Capítulo 20

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Segunda-feira novamente, me encontrava completamente sozinha dentro da casa Kalimann, assim denominada por mim (por motivos óbvios). A mulher é a chefe de absolutamente tudo que lhe pertence, e o que não é, acaba por ser conquistado.

Seu andar firme que faz balançar seus quadris, a bolsa pendurada no antebraço, o olhar desafiante acompanhado do sorriso com as covinhas em ambos os cantos da boca. Anda de salto como se andasse descalça, malditos calçados que em passos ritmados ecoam seus sons marcando o tempo, controlando o meu próprio, ditando até como devo respirar.

Quem diria, quem diria...

Lembro-me da época dos sapatos surrados, das piadas idiotas sem humor, da inocência persistente. Memórias tão vívidas e de realidade tão distante, gostava antes e ainda mais agora. Se eu pudesse voltar e mudar a rota da vida essa mulher não existiria, pelo menos eu acho, às vezes me vem a reflexão incômoda de que a Rafaella forte viria de qualquer maneira pelo desabrochar das dificuldades naturais da vida, e que eu, fui um retardo, um obstáculo encarnado para este processo.

Ontem mesmo quando chorou em meus braços eu a vi a Rafa. A mocinha indefesa de anos atrás, não a Rafaella fria que habita seus trejeitos quando impõe sua vontade. Na cama oscila entre ambas, me implora por prazer e depois me vem com tapas e ordens, uma confusão divertida que sempre me pega desprevenida.

Uma das coisas que permanecem é o fato de fazermos escondidas. Na adolescência, escondidas dos pais, agora escondidas da minha esposa, do marido dela e do resto da mídia. Ainda é manhã, crianças na escola, nenhuma notícia da minha morena e nem do pequeno. Estou largada na cama que a pertence, pelo menos literalmente, pois em sentido denotativo me encontro a subir pelas paredes.

Quanto mais penso nela mais vontade de tocá-la tenho, me sinto frustrada e entediada, nem ao menos um bilhete avisando quando chegará. Espero que tenha decidido me usar para seu prazer hoje, estar à disposição dela não me incomoda, é divino. É o sonho de muitos, uma pena para os mesmos.

Tentei de tudo na esperança de conseguir distração, porém não há nenhum afazer ou programa de TV que seja tão interessante quanto tocar aquela mulher. A maneira como ela se entregou a mim da última vez, é de fazer qualquer um se arrepiar. Como Rafaella estava determinada, sem uma gota de timidez ou senso racional, gotas de suor apenas e eu dentro dela fazendo-a gemer sem perder nenhum detalhe, vivendo tudo e ao mesmo tempo assistindo através do espelho.

Encarei o mesmo levantando a cabeça, um sorriso travesso surgiu, me restava desfrutar um pouco das memórias. Deitei a cabeça no travesseiro, uma posição mais confortável.

Agora vai...

Deslizei a mão para dentro da cueca, alisei devagar a área, acariciando com leveza o comprimento, sentindo meu palmo quente e seco envolvê-lo, com a outra mão busquei segurar os testículos pêndulos procurando mais estímulo, tudo que conseguia pensar eram os gemidos abafados dela, seus gritos nada discretos e sua expressão de prazer. Me masturbei com mais convicção sob a necessidade de buscar alívio entre tantos pensamentos.

Larguei minhas partes baixas por um segundo pondo ambas as mãos na barra da cueca e a abaixando na altura dos joelhos, meu membro ereto pulsava, me sentia sufocada por sentir tanto tesão e não poder descontá-lo onde realmente queria, meus próprios palmos jamais seriam o suficiente, no entanto dão para o gasto. Lambi os mesmos e os depositei de volta em meu membro. Com mais lubrificação, os movimentos se tornaram mais livres e mais ferozes.

Rafa... Porra! — meu corpo tremia involuntariamente.

Cerrei os olhos viajando através da sensação. Prossegui com os movimentos, umedecendo os lábios dentre a respiração descompassada.

De Repente Nós (Girafa/G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora