Capítulo 36

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Hello pescoçudas, vocês estão bem?

Demorei, mas cheguei rs.

Tenho um recado lá embaixo pra vocês, mas antes apreciem o capítulo que abre as portas para a reta final.

Boa leitura!

O teto parecia tão interessante de se olhar, uma pena que eu o olhasse tanto e ele nem para me ajudar fazendo aparecer um discurso decente em sua superfície branca. Fiquei ali mesmo, deitada no chão do quarto com uma caderneta e uma caneta bem próximas ao meu rosto, inativas à horas e nada de boas ideias me virem à mente, está mais no que na hora de uma solução cair em minha cabeça.

Pensei comigo e dei uma risada, meu estado era ridículo. Bastava um discurso óbvio que fosse, de cinco minutos ou menos em que a metade fosse "Quero agradecer aos familiares; aos meus filhos; aos vizinhos; aos professores; aos meus avós..." e que tivesse uma eloquência digna de um jogador de futebol, bastaria. Porém estou deitada, com fome, sem ideias, minhas costas estão ficando grudentas pelo suor e chegando ao ponto de implorar ao teto que me venham boas palavras. Só o que me vêm aos ouvidos é a voz amável da minha menina que não se calou desde que acordou essa manhã. Dava cambalhotas e rolava pelo colchão ainda com seu pijama numa animação sem tamanho e falando pelos cotovelos o que eu guardaria com muito amor.

- No meu aniversário eu gostaria de um vestido, mas não qualquer vestido... quero um Lilás! - falou vibrante. - Ahh... Maquiagem nova cairia bem também! Seria ótimo me ver toda bonita no meu espelho novo gigante. - ficou levemente corada.

- Você já acorda linda todos os dias meu amor, nem precisa de vestido ou maquiagem. Está perfeita nesse pijama de girafa, minha princesa. - fiz meu elogio com a ternura de mãe.

- Você é minha mãe, não conta. - escondeu o rosto como travesseiro.

Suspirei mais em frustração. Quando ela vai entender que é o ser mais perfeito do mundo? Rafaella e eu não poderíamos ter feito trabalho melhor, e fizemos com perfeição três filhos.

- Afinal, quando seria o aniversário de vocês dois? - voltei a olhar para o teto.

- É no dia dezessete de fevereiro, o aniversário do Theo é no dia quinze de agosto. Quero presentes!

- Te levo para falar com a Ivy, lembra dela, certo?

- Lembro. - murmurou.

- Peço que ela lhe leve para tirar as medidas e mandamos fazer o tal vestido lilás. - tentei reproduzir suas ideias.

- E o Gabriel, o que ganha? - pôs metade do corpo estendido para fora da cama tentando aproximar-se de mim.

- O que ele quer ganhar?

- Um carro! - apontou depressa. - Na verdade ele quer uma Van, em breve ele tira a carteira de motorista e coloca nela instrumentos, utensílios de pintura e tudo que ele precisa porque ele e alguns colegas querem viajar, querem montar uma banda. - complementou - Pra onde nós vamos?

- Vocês não vão a lugar nenhum, mocinha. - enfatizei bastante - Mas sua mãe e eu, vamos para um evento da grife hoje à noite.

- Por que eu não posso ir? - fechou a cara.

- Porque é uma festa só de gente grande. - disse com certa inocência.

- Mas eu sou gente grande! - afirmou.

Não aguentou ficar parada e logo se pôs de ponta cabeça.

- É de gente grande bem séria, meu amor. Você iria dormir antes mesmo de chegar à metade.

De Repente Nós (Girafa/G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora