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Eu esperava qualquer coisa, menos a visita de Bruna

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Eu esperava qualquer coisa, menos a visita de Bruna. Cara, há quatro meses estamos separados, apesar do fato de que não estávamos tão juntos desde o início do ano.
Ela apenas chegou, não mandou mensagem, nem ligou... nada. Apareceu em minha porta e fiquei sujeito a deixá-la entrar.

– Quanto tempo, né? - Percebi a trivialidade falsa em sua voz.

– Pois é, tem um tempo sim - Concordei. - tudo bem?

– Tudo sim. E com você?

– Bem também.

Após algum tempo de silêncio, a questionei.

– O que te traz aqui, Bruna? - Queria que ela fosse direto ao ponto.

– Raphael, a gente se separou há quatro meses e... porra, eu não esperava que você fosse arrumar outra pessoa assim.

Quê? Arrumar outra pessoa? Do que ela tá falando? Não que eu fosse informá-la sobre isso, mas eu não me envolvi com ninguém até hoje, nem um mísero beijo.

– Quê? Como assim?

– Ah, ainda se faz de sonso! Olha, você pode enganar a mídia com a ajuda do Cury, mas eu não.

Misericórdia, já tava dando linha cruzada em minha mente.

– Bruna, espera aí, de onde você tirou que eu estou com alguém?

– Veja você mesmo - Desbloqueou o celular com certa raiva e me entregou. - como é que pode isso? Até um mês atrás você ainda beijava minha boca. Recaída, né? Só recaída... pareço ridícula!

Era uma página de fofocas falando que eu tinha um novo affair. O negócio é que eu estava ao lado de uma mulher mesmo, mas o pior é que, essa mulher era a Ellen. Pasmem, irmã do Zé Rafael.

– Se acalma - Foi o que pedi. - não é como se você tivesse o direito de entrar aqui e falar as coisas comigo. Eu e você não namoramos mais.

– Espera, você tá admitindo então?

Eu odiava a maneira que ela se precipitava em tudo. Tudo. Não me escutava até o final.

– Espera eu terminar. Só quero dizer que não dá pra aceitar ciúmes seu. Eu beijei a sua boca uma vez no mês passado. Uma única vez.

– Tá, e por isso sou apenas uma recaída?

– Bruna, por favor, entende uma coisa - Me aproximei e pus a mão sob seu ombro. - você foi minha noiva. Ficamos um bom tempo juntos... mas acabou, e eu resolvi seguir em frente. Aquele beijo não tá mais na minha mente.

– Você fala assim? Como se não fosse nada?

Engulo a seco.

– É verdade, então?

Suspiro pesado.

– Não é, Bru. E se fosse... você não tinha que se incomodar ao ponto de vir até a minha casa.

Sem sentimento - Raphael Veiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora