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Segunda-feira, 30 de outubro

17:52

Samantha Carpenter esperou mais cinco segundos antes de atender o telefone, tentou o máximo não transparecer o medo que estava sentindo. Não estava preparada para receber a notícia da morte da sua vizinha. Talvez seja paranoia da sua cabeça? Não! S/n ter sido morta pelo ghostface era uma terrível probabilidade.

Todos presentes na sala ficaram em completo silêncio, até evitavam soltar a respiração com força com medo de que o Ghostface os ouvissem vulneráveis.

Danny clicou na tela do celular, ativando a opção do viva voz. Ouvindo assim, a respiração do mascarado do outro lado da linha.

"Olá, Samantha". Disse o Ghostface com a voz modificada.

— O que você quer?.-Sam deixou a voz fraquejar e se xingou mentalmente ao fazer.

"Agora eu consigo te entender, Sam. Ela enforca tão bem." Ele gargalhou.

Danny moveu a cabeça para que ela e Chad o seguisse, antes de sair em busca de sua irmã; Danny correu até seu apartamento e de dentro de um fundo falso da última gaveta da cômoda ao lado da sua cama, tirou um revólver. Verificou se estava carregado e quando teve certeza que havia balas para serem disparada contra o maluco vestido com uma fantasia de Halloween se o mesmo ousar em tocar em pelo menos em um dos fios negros de sua irmã mais nova.

Quando saiu do prédio, avistou Sam guardando o celular no bolso traseiro de sua calça após um xingamento sair de sua boca.

A morena parecia preocupada e furiosa, Danny se perguntou se Sam e S/n era tão próximas a este ponto. Primeiro, Sam invadiu o apartamento dele e tirou S/n de dentro para protegê-la com garras e dentes, e agora Samantha se mostrava querer matar o Ghostface — Seja quem quer que seja por trás daquela máscara— tanto quanto ele.

Sentada no banco de carona, Sam sentiu seu bolso vibrando. Atraindo assim o olhar de Danny, Chad e Tara — Que insistiu em ir com a irmã — para si. Recebeu uma mensagem de mídia vindo do número do Richie. Abriu o vídeo e posicionou o celular para que todos pudessem enxergar.

"No escuro é fácil, né? Por que não acende a luz pra eu arrebentar essa máscara ultrapassada de Ghostface?" A voz de S/n foi ouvida através do vídeo, a escuridão em que foi gravado não os favoreciam em ver a lutadora.

O vídeo acabou com um barulho estrondoso de algo pesado batendo contra o chão.

— Sam..-Tara murmurou.— Ela vai ficar bem, né?.-Olhou para Danny.

O Brackett mais velho apertava o volante com tanta força que suas mãos chegaram a dar um leve arder. O homem olhou pelo retrovisor interno.

— Minha irmã é faixa preta em duas artes marciais, tem uma força que não condiz com seu físico.- Disse Danny afundando o pé no acelerador.— Ela não está presa com o Ghostface, o Ghostface está preso com ela.

...

18:25

S/n Brackett derrubou o mascarado no chão, infelizmente o escuro a impediu de o imobilizar por mais tempo. Se sentindo como uma presa indefesa em uma jaula com leões famintos, ela se esgueirou até o celular caído a poucos metros de distância com a lanterna ligada.

Para o azar da lutadora, teve de se esconder atrás de uma das pilhas de pequenos tatames, usados no treino das crianças. Observou o Ghostface olhando ao redor, o notou tão cego quanto ela.

Foi quando as luzes foram ligadas, Denis se esforçava para manter em pé, seu kimono branco estava quase inteiramente manchado de sangue, da sua boca escorria o líquido vermelho junto com suas salivas. O Ghostface se virou em direção ao jovem, entortou a cabeça para o lado, como se fosse um cachorro tentando entender o que o dono falava.

Denis mostrou um sorriso, seus dentes também estavam manchados de vermelho. O jovem então, ergueu as mãos para frente, juntou os dedos e encarando os olhos de S/n pelo lado do maluco fantasiado, ele fez o cumprimento que seu mestre os ensinaram para se render e permitir que alguém do seu grupo o assuma.

— Essa.. luta é tua.-Disse Denis com a voz falha e fraca, mas ainda mantendo o sorriso.— Mostre ao idiota como tratamos os covardes que nos atacam pelas costas.

S/n tapou a boca para não gritar quando a faca do assassino entrou na garganta do seu companheiro de luta.

O corpo sem vida de Danis caiu no chão bagunçado, o sorriso que estava no rosto do jovem sumiu enquanto o sangue jorrava para fora do seu corpo. S/n tinha os olhos arregalados, sentia seu peito arder com uma dor quase que insuportável. E embora quisesse chorar e berrar, reprimiu sua tristeza e se tirou de trás da pequena pilha.

Seus olhos se mantiveram no cadáver do seu parceiro de luta, um pequeno filme passou pelos seus olhos. O momento em que chegou ali naquele dojo com quinze anos de idade, quando Denis um ano mais velho do que a jovem sorriu calorosamente e lhe deu uma recepção digna de querer voltar mais vezes e mais vezes.

O Ghostface se virou na direção da Brackett mais nova. Fez um movimento com os braços limpou o sangue da faca com a outra mão também coberta por uma luva preta.

— Você já tinha uma faca.-S/n se posturou.— E ainda assim o atacou pelas costas, covardia, não?.-S/n tinha lágrimas presas nos olhos, se recusava a soltá-las na frente do desprezível Ghostface.

Seus olhos além de lágrimas sendo mantidas presas, também estavam enfurecidos. S/n tomou uma decisão naquele momento, ela mataria o mascarado mesmo que fosse contra os seus princípios.

Ambos se encaravam, o ghostface não se moveu para atacar a lutadora e muito menos disse alguma coisa. Ele apenas a olhava, a encarava e S/n podia jurar que estava o vendo sorrir pra ela, ela sentia ele sorrindo.

Os dois se moveram quando o som de disparos efetuados os assustou, S/n se jogou para um lado e protegeu a cabeça com as mãos, só as tirou quando sentiu uma mão em seu ombro.

Erguendo o seu olhar, S/n se encontrou com Sam visivelmente preocupada. A Carpenter estava com a respiração ofegante, suada, tudo indicando que ela tinha corrido até ali. E de fato correu, já que o trânsito não os deixavam ir até ali de carro. Para a sorte dela, já estavam perto do dojo quando o trânsito resolveu piorar e empacar.

— Você tá bem?.-Perguntou Sam ajudando a lutadora a se levantar.— Está machucada?

S/n negou se afastando da morena, a lutadora caminhou até o corpo sem vida do seu parceiro de luta.

Danny correu em busca do Ghostface e, encontrou apenas a porta dos fundos escancarada sem qualquer sinal do assassino.

Quando voltou, encontrou a irmã sendo abraçada por Sam Carpenter, o choro da mais nova o atingiu de forma devastadora. Suas pernas o traiu e o impediu de andar, então ficou parado, observando Sam consolar sua irmã.

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Sem brincadeira, acho que realmente desaprendi como se escreve capítulo bom nessa caceta.😾

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