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Confio em meu eleitorado, viu?Boa leitura à todos!
Foi em milésimos de segundos que a bola voou do gramado e acertou onde eu menos esperava. Vidrado no jogo, eu acompanhei o movimento completo que acertou de cara a Ellen. Ela estava indo ao banheiro, e pra isso teve que sair do camarote e passar pela torcida, resumindo, estava no lugar errado na hora errada. Me levantei de imediato com aquela muvuca ajudando ela, vi o Zé chegando desse lado do campo pra ver o que tinha acontecido e quando ele viu, quis subir, mas os seguranças não deixaram de jeito nenhum, e olha que ele insistiu.
Eu olhei para as mulheres, todas elas chocadas e observando a Ell caída. Fiz menção de sair dali, e a Paula me impediu.– A torcida vai te engolir ali - Avisou.
– Não tem importância - Dei de ombros. - vou lá.
– Se quiser eu vou - A Mulher de Gomez ofereceu. - é melhor. Você vai ter dificuldade de chegar lá, seu tornozelo vai atrapalhar com esse tanto de gente.
Ela deu um argumento mais válido que o de Paula, então assenti.
– Acompanha ela até a enfermaria, eu vou passar por dentro e ir lá - Avisei e a mulher assentiu, saindo e passando pela torcida.
De longe eu via Ellen saindo com o enfermeiro e a Jazmin, que a conduzia pro local certo. Passei a mão pelo rosto preocupado porque eu não sabia nada da situação.
– Se acalma, Veiga - Paula disse.
– Eu tô de boa - Falei. - o Zé que deve tá preocupado.
– Ah sim, o Zé - Ela sorriu, eu ignorei sua ironia e apenas suspirei. - ela não parece ter se machucado muito.
– Tomara, tadinha... eu vou lá na enfermaria, já volto.
– Beleza.
Era o final do primeiro tempo e tinha acontecido uma doideira dessas. Passei pelo corredor e fui direto na enfermaria onde enxerguei de longe aquele par de tênis e aquele moletom.
– Ellen, você tá bem? - Perguntei.
– Oi, Veiga - Sorriu de leve. - eu tô com o nariz inchado e a cabeça doendo. Mas tô bem.
– É, tô vendo - Arqueei as sobrancelhas observando o estrago que aquela bola fez. E ainda sim ela não deixava de ser bonita. - A cabeça tá doendo por conta da queda?
– Não, já tava assim... mas o médico não quer acreditar.
Olhei pro doutor que sorria de leve.
– Dor de cabeça é perigoso, não dá pra ignorar.
– Mas é verdade, Dr. Arantes, ela já tava com dor. Eu afirmo porque viemos juntos de casa.
– Mesmo assim, insisto em examinar ela melhor. Pelo o que a Jazmin disse, ela bateu em uma das cadeiras, só não machucou mais porque os torcedores meio que foram um colchão pra ela.
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Sem sentimento - Raphael Veiga.
FanfictionSEM SENTIMENTO; a química que há entre nós. "Mas qual é a chance? Ela é irmã do Zé, nós nem nos conhecemos e eu saí de um relacionamento há uns meses. Sem chance alguma." "Eu não vou quebrar a confiança dele." "E, no fim das contas, eu quebrei sim...