SEM SENTIMENTO; a química que há entre nós.
"Mas qual é a chance? Ela é irmã do Zé, nós nem nos conhecemos e eu saí de um relacionamento há uns meses. Sem chance alguma."
"Eu não vou quebrar a confiança dele."
"E, no fim das contas, eu quebrei sim...
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Boa leitura à todos!
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Hoje é dia da festa anual de fantasia da escola. Parece meio brega, e é mesmo, mas nós professores somos obrigados a participar e, pasmem, temos que nos vestir de algo. Eu não tenho uma fantasia realmente boa, então meu irmão me deu a ideia de vestir de espantalho. Fiquei ofendida, mas me deu uma ótima ideia, por que não me vestir de "da roça"? Estou finalizando minha trança do lado esquerdo e escuto a gargalhada de Scarpa.
– O que foi? - Questiono, me virando para ele.
– É que nada define melhor - Ele continua rindo. - a bichinha voltando às origens! Eu não aguento!
– Ah, vai caçar o que fazer, insuportável - Passo por ele e caminhamos até a sala. - cadê o Zé? Ele prometeu que vai! Não é possível que ainda não chegou!
– Pra quem escondia que era irmã dele, você até que tá bem animada.
– Agora todo mundo já sabe, né? - Resmungo, procurando por minhas botas. - Ele disse que ia fazer o quê mesmo?
– Precisava ir até o centro de Muay Thai - Scarpa balança os ombros.
– Eu não acredito - Passo a mão pelo rosto. - ele não vem! Que maldito! Isso é de propósito, eu sei que é!
Volto pro quarto quase soltando fumaça do nariz. O Zé está fazendo de maldade, porque agora sabe que de fato, eu e o amigo dele ficamos.
– Eu falei com os meninos que ia levar ele - Sinto vontade de chorar enquanto me olho no espelho do quarto, vejo Gustavo escorado na porta pelo reflexo. - vou ficar como quem fala é não cumpre!
Rodo pelo meu quarto todo e paro em frente a fantasia de Zé Rafael. Olho pro Scarpa, depois pra roupa novamente. E aí me surge uma das melhores ideias da vida.
– Scarpinha, Scarpinha - Me aproximo dele com a camisa xadrez em mãos. - Já te falei que verde fica perfeito em você?
– Ih, nem adianta - Ele levanta as mãos. - eu não vou nem que você me pague caro.
