-Quando eu disse que podia ajudar, não esperava ser jogada numa missão infiltrada com adolescentes problemáticas e o detetive bonitão.
Comento com Jay enquanto estávamos no carro a caminho da mais nova missão da Inteligência, infiltrar Jay e eu em uma casa de adolescentes problemáticas. Sim, só tem mulheres lá. Todas com os hormônios a flor da pele e um homem bonitão. Eu que lute.
-Sabe, tô começando a me acostumar com o apelido. Tá virando algo fofo.
-Fofo? Eu te chamo de bonitão e você acha fofo? -me viro com a sobrancelha arqueada?
-Prefere que eu ache normal? Você nem me conhecia e jogou na roda pro meu irmão. Ce tem noção que ele vive me zuando por isso?
Rio de leve e volto a olhar pra rua.
-Não sabia que te daria tanta dor de cabeça, se soubesse teria feito antes.
Rimos alto no carro. O clima entre a gente estava ameno. Eu sabia que rolava algo entre ele e a Erin, vi os olhares que eles trocaram lá na sala da Inteligência. Não tentaria forçar nada, mas parecia tudo tão... fácil e simples com ele.
-Tá preparada pra ficar no meio de adolescentes de novo?
-Não. -Rio sozinha pensando na minha época de escola. -Eu não fui 100% boa adolescente, Jay. Apesar de sempre ter ido bem nas matérias, era estudiosa, tinha crédito extras, eu era da turma do fundão. Dei trabalho na escola.
-Bom, você tem cara de inteligente, mesmo. Mas sendo filha de quem é, faz sentido ser da turma do fundão.
Abaixo a cabeça e rio fraco.
-Ele não é tão mal quanto você pensa, Jay. Não vou justificar as atitudes que sei que ele tem. Nem tenho moral pra isso. Também fiz várias coisas de que não me orgulho.
-E eu não vou te julgar por isso também, Ju. Também estive lá fora. Fazemos coisas que muitas vezes não faríamos em situações normal, por falta de outra escolha, outra opção. Mas ainda não concordo com muita coisa que ele faz. -a forma como ele me chamou de Ju, aquilo ali mexeu comigo, de uma maneira boa. Trouxe uma boa sensação.
-Eu sei.
Decido encerrar o assunto e volto pra missão.
-Sabe que aquelas garotas vão pular em cima de você né? Quer criar uma estratégia?
-Sei disse. E talvez um plano B ajude, caso ficar fugindo não resolva.
-Posso fingir ser sua ex. E surtar se alguém te agarrar na minha frente.
Dou de ombros e escuto a risada de Jay. Aquela risada me arrepiou. Não sei explicar, coisa estranha.
-Talvez seja uma boa ideia.
-Erin ficaria mais tranquila. -olho pra ele pra ver se ele entrega o relacionamento dos dois pra mim, e entregou ao me olhar de lado e dar um sorrisinho. -Sabia. Você estão juntos. E aquela vaca não me contou nada.
Ele ri e assente a cabeça.
-Faz pouco tempo. Mas trabalhamos juntos a um bom tempo.
-Ela demorou a cair no seu papinho? -ele dá de ombros e para no semáforo e me olha. -Meu pai realmente deixou relacionamento na unidade dele?
-Não era totalmente a favor. Mas agora acho que ele aceita mais, deve ser porque já mostramos que nosso pessoal não está atingindo o profissional.
-Me surpreende, mas fico feliz. -Jay para na frente do nosso destino e me viro pra ele antes de sair do carro. -Cuida dela, Jay. Ela é o mais perto que tenho de uma irmã. Hoje em dia mais ainda. Posso até gostar de você, mas se você magoar ela. Eu não vou deixar que o pouco de carinho que sinto por você me impessa de te matar. Ok?
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Uma nova vida - Jay halstead
ActionE se a irmã gêmea do Justin nunca tivesse morrido, e o famoso Sargento Hank Voigth também tivesse uma linda menina de filha? Essa é a história de Julia Voigth, a verdadeira gêmea problema. Justin somente chegou no ponto de ser preso depois de ver s...