Uma nova vida - Jay halstead

Capitulo 21

❗️Esse capítulo pode causar gatilhos. Só leiam se tiverem bem com isso e se precisar estou a disposição pata conversar, só me chamar. ❗️

Minha vista estava embaçado e doía conforme meus olhos iam se abrindo e se acostumaram com a luz. Eu sabia que estava no hospital, lembro de flashes dos momentos após matar Grant.

Lembro de Jay em cima de mim, de vultos me rondando na praça, lembro de sentir meu corpo pressionado pelo de Brett e das vozes de Matt e Severide. Lembro de ver o rosto de Connor depois de sentir como se uma eletricidade passa-se por cada célula do meu corpo.

E agora, abrindo os olhos, ao me acostumar com a claridade, vejo a cabeça de Jay deitada ao meu lado na cama. Ele estava sentado em uma cadeira e totalmente cruzado pra descansar a cabeça na cama.

Levo minha mão esquerda até seu cabelo, deixando um carinho ali. Vejo seu movimento e ele me olha surpreso e aliviado, apenas sorrio. Sentindo um enorme incômodo na garganta.

-Graças a Deus você acordou. -ele se levanta e deixa um beijo na minha testa, que me faz sorrir mais e ouvimos o meu coração bater mais rápido pela máquina. -Você não imagina o susto que deu na gente, Julia.

Fecho os olhos e os abro de novo enquanto sinto o incômodo na garganta piorar ao engolir saliva. Levo minha mão ao local e sinto a gaze e uma leve dor devido aos pontos.

-O corpo chegou perto de cortar várias veias. Não sei como não pegou a jugular, cortou um vaso, o que explicou a sua grande perda de sangue. -Jay começa a me explicar o que havia acontecido. -Quando te deram remédios pra controlar o sangramento, não contavam com o seu vício. Você teve uma leve overdose e uma parada.

Suspiro e assinto. Meu corpo era fraco com drogas e remédios. Essa era a principal desvantagem de ter sido uma viciada de merda.

-Mas no final deu tudo certo. Conseguiram conter o sangramento do vaso em cirurgia. Mas você vai sentir incômodo por uns dias. -ele faz uma leve careta e coça a cabeça. -Pelo menos foi o que eu entendi do que meu irmão disse. Mas jaja ele deve vir te ver e aí te explica tudo.

Assinto e tento me mexer pra melhorar a posição na cama. Sentar um pouco. Jay percebe e vem me ajudar arrumando o travesseiro pra eu ficar mais sentada e se senta do meu lado.

Fecho os olhos aproveitando a sensação do seu carinho na minha bochecha.

-Você não sabe o desespero que foi te ver caindo no chão, Julia.

Ele diz meu nome devagar, abro os olhos e o vejo olhando pra baixo deixando sua mão cair na cama, que eu logo pego, tentando passar algum resquício de calma pra ele.

Ele sobe o olhar de novo e olha pro meu pescoço.

-Todo aquele sangue, a incerteza se você iria sobreviver. Julia, era muito sangue. E tava tudo nas minhas mãos.

-Jay.

Minha voz sai completamente rouca, quase sem força e sinto um latejar na garganta.

-Não força a voz, vai vir um otorrino falar com você. Só me escuta, por favor.

Dou um sorriso fraco e de lado e assinto.

-O que eu quero dizer, é que eu tava vendo o momento de você morrer nos meus braços. Aquilo me deixou em pânico, completamente em pânico. Eu não me sentia assim, com medo de perder alguém a muito tempo. -ele dá uma pausa e volta a ficar o olhar no meu pescoço.