4

717 35 14
                                    

Bem-vindos!!! Espero que tenham uma boa leitura. Obs: Estou aberta a qualquer crítica e opinião, é sempre bom lembrar, né?

 Obs: Estou aberta a qualquer crítica e opinião, é sempre bom lembrar, né?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A minha semana havia sido intensa. Tive que aplicar prova e recuperação em pouquíssimo tempo, algo de quatro dias, sendo mais específica. Era foda ter pego aula justo antes das férias, mas por um lado foi ótimo, já que conhecendo as crianças, tudo fica mais simples. Além de que as provas já estavam prontas, eu apenas tive que corrigir.

Cheguei em casa e fui direto pro banho, que foi rapidinho, só pra tirar o suor. A única coisa que eu estava pensando era no jogo de hoje. Bom, não tinha nenhuma sensação em meu peito, e eu sabia bem que quando isso acontecia, é porque as coisas poderiam correr de maneira ruim. Antes de Zé sair de casa, ô abracei forte, ele até perguntou se tinha acontecido algo, mas a minha resposta foi que nada tinha rolado, eu apenas estava com um sentimento diferente. E... eu não estava errada.

Após uma partida difícil, estava consumada a derrota do Palmeiras na oitavas da Copa do Brasil. Pude sentir meu corpo todo se encolher ao ver os meninos saindo de campo, mas, quando a câmera focou em Raphael Veiga, meu coração cortou.

Antes, quando eu estava ainda no Paraná, já doía ver todos eles na TV após uma derrota, mas conhecendo-os, dói mais ainda.

Eu sabia exatamente a cara que meu irmão estaria, e eu não conseguiria disfarçar minha falta de animação dessa vez. O Veiga perdeu dois pênaltis só nesse jogo, isso pesava muito o time. A entrevista que ele deu depois foi bonita, palavras boas, mas que não eram realmente conexas ao que ele parecia sentir, pelo menos foi essa minha leitura.

Pra esvair, tomei um banho bem quentinho, lavei o cabelo, hidratei os pés e vesti um pijama confortável. Quando meu irmão chegou, eu estava deitada no sofá e fingindo ver uma série, porque nada me tirava da cabeça aquele jogo. Será que só eu me abalava assim as derrotas?

– E aí, Ellen - Scarpa cumprimentou, demos um toque com as mãos.

– E aí, Scarpinha!

– Opa - Veiga cumprimentou apenas de longe, acenei a cabeça pra ele.

– Fala oi não, Zé? - Perguntei ao meu irmão, que foi direto pro quarto. - Zé Rafael!

– Já tô indo - Ele respondeu. Fiquei aliviada porque ele estava apenas guardando suas coisas e não indo surtar.

Olhei para os meninos, Scarpa brincava com a costura na sua blusa e Veiga olhava pro teto, eles tinham se sentado no sofá.

– Meninos, como é que vocês estão?

– Cê viu o jogo, né? - Scarpa perguntou.

– É, vi sim - Concordei. - esse tipo de coisa acontece.

– Foi punk, Ellen - Scarpa suspirou.

– Punk é apelido - Veiga se manifestou pela primeira vez. - acho que vou pra casa. Tô precisando dormir e esquecer um pouco das coisas.

Sem sentimento - Raphael Veiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora