A correria dentro do Distrito era grande. A preocupação de uma bomba explodir a qualquer momento deixou todos preocupados e receosos.
Enquanto muitos corriam de um lado para o outro, eu me via parada, vendo tudo passando como vultos, o celular de Jay na minha mão enquanto tentava repetidamente ligar pra Casey ou qualquer um do quartel.
-Julia, olha pra mim, ele está bem. Você precisa respirar. -sinto as mãos de alguém tentando levantar meu rosto, mas nada me tirava a atenção do celular enquanto fritava o número do Casey de mensagem e ligações. Que não chegavam ou completavam.
-Filha, tira os olhos do celular, ficar assim não ajuda ninguém. Nem eles, nem você.
Novamente ignoro e tento ligar mais uma vez, fechando os olhos e rezando internamente que ele atendesse. Sentindo minhas mãos tremerem e o coração cada vez mais acelerado.
Eu sentia o vento frio batendo em mim, as vozes distorcidas ao meu redor, a movimentação. Mas nada me tirava a atenção da mensagem que eu já havia escutado várias vezes na última hora.
“O telefone se encontra indisponível oi fora da área de cobertura, verifique o número e tente novamente.”
Como se eu fosse errar o número do único irmão que me restava.
Ainda de olhos fechados, sinto alguém tirar o telefone do meu ouvido com delicadeza, e a primeira lágrima descendo.
-Eu perdi ele. Perdi o Matt. -abro os olhos e percebo que quem tirou o celular era Jay e a seu lado estava Steve, também me olhando preocupado. -E o pior q a culpa é minha.
Então sinto até minha energia e minhas feições mudarem drasticamente para puro ódio.
-Ele mexeu com quem tava quieto. Quem vai atrás de quem agora. Sou eu.
E começo a andar, me afastando do prédio, só pensando em sair rodando a cidade e acabar com Thiago Grant com as minhas próprias mãos.
-Julia, não faz isso. -percebo a equipe me seguindo enquanto meu passos ficavam mais firmes. -Você está com raiva, eu entendo. Tá sentindo a perda. Mas você nem sabe se ele está vivo ou não. O que vai adiantar sair correndo atrás dele agora?
Paro de andar e me viro pra Steve furiosa.
-O Matt não me deixaria sem resposta se estivesse vivo.
-Talvez ele não tenha tido como entrar em contato. -Antônio diz, estava muito calmo.
-Você está muito calma pra alguém que tem uma irmã que trabalha no mesmo quartel.
-Porque eu já falei com ela, ela estava em um chamado.
Assinto e balanço a cabeça. Porque ele não veio direto em mim. Em mim. Sou em o alvo de toda sua fúria. Eu sou a culpada dele estar assim, eu fiz isso com ele. Não o Matt, não ninguém que estava sofrendo de tabela com isso.
E pensar nisso, me deixa com mais raiva, mas motivação de pegar e torcer o pescoço dele na primeira oportunidade que eu tiver.
-Julia. Olha.
Escuto Adam e viro o rosto, vendo caminhões de bombeiro chegando, logo identifico o caminhão do esquadrão 3 e suspiro aliviada. Caindo no chão com as mãos no rosto. Sentindo toda a adrenalina escorrendo pra fora do meu corpo e o alívio preenchendo cada célula do meu corpo.
Eu não estava pronta pra perder mais ninguém por culpa de terceiros. O Justin foi muito pra mim. Foi o meu limite, se Matt tivesse morrido. Eu faria inferno nessa cidade pra me vingar. Já que fizeram o favor de me tirar esse direito quando foi meu irmão.
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Uma nova vida - Jay halstead
AçãoE se a irmã gêmea do Justin nunca tivesse morrido, e o famoso Sargento Hank Voigth também tivesse uma linda menina de filha? Essa é a história de Julia Voigth, a verdadeira gêmea problema. Justin somente chegou no ponto de ser preso depois de ver s...