Lauren
Quando Camila me empurrou na cama eu já estava sem qualquer parte das minhas roupas. Ela, apenas com sua calcinha, caminhava em direção. Camila subiu na cama e veio até mim, sentando-se em minha cintura. Inclinou seu corpo e me beijou com pressa, logo baixando para meu pescoço e chupando-o. A cada toque dela meu corpo correspondia com um suspiro. Camila voltou a me beijar e arrastou seus lábios até minha orelha.
- Senti sua falta. - sua voz estava rouca.
Ela me olhou e desceu o corpo um pouco, depositando beijos e chupões em meu seio esquerdo. Com a mão direita circulava o mamilo do mesmo lado e arrancava mais suspiros meus. Foder Camila me deixava louca, mas ser fodida por ela me fazia querer surtar. Tentei levantar meu corpo e jogá-la para o lado, mas ela tinha mais força que eu. Segurou minhas mãos e me olhou, séria.
- O que pensa que está fazendo? - olhei para ela, sem dizer nada. Camila e levantou e foi em direção à sua blusa, jogada no criado do quarto. Ela voltou a se sentar em mim e juntou minhas mãos, amarrando-as à cabeceira da cama.
- Camila, o que você... - falei, baixo. Mas fui cortada por ela.
- Quieta.
Camila voltou a brincar com meus seios e eu me sentia mais exposta à ela que nunca, mas não achava ruim. Ela voltou a beijar meu pescoço e rebolar em minha cintura, fazendo com que o tecido de sua calcinha roçasse em mim. Contraí os braços e Camila sorriu, divertindo-se. Ela arrastou os dedos de leve por todo o meu corpo até meu sexo, já úmido. Com um dos dedos pressionou meu clítoris e arrancou um gemido baixo da minha garganta. Subiu o corpo novamente sem tirar a mão do lugar e continuou roçando seus dedos em mim. Me beijou, chupando meu lábio, e no final sorriu.
- Você não tem ideia do quão difícil foi ter que fingir ser inocente para você. - dizendo isso Camila afundou dois dedos em mim de uma vez e eu gemi gritando. Abri os olhos e encontrei os seus brilhando de excitação. Ela sentia prazer em me torturar.
Camila continuou o vai-vem em um ritmo mínimo, quase parando. Eu me contorcia e gemia em baixo dela presa à cabeceira da cama. Maldita.
Quando faltava pouco para o meu orgasmo, Camila parou e após me fazer chupar seus dedos, me desamarrou. Tentei levantar o corpo e ela me empurrou de volta.
- Quero você de quatro pra mim, Lauren. Se tentar fazer qualquer coisa não vai ter só suas mãos amarradas. - olhei para Camila, ela estava séria. Decidi obedecê-la, não estava em condições de não o fazer.
Fiz o que ela mandou e alguns segundos depois senti ser invadida por sua língua. Camila chupava e me lambia com maestria. Joguei a cabeça pra baixo e fechei os olhos gemendo quando ela chupou meu clítoris. Em seguida começou a usar os dedos também. Eu gemia cada vez mais alto, e ela me fodia cada vez com mais força. Algum tempo depois Camila estocou seus dedos com mais força e eu gritei seu nome, gozando em sua boca e seus dedos. Ela forçou minha cintura para o lado, me fazendo cair na cama e voltou para cima de mim, me beijando demoradamente. Quando abri os olhos e a olhei, o brilho dos seus olhos ainda estavam lá.
Levei minhas mãos até seu rosto, segurando-o. Ela segurou uma das minhas mãos e sorriu. Sorri de volta e Camila se deixou cair por cima de mim. Nossas respirações se acalmaram e dessa vez fui eu que me aninhei ao seu corpo. Ela apoiou seu queixo no topo da minha cabeça e eu afundei o rosto em seu ombro. O único barulho que ouvíamos além de nossas respirações era o barulho dos carros na avenida.
- Você fica linda quando empina a bunda. - Camila disse, quebrando o silêncio.
- Você é ridícula.
Me ajeitei em seu corpo e apaguei logo em seguida, na necessidade de cessar o cansaço emocional e físico do dia.
*****
Acordei com meu celular tocando às sete e meia da manhã. Era Victor me dando um sermão por não dar notícias e quase matá-lo de preocupação. Desliguei o aparelho e olhei ao meu redor. O quarto era iluminado pela luz do sol que vinha da sacada e da janela e estava todo bagunçado; roupas jogadas por todos os lados, travesseiros espalhados pelo chão e pendurada na maçaneta do armário identifiquei minha calcinha.
Levantei da cama e vesti a camiseta de Camila, indo até a cozinha. Ela estava de costas para a porta, preparando café. O cheiro invadia todo o apartamento. Sentei na bancada e ela me olhou, sorrindo.
- Bom dia. - Camila usava apenas calcinha e sutiã, e seu cabelo estava amarrado em um rabo.
- Você acordou cedo.
- Acordo às seis da manhã há cinco anos, a gente acostuma. - só então percebi que além das coisas que me contara na noite anterior, eu não sabia nada sobre Camila, enquanto ela sabia sobre tudo em minha vida.
- Como eram seus dias em Boston? Antes de vir pra cá. - ela terminou o café sentou-se de frente para mim, servindo a bebida em duas xícaras.
- Eu acordava todos os dias às seis da manhã e depois de duas ou três xícaras de café ia pro departamento de polícia. - falou, bebendo um gole de café - Sempre que eu chegava precisava gritar com o idiota do Lennon pra tirar a viatura da minha vaga, e então ia pra minha sala. O Sr. Martin, meu chefe, sempre me aparecia com mais um caso antes mesmo de eu resolver o último. Eu e Allyson quase nos matávamos naquele lugar.
- Allyson? - perguntei, tomando um gole do café. Era ótimo saber mais sobre Camila, ouvia ela como uma criança ouvia seus pais contarem histórias.
- Minha colega de trabalho, ela era minha dupla. Passávamos o dias procurando evidência e derrubando lugares ou prendendo pessoas, era incrível. - o olhar de Camila de perdeu por um segundo e se tornou mais nostálgico.
- Sente falta disso?
- Bastante. Amo meu trabalho.
- Por que veio pra cá, então?
- Martin me mandou pra cá, não tive muita escolha. Mas... - ela pegou minha mão e apertou - Não foi tão ruim quanto pensei que seria.
- Você tem família em Boston?
- Minha mãe e meu pai.
- Deve sentir falta deles. - falei, e ela sorriu.
- Sinto bastante.
- Não quer voltar pra Boston?
Camila me olhou e pensou durante alguns segundos.
- Eu... Não pensei ainda sobre isso, quer dizer sim, lá é minha casa, mas... Não sei. Só posso voltar quando Hayes me enviar de volta, não acho que isso vá acontecer. E não ligo muito também, eu acho. - ela olhou as horas no relógio da cozinha e se levantou da bancada, correndo até o quarto.
Voltou vestida com uma de minhas calças pretas, minha camisa totalmente branca e um par de vans vermelhos que nem eu lembrava que existia.
- Desculpe pegar sua roupa, mas estou atrasada.
- Atrasada pra que?
- Tenho que voltar pra delegacia, esqueceu? Já já Hayes começa a explodir meu telefone.
- Me dê dois minutos pra trocar de roupa e eu te levo até lá. - falei, me levantando.
- Lauren, você não devia...
- Camila, relaxa. Eu já volto.
Voltei pra cozinha vestida e peguei as chaves da moto. Fomos até a garagem do prédio e saímos, seguindo para a delegacia. O trânsito como sempre estava caótico, mas essa era uma das vantagens de ter uma moto: você cortava caminho de todas as formas possíveis. E essa era a vantagem de ter uma policial com você: ninguém te daria uma multa por aquilo.
Quando chegamos eu não tirei meu capacete, só para evitar que alguém ali me reconhecesse. Camila me devolveu o dela.
- Vejo você depois. - disse, dando um pequeno sorriso. Concordei com a cabeça e antes de seguir, ela me olhou - Você deveria ir atrás do Carmine, ele deve estar preocupado com você. - concordei novamente e Camila se virou, subindo a escada para a entrada da delegacia.
Dei partida na moto e segui para a mansão da Cronos.
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Misery (Camren)
FanfikceNossos pensamentos não estacionam, nossos desejos variam, o certo e o errado flertam um com o outro, não há permanência, tudo é provisório, e buscar um porto seguro é antecipar o fim: a única segurança está na morte, será ela nosso único endereço de...