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Boa leitura à todos!!! Pov do nosso queridinho Veiga, maravilhoso <3
Amo escrever a mente dele.

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12 de Outubro de 2022. 31 dias pós cirurgia. CT do Palmeiras.

13:30 PM.

A fisioterapeuta do Palmeiras, Heloísa, me avisou que a equipe médica estava surpresa com a minha evolução e que iríamos tentar avançar alguns passos hoje, literalmente.
Por esse motivo, cheguei ao centro de treinamento meio ansioso pra começar logo. Primeiro fiz a sessão de preparação, aí fiz um treino acompanhado, consistia mais em conseguir fazer os movimentos com o pé normalmente, do que de fato pegar algum peso.
Eu também estava impressionado. Tinha apenas um mês de cirurgia, teimei muito em relação as muletas e pensei que ia ficar muito tempo com elas. Mas eu acabo de ser avisado que irão tentar me tirar dela. O sorriso em meus lábios não nega a felicidade.

– Mas vamos com calma - Helô disse, me ajudando a me levantar e ir até uma espécie de corredor feito exatamente pra voltar a andar sem ajuda. - segura nas barras primeiro, e assim que se sentir realmente confiante, solta. Dá pelo menos três voltas.

– Você é exigente, né? - Reclamei, me soltando da barra.

– Raphael Veiga - Eu não aguentava quando os médicos falavam assim e caía na risada.

– E aí, Dr? - Cumprimentei. - é que eu não preciso de barra.

– Precisa sim - Ele chegou mais perto. - a gente precisa que você crie resistência.

Suspirei e voltei as mãos para as barras, dando alguns passos mais demorados. Não sentia dor, como se estivesse perfeitamente curado. Mas não estava, porque minha perna tremia.

– Sente algum incômodo?

Neguei de prontidão.

– Mas a minha perna treme.

– Porque ficou parada por bons dias - Heloísa se aproximou. - E porque treinou hoje. É normal.

– Eu tô de fato impressionado - O médico, Dr. Arantes, falava.

– Por quê?

– Sua recuperação foi muito rápida - Ele coçava o rosto. Estava também preocupado. - acho que não devemos deixar ele abandonar as muletas agora. Pelo menos uns dois meses.

– Ah não - Reclamei, voltando ao início do corredor.

– Calma - Ele riu. - é que me preocupa você se machucar novamente.

– Doutor, mas eu não jogo, não faço nada - Comentei enquanto andava. - eu não posso nem limpar minha casa, acredita que minha mãe esses dias invadiu lá? Surtou porque eu tava arrumando o armário. Não posso dirigir. Não posso pilotar. Não posso jogar vôlei. Eu não posso nada - Isso foi mais um desabafo que qualquer coisa. Estava puto da vida de não poder fazer nada. - Eu não posso nem... - Eu ia falar que não podia nem fazer o que realmente queria fazer com a Ellen, mas isso ia me causar uma carga de zoação eterna entre o Staff do Palmeiras.

Sem sentimento - Raphael Veiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora