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Sentir o coração quase saltar pela boca não é lá das melhores sensações, mas quando o assunto é ver o Palmeiras jogar, vale a pena

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Sentir o coração quase saltar pela boca não é lá das melhores sensações, mas quando o assunto é ver o Palmeiras jogar, vale a pena. Quando o assunto é ver o Veiga entrando em campo, não tem problema quase infartar de ansiedade. É, o Flamengo não deixa fácil, mas também não é difícil demais roubar a bola deles.
A definição desse primeiro tempo é ansiedade. Porque nada muda, nem o placar, nem as táticas, nem a posse... pelo menos o verdão está com maior porcentagem.
Eu estou com Filipe e Mateus lado a lado. O Filipe não torce nem por um segundo, porque é um maldito corintiano, mas o Mateus quase infarta comigo a cada lance.

– É, fêssora... quem diria, hein? Você entrou nas nossas vidas pra ser benção.

– Que exagero, Mateus...

– Ele tem razão - Filipe descruza os braços. - quem é que ia trazer a gente pra esse lugar?

– É, eu sou demais mesmo - Balanço os ombros, fazendo os dois rirem. - ai meu Deus!

Alguma coisa aconteceu na área, porque tem um bololô ali.

– Será que vão dar pênalti?

– Puta que pariu, o Rapha vai infartar - Era pra ser só um pensamento meu, mas os garotos escutaram.

– Infartar? Ele tem é que acertar!

– E ele vai! Eu tenho certeza que vai!

Eu confio tanto no potencial daquele homem. Isso é indiscutível, o futebol dele é digno. Mas ele está voltando, é seu segundo jogo pós retorno e é uma baita responsa.
Eu encaro bem, vejo que sim, o juiz deu pênalti. O telão do camarote repete, mostrando a cena, onde o zagueiro do Flamengo bate na bola em uma dividida, onde o Rony fica caído no chão de quebra. Não é proposital, mas é pênalti, de qualquer forma.
Estou extasiada, quase em pânico. Do lado, observo as irmãs do Scarpa, tão estáticas quanto bonecas, mas os detalhes entregam a ansiedade pelo irmão, elas mexem a mão sem parar e por hora tocam no braço uma da outra.
Respiro fundo e quase arranco meu lábio com o dente.

– O Veiga que vai bater - Passo a mão pelo cabelo. - meu Deus, eu tô perdendo a força das pernas.

– Imagina ele, então... ai Deus, nunca te pedi nada pô, faz o Veiga acertar em nome de Jesus!

Em qualquer outra situação eu até daria risada, mas nesse momento me junto a oração de Mateus e estamos de mãos dadas. Os segundos passam como minutos.
Veiga se prepara pra chutar, ele tem a mão no quadril enquanto espera o apito do juíz. E ele apita. Três. Dois. Um.
O corpo do homem se aproxima e chuta. Puta que pariu. A parte do estádio que tem torcedores, explode em gritos. Eu quase fico maluca de tanto gritar e pular.

Sem sentimento - Raphael Veiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora