Uma nova vida - Jay halstead

Prólogo

Narrado por Julia Voigth

Mesmo sabendo que o lugar que eu estava, era literalmente o fundo do poço, não conseguia sair dali.

Como eu cheguei aqui? Não sei dizer, somente sei que não consigo sair. E sei que não posso contar pro meu pai, ele surtaria e faria de tudo pra me ver livre da confusão que entrei somente por conta de um namorado idiota.

Contar pro meu irmão também está fora de cogitação, ele falaria pro papai antes mesmo que eu tentasse explicar, nem parece que sou 6 minutos mais velha que ele.

Poderia falar com a Erin, mas ela está em uma situação tão difícil quanto eu, éramos boas amigas, nos dávamos bem desde que ela chegou em casa a 3 anos. Ela está se recuperando de todos os problemas em que se envolveu. Enquanto eu era o caso perdido, a gêmea que deu errado, o lado negro da família.

E então voltamos para o homem na minha frente, me olhando com a sobrancelha arqueada e um indício de sorriso sarcástico no rosto.

-Então a filhinha de Hank Voigth voltou querendo mais droga? O que seu pai acharia disso, princesinha?

Semicerro os olhos, enquanto observo o homem a minha frente.

-Você quer grana, eu tenho. Eu quero uma das boas, você tem, se chama ajuda mutua, eu te ajudo e você me ajuda. E ninguém fica sabendo. -olho em volta mais uma vez pra confirmar que estávamos sozinhos. -Nem mesmo meu pai ficaria sabendo que consegui de você, querido.

Quem me visse piscando pra ele acharia que eu estava flertando, mas longe de mim, esse cara me dá nojo, mesmo que eu esteja numa situação nojenta, tenho meus limites no quesito, ficantes.

Meu querido fornecedor, suspira fundo e entra dentro do trailer dele, volta com um saquinho com um pó branco, cujo faz com que eu me agite.

-Você tem comprado muita cocaína que eu estou sabendo, Julia. Posso querer vender e ganhar meu dinheiro, mas sei que se algo acontecer com a filha do Voight, ele vai fazer inferno no céu e na terra pra descobrir o responsável. Toma cuidado.

Ele mal me dá tempo de tentar retrucar sua resposta, arranca o dinheiro da minha mão e fecha a porta na minha cara.

E por mais que eu soubesse que ele estava certo, suspiro enquanto olho pro pó na minha mão e saio dali. Ando um pouco pra sair daquela área e chego em uma mais calma, em um parque, perto de um lago.

Minha cabeça já estava confusa devido todo o álcool que consumi antes de chegar até o fornecedor. Apenas me vejo sentada em frente ao lago, em uma pedra e pego a seringa e preparo uma boa dose pra me injetar, assim que sinto o líquido adentrando, fecho os olhos aproveitando o êxtase que me atinge.

Mas em um segunda, tudo muda.

Meus olhos pareciam pedras de tão pesado, eu sentia meu corpo todo tremendo e um gosto horrível na boca. Mal tenho tempo de pegar meu celular e ligar pro meu pai, até que perco as forças e caio no chão, sentindo todo o meu corpo convulsionar.

-Julia? O que foi? – escuto a voz do meu pai longe e não consigo responder. -Julia, responde, o que está acontecendo?

E essa foi a última frase que ouvi, antes de apagar por completo, no meio de um parque deserto durante a noite fria do outono de Chicago.

Tenho flashs de pessoas ao meu redor, de algo quente entrando na minha veia e um relance dos rostos do meu pai e irmão. Mas tudo passa muito rápido.

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Tento abrir meus olhos, mas a luz forte e clara o machuca, me fazendo mantê-los fechados até que me acostume com a claridade. Escuto barulhos de máquina de hospital, sinto cheiro de hospital e quando abro os olhos, vejo meu pai sentado na cadeira ao lado da maca em que me encontro.

Suspiro e engulo em seco, sentindo a garganta raspar e tusso um pouco, o que faz com que ele se levante e me dê um pouco de água pra aliviar.

-O bom de ver que está com dificuldade de falar, é que assim você não me interrompe enquanto falo com você.

Apenas escuto calada, olhando pra baixo, evitando ao máximo olhar nos olhos dele, caso contrário, sabia que iria chorar igual uma criança com o olhar reprovador do homem a minha frente.

-Você tem noção do que foi achar minha filha tendo uma overdose em um parque afastado, isolado do outro lado da cidade e sozinha? Sem nem ter ideia do que ela estava passando? Sabe como foi ver você convulsionar enquanto esperava a ambulância chegar? Eu vi o seu coração parar de bater no caminho do hospital.

Ele faz uma pause enquanto sinto as lágrimas queimando meus olhos e escorrendo pelo meu rosto, quando finalmente subo meu olhar e vejo ele chorando e ainda sim tentando se mantendo firme, senti que era mais que merecido que eu estivesse sentindo essa dor. A dor de ter decepcionado o meu herói.

-Você já tem 19 anos Julia, precisa de responsabilidade. Achei que tinha, mas acabou de me provar o contrário. E agora nada me tira essa decisão que tomei. -Ele respira fundo e limpa o rosto. -Assim que você receber alta estarei te enviando para um amigo da marinha, ele recruta mulheres que pensam em virar militares. Ele irá te treinar e te fará tomar juízo.

Ele simplesmente solta a bomba e sai do quarto, sem falar mais nada, sem se despedir. Apenas sai. Aquilo ali, me machucou mais do que a overdose, ou qualquer outro machucado que eu já tive ou virei a ter. Mas sabia que isso era consequência da minha irresponsabilidade. E iria arcar com isso.

Respiro fundo e limpo meu rosto, fecho os olhos e prometo a mim mesma que assim que o abrisse, uma nova Julia iria nascer. Pelo meu bem e o de minha família.

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Quem é vivo sempre apareceee, não voltei com minha outra história, ainda, mas devido ao meu novo vício, chamado Chicago Fire, PD e Med e o meu amor platônico em Jay Halstead, me vi na obrigação de escrever todas as loucuras que aparecam na minha mente doida, estive em um bloqueio literário que simplesmente sumiu depois que comecei a ver a série e imaginar diversas coisas, então, comecei a digitar e cheguei nisso, um prólogo só pra introduzir.
A capa pode vir a mudar, fiz correndo apenas porque queria postar antes de perder a coragem kakakaka, espero que gostemmmmmm, amanhã volto com o primeiro capítulo.

CAPITULO REVISADO ✅️