Misery (Camren)

Falconi

*Antes do capítulo começar, eu sugiro que vocês ouçam as músicas que são citadas nele de acordo com o momento. Elas são Thinking Out Loud (Ed), I'm Not The Only One (Sam Smith), Sugar (Maroon 5) e Take me to Church.

*Esse é meu capítulo favorito até agora, espero que gostem também.

*Obrigada pelos comentários, eu amo vocês.

*Várias pessoas me pediram capítulos maiores, pois bem, passarei de 1200 palavras por capítulo para 2300, espero que se agradem. Eu também estava achando os capítulos pequenos.

*Qualquer dúvida, comentários e etç, vocês já estão cansados de ler isso.

Boa leitura.

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Camila

A música que tocava era Thinking Out Loud, de Ed Sheeran. Lauren segurava minha cintura com as mãos enquanto eu descansava as minhas em seus ombros. Seus olhos verdes me fitavam como nunca, e tenho certeza que meus castanhos também o faziam. Havíamos passado as últimas horas apostando em um jogo de cartas contra quatro homens e bebendo, e, surpreendentemente, perdemos de forma horrível. Durante toda a partida o rádio estava ligado na estação local, tocando provavelmente a discografia completa de Nicki Minaj. No entanto, partir das 21:00 isso mudava. Eu conhecia a rádio em questão desde criança. A partir das nove da noite eles faziam um especial romântico ou algo do tipo. A partir desse horário, Lauren me puxou da mesa e começou a me conduzir. Os outros membros da Cronos estavam aproveitando os duzentos dólares que Lauren os dera na Lexus, o que deixava quase toda a mansão para nós.

Quase.

Lauren me fez girar uma vez. Passei a ponta do dedo por seu rosto, e Lauren fechou os olhos sorrindo. No segundo seguinte colei nossos lábios e ela respondeu apertando minha cintura com mais firmeza. Eu conseguia sentir o gosto da cerveja que passamos a tarde bebendo e, sinceramente, não me importava. Os beijos de Lauren eram tão bons. Tudo nela era bom; sua voz, a forma como falava, seus lábios, seus olhos, seu cheiro. Tudo aquilo tornava tão difícil pensar em quem eu realmente era, no que eu realmente teria que fazer, o real motivo de eu estar ali. Estar com Lauren fazia com que eu deixasse de ser a Camila policial e detetive do FBI e fazia com que eu fosse apenas... eu. Quando paramos de nos beijar, Lauren começou a rir. RI junto com ela e continuei olhando-a, e a música mudou. Agora ouvíamos I'm Not The Only One.

- O quão bêbada você está, Jauregui? - perguntei, e ela sorriu.

- Muito. - ela disse, me beijando novamente, mas dessa vez mais breve.

- Então está dançando comigo no meio da sala porque está bêbada? - levantei uma sobrancelha, e ela sorriu.

- Não preciso estar bêbada para ser louca por você, Camila. - apoiei minha cabeça em seu ombro e ela continuou me conduzindo. Naquele momento, um sorriso involuntário e tímido se formou em meu rosto - Você acredita em amor?

Sua pergunta havia me pego de surpresa, mas continuei na posição de antes.

- Sim. Por que?

- Porque acho que estou começando a acreditar. - me afastei dela e olhei em seus olhos. Verdes e preocupados.

- Você bebeu demais, Lauren.

- Veja bem, Camila: - ela se soltou de mim e deu alguns passos, pegando o controle da TV. A música que tocava agora era Sugar - Olha essa controle. Ele provavelmente nunca vai amar ninguém. Você não acha isso triste? - eu ri e concordei com a cabeça. Lauren estava tão bêbada que ria durante sua fala - Ele nunca vai conhecer alguém, nunca vai transar com alguém. Ei, não ria da desgraça alheia. Eu acho que eu era esse controle.