou a mão do filho. 

Charles deu um longo suspiro e ajeitou seu terno.

- Acho que vou vomitar - o piloto encarou o irmão mais novo que riu.

- Se vomitar em cima de mim, eu mato você. Ganhei esse terno da Ferrari - Artur se encolheu no elevador.

Lorenzo revirou os olhos e riu. 

- Vamos logo - Lorenzo apressou os irmãos assim que o elevador chegou ao andar do elegante e enorme salão de festas do Hotel de Paris. 

Charles viu algumas pessoas vestidas de terno preto que usavam fones de ouvido, todos faziam parte da organização.

- Quanto isso tudo vai custar mesmo?

- É melhor saber só quando a festa acabar... - Lorenzo murmurou no ouvido do irmão que assentiu.

 Todos se posicionaram para entrar. Charles estava parado em frente a enormes portas duplas junto de sua mãe. Uma música suave começou a tocar.

- Você vai entrar, tudo o que precisa fazer quando chegar ao altar é esperar por sua noiva - uma mulher de terno preto segurava uma prancheta e tinha fone nos ouvidos se aproximou de Charles que assentiu.

- Certo - o piloto encarou a mãe.

- Estou tão feliz por vocês dois, meu querido. 

Charles sorriu e sentiu seus ombros tensos, o frio na barriga estava ainda pior e suas mãos congeladas.

As portas se abriram e o piloto caminhou lentamente com a mãe até o altar. Estava tão nervoso que mal conseguiu reparar na bela decoração do salão com flores brancas que pendiam pelo teto e iam até o altar, onde uma cerimonialista estava aguardando. 

Gold | 2 | Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora