if them's the rules(TRADUÇÃO)

Capítulo 42-Assassinato revisitado

1941

Havia muito em que Harry pensar.

É verdade que nem tudo isso era ruim: os planos que ele estava formando com Madeleine, a maneira como Tom estava crescendo, as pessoas com quem ele fez amizade durante seu tempo aqui, até mesmo seu trabalho e a segurança financeira que isso lhe dava era algo que ele às vezes se maravilhava com o contentamento. Ele tinha tido sorte de muitas maneiras, e ele não queria perder isso de vista.

E, no entanto, havia muita coisa que trazia gavinhas de ansiedade em sua vida: Arcturus, Grindelwald, a maneira como Tom estava crescendo, a longevidade esperada de sua carreira, considerando que não havia Testemunhas no futuro, os assassinatos das Testemunhas que estavam ocorrendo, a guerra e quem mais sabia o que mais acabaria aparecendo.

Mesmo agora, a caminho de mais uma missão que lhe foi atribuída por Cassandra, seus pensamentos foram pesados pela pergunta: quando quem estava mirando as Testemunhas se voltaria para ele? Havia uma ordem em que os assassinatos estavam sendo realizados?

Não estava bem com ele que os outros estavam agora convencidos de que era Grindelwald quem estava matando Testemunhas. Tinha sido uma desculpa fácil de dar após a tentativa de assassinato, mas preocupava Harry que a desculpa agora tornasse praticamente impossível justificar quaisquer suspeitas que ele tivesse sobre o envolvimento do Ministério. E Harry sabia – ele estava certo – que os assassinatos das Testemunhas de Jeová foram de alguma forma facilitados por alguém que detinha o poder político na Grã-Bretanha: o nível de apagamento que ele havia percebido que existia no futuro não era alcançável por Grindelwald, que nem sequer havia vencido sua guerra.

"Eu me pergunto que tipo de medidas de proteção outras Testemunhas tomaram" Harry pensou enquanto observava sua localização para a próxima missão: o extremo de um campo de algum tipo, com o que parecia ser uma fazenda nas proximidades. Não havia árvores para ele se esconder atrás, mas esconder-se dos trouxas não seria um problema, mesmo com a ausência deles. Era se esconder de outros bruxos ou bruxas que Harry estava um pouco preocupado.

"Até agora todos foram mortos em uma missão" Harry percebeu – ou, pelo menos, ele não tinha ouvido falar de nenhuma Testemunha morta quando não estava trabalhando. "Mas como eles sabem para onde uma Testemunha está sendo enviada? A menos que o Vidente envie a designação da missão para o ministério também. Eu deveria contar a Cassandra sobre isso, talvez ela saiba quem poderia ter acesso a esses registros."

E foi exatamente isso que Harry fez: depois de voltar para casa, antes mesmo de enviar a penitenciária para o Ministério, ele enviou uma coruja para Cassandra para compartilhar seus pensamentos. Talvez ela já tivesse considerado algo semelhante, mas não doía avisá-la.

Essa não foi a única coruja que Harry acabou enviando naquele dia: ele havia chegado para encontrar uma mensagem de Arcturus, sugerindo um jantar. A mensagem do homem era curta, mas havia pouco que pudesse encher Harry de mais pavor do que um convite para se encontrar. Em parte, o pavor também se deveu ao pouco que ele foi capaz de fazer pelos filhos de Melania.

"Vou avisar Madeleine sobre isso antes de responder a ele." Harry decidiu. Ele também precisaria considerar seriamente o que deveria fazer por Orion e Lucrécia. Até onde ele sabia, Orion iria se formar em breve – talvez esse fosse o melhor momento para Harry ajudá-lo? Como, ele ainda não sabia. Mas ele não podia simplesmente esquecer isso.

Com Arcturus mostrando sua capacidade de assassinar alguém com quem ele – pelo menos em público – afirmava ser um amigo, ele provou ser um homem arriscado para Harry se associar. Arriscado, isto é, pela definição de qualquer um que não tenha vivido a vida que Harry tem.