Uma nova vida - Jay halstead

Capítulo 16

1 mês e meio havia se passado desde a ligação do Steve, ficamos em contato todo esse tempo. Ele tem alguns privilégios com a equipe dele no Hawaii, além de alguém na marinha para ajudar a monitorar o Thiago, ter certeza que ele ainda não estava em Chicago, mas a dois dias ele simplesmente sumiu do mapa, nenhuma câmera identificou ele em lugar nenhum. Steve ficou preocupado e comprou uma passagem pra Chicago, pelo horário já deve estar no avião a caminho daqui.

Até o momento não havia comentado com ninguém da situação, mas sei que a chegada de Steve vai me obrigar a falar com eles.

-Temos uma situação de um homem bomba no centro de Chicago, se preparem.

Meu pai sai da sala dele agitado dizendo e a notícia me deixa meio baqueada. Algo me fez sentir que era Ele. Ele estava aqui. E já sabe como chamar minha atenção.

-Pai, o que houve?

-Um homem com um colete todo protegido apareceu no centro, com um dispositivo na mãos dizendo que iria explodir o quarteirão inteiro, está com uma refém nos braços.

-Atirador de elite. -falo enquanto vamos descendo pra gaiola pra pegar armas. -Coloca um atirador, na primeira oportunidade acerta a cabeça.

-Ele disse que se atirar nele, tem um segundo dispositivo.

Fico quieta e pego um fuzil de alta precisão e o preparo.

-Qual dos dois vai atirar? -paro tudo quando percebo que estavam olhando pra mim e Jay. Me viro pra Jay que arqueada a sobrancelha. 

-Fica você de guarda. Fico por perto e qualquer perigo atiro de perto.

Ele assente e vai buscar a sniper. Meu pai sorri de lado e assim que ficamos prontos vamos para o carro. Mas eu não parava de pensar que era uma armadilha, que tinha algo de errado, aproveito que Jay estava concentrado pra mandar mensagem pro Steve informando minhas suspeitas. Ele responde quase imediatamente dizendo que estava a 1 hora de Chicago, falei pra me esperar no distrito, informar a Trude que ele me conhecia e que eu pedi pra ele me esperar.

-Você parece tensa.

Jay solta e largo o celular para olhar pra ele, que estava me olhando atentamente enquanto dirigia em alta velocidade.

-Só não gosto dessa situação. E não to com um bom pressentimento.

-Você tá estranha a dias, Ju. E não vem tentar me enganar, te conheço.

-Até melhor que muito gente, eu sei disso. -viro a cabeça.

Deixei ele se aproximar demais. Estávamos muito próximos. Saíamos todos os dias juntos. Cada um era um programa diferente. Desde jantar, barzinho, baladas até um role caseiro, como filmes em casa. Segundo o Matt a gente parece um casal que faz tudo junto. Viramos ótimos parceiros na rua também. Meu pai nos manteve junto esse tempo todo, o que ajudou mais ainda pra gente se aproximar e se conhecer mais. Ele já sabia mais coisas de mim e do tempo da marinha que meu pai. Nunca falei do Thiago e do irmão e evito tudo que envolva relacionamentos antigos e o Mike. Que somente Matt sabia.

-Se prepara, chegamos.

Fico com a arma apontada pro chão do carro enquanto faço a última verificação e coloco o ponto no ouvido. Saio do carro e vejo Jay parado com a arma me olhando.

-Se cuida, por favor.

-To de boa, tenho você pra cuidar de mim lá de cima.

Ele ri sem graça e sorri piscando os olhos pra mim, que corro até meu pai que já estava mais próximo da multidão e do homem. Assim que chego vejo que ele segurava uma mulher, ruiva. Na verdade muito parecida comigo. Fico mais atenta ainda e paro do lado do meu pai com a arma apontada pra ele, procurando alguma brecha pra acertar ele, sem acertar ela.