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Yoongi estava deitado entre seus vários ursinhos de pelúcia, o sono parecia não vir nunca e para completar seu pai estava com os amigos no andar de baixo e eles falavam alto demais.

Sentiu o celular vibrar e o pegou, vindo o nome de Hoseok aparecer. Franziu o cenho, mas atendeu a chamada.

─ Hoseok?

"Oi, eu te acordei?" ─ Yoongi suspirou apenas por ouvir a voz grave e baixa soar do outro lado da linha.

─ Não, a insônia bateu na minha porta e agora tá tomando chá com biscoitos enquanto ri da minha cara.

"Tudo bem. Eu liguei só pra poder perguntar se Linseok está aí. Ele sumiu antes mesmo das aulas acabarem e não atende o telefone. Mas pelo visto ele não tá aí certo?"

─ Sim. Eu devo me preocupar com isso? ─ O ômega se sentou na cama, um pouco ansioso.

"Estou me perguntando a mesma coisa... Linseok não é de sair sem me avisar e eu sei que ele anda receoso com algo, mas ele não me conta o que é"

─ Eu vou tentar ligar para ele, continua na linha. ─ O ômega disse e rapidamente encontrou o número do ruivo em sua lista de contatos, ligou para o número e ficou na linha. Depois de quase três minutos ligando, a ligação fora encerrada e depois apenas dizia que estava desligado. ─ Ele não atendeu, e agora desligou o celular. Vocês brigaram?

"Não, ele nunca fez isso, nem quando nós brigamos de verdade"

Yoongi notou que sua casa estava silenciosa e suspirou quase agradecendo por isso, mas tinha a leve impressão de que agora não iria conseguir dormir por causa do possível sumiço de Linseok.

─ Talvez ele esteja com algum problema pessoal e não quer incomodar ninguém, vamos pensar por esse lado. ─ Yoongi tentava acreditar nisso ─ Hoseok, eu vou desligar agora, já está tarde e eu preciso mesmo dormir. Boa noite.

"Boa noite, Yoon"

Yoongi largou o celular e voltou a se ajeitar entre as pelúcias. Algum tempo depois, foi tirado de seu conforto pelas batidas na porta da sala. Esperou achando que não era nada, mas acabou que o som aumentou. Irritado, levantou da cama quente e saiu do quarto, estremecendo quando deu falta do aquecedor.

Quando chegou ao hall da casa, pôde ver seu pai abrindo a porta e se assustando ao notar o ômega ruivo parado ali, parecia um pouco abatido. Iria se aproximar quando a voz do Jung se propagou pelo silêncio que fazia no cômodo.

─ Será que... Eu posso passar essa noite aqui?

Jung Twins • ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora