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S/n Bracket observou o irmão mais uma fez fazer  gestos alterados e aparentemente discutir com Bailey do lado de fora da sala silenciosa. Chad teve de intervir entre ambos homens antes que um dos oficiais tocassem no Brackett mais velho.

S/n voltou a olhar em direção ao espelho de monitoramento ao sentir sua nuca arrepiar-se como se estivesse sendo vigiada. Seus olhos semicerram em direção ao vidro, buscando qualquer vislumbre do outro lado, mas nada passou por seus olhos além do seu reflexo.

Bailey abriu a porta da sala estranhamente branca após Danny ameaçar de ir a público, alegando que Bailey está perseguindo sua irmã mais nova. Embora Bailey tivesse quase certeza que o Brackett mais velho não cumpriria com a ameaça, ele não poderia arriscar que seu passado fosse desencadeado.

— Você pode ir.

O detetive seguiu cada passo dado da lutadora e quando ela estava prestes a passar por ele, murmurou apenas para que a Brackett mais nova ouvisse:

— Isso ainda não terminou, eu vou encarcerar você.

— Uma ótima noite pra você também, detetive.-S/n sorriu esbarrando no ombro do mais velho.— O mascarado tem, tem a face conhecida. O mascarado tem, tem a mascara caída, longe dos holofotes ele tenta assassinar; Quando não consegue, fica prestes a surtar.-A lutadora cantarolou em voz alta andando pelo corredor da delegacia.

De costas para o seu suspeito, S/n não presenciou o fogo ardiloso que brotou nos olhos do detetive.

A porta automática da delegacia abriu liberando a passagem da lutadora e de seus conhecidos. Do lado de fora, em uma vaga preenchida pelo carro da repórter, Gale esperava pacientemente com um teaser na mão.

...

Observando o céu estrelado através da janela do apartamento, S/n acendeu o cigarro para fugir do conflito de pensamentos que sua mente travava. A discussão de Gale e Sam ecoava no fundo, discussão que se prolongou desde o momento em que saíram da "sede policial".

As vozes alteradas se cessaram, obrigando assim S/n jogar pela janela o cigarro recém aceso com receio que o fim da discussão se transformasse em algo maior. Mas ao entrar na cozinha, viu Gale e Tara sorrindo um para a outra e quando a repórter virou para cumprimentar a lutadora, ficou estática por alguns segundos.

— Algum problema?.-Perguntou a mais jovem.

Gale voltou a si e sorriu.

— Não, desculpa. Os teus olhos me lembrou alguém.

Um comprimento rápido de mão fora trocado entre as duas, e se sentindo suja S/n se despediu informando que tomaria um banho rápido antes de irem onde quer que seja o local que Gale encontrou.

Samantha acompanhou a lutadora sumir de sua visão com um sorriso nada discreto no rosto, tal sorriso que causou alguns "Hmmm" em sincronia.

— Ah, calem a boca.-Sam riu.

Danny deu dois toques na porta do apartamento de Sam antes de colocar a cabeça para dentro da brecha. Samantha sorriu gentil pedindo para ele entrar, os olhos de Tara dançaram entre a irmã e o vizinho, provavelmente entendendo errado.

Tara observou S/n ir cumprimentar o irmão com o roupão de banho em cima de seu ombro esquerdo. E mais uma vez os olhos da Carpenter dançou entre sua irmã, e desta vez, entre os irmãos Brackett's.

Se você ficar com o Danny, eu fico com ela.-Sussurrou para a irmã com um sorriso brincalhão.

Samantha fingiu incredulidade abrindo a boca em um "O". Tara deu de ombros fazendo a irmã rir, a mais baixa caminhou em direção a geladeira e de dentro tirou duas caixinhas de cerveja.

— Que tal uma comemoração rápida?.-Sugeriu a caloura.— Vocês sobreviveram a mais um ataque, e sem perfurações graves.-Se empolgou.— Isso é um ótimo motivo pra comemorarmos.

Todos concordaram e Chad  sendo Chad soltou um grito mais alto do que o resto do pessoal. É claro que nenhum deles ficaram desconfortáveis, com os tímpanos doloridos sim mas não desconfortáveis.

— Espera, crianças.-Gale estalou os dedos

O silêncio se formou em segundos, cada um esperava por uma repreensão ou para que deixassem pra depois que chegassem do local descoberto pela repórter.

— Eu só bebo vinho.-Concluiu Gale tirando risada da Carpenter mais velha que fez o mesmo trajeto que Tara havia feito, e de dentro da geladeira tirou duas garrafas de vinho.

— Vinho barato serve?.-Brincou Sam

— Ô se serve.-Gale indagou, mais uma vez tirando risadas dos jovens ao seu redor.— Mas é o seguinte, portas no cadeado, janelas trancadas e moderação.-Ordenou.

— Vem cá.-Foi a vez de Anika de se meter na conversa.— A gente não tá comemorando muito cedo? Quer dizer, os assassinos ainda estão a solta e a qualquer momento podem nos atacar.

— Meu bem, vamos focar no momento.-Mindy abraçou a namorada de lado e quando Anika tentou dizer algo a mais, a gêmea deitou a cabeça da namorada em seu ombro.— Sh, Sh. Silêncio, meu bem.. silêncio.

S/n se tirou do meio da conversa discretamente, se esgueirou pelo lado de Tara e sem que os amigos da Carpenter mais velha percebessem — O que não foi difícil dado ao momento que quase todos estavam entretidos— pegou na mão de Sam e fez um gesto para que ela a seguisse até o quarto.

Ao fechar a porta atrás de si, Samantha sentiu seu corpo ser puxado e seus lábios serem capturados pela lutadora. Sam não custou muito para retribuir o beijo cheio de desejo que a Brackett iniciou, como se estivessem longe uma da outra a tanto tempo que precisavam relembrar a sensação macia de seus lábios.

— Desculpa, eu não pude aguentar mais tempo.-S/n sussurrou entre o beijo puxando a Carpenter para mais perto do seu corpo.

Sam nada respondeu, apenas aprofundou o beijo de forma sedenta. E mesmo que a falta de ar estivesse ali, fazendo com que seus pulmões implorassem por ar, continuou beijando aquela que agora tinha certeza estar apaixonada.

S/n finalizou o beijo e colou sua testa na de Sam, as respirações pesadas batendo em seus rostos e os sorrisos trocados aqueceram ambos corações.

— Achei que eu teria que tomar a atitude de novo.-Samantha brincou rindo junto com a Brackett.

— Você só tomou a atitude uma vez, em todas as outras eu tive que chegar em você.-Disse convencida.— E você nunca resistiu ao meu charme.

Sam riu voltando a beijar a Brackett, beijo que durou muito menos tempo que o outro.

— Tem razão.-Sussurrou a Carpenter.— É impossível resistir a você.

S/n deu de ombros de modo convencido e sussurrou um "Eu sei" antes que a porta fosse aberta, fazendo as duas se afastassem automaticamente.

Danny olhou entre as duas por longos minutos, e só quando a ficha caiu completamente que ele deixou um sorriso largo formar em seu rosto.

— Eu sabia!.-Ele sussurrou empolgado e com gesto apontando entre as duas.— As paredes finas ajudaram, mas.. EU SABIA!

Samantha riu junto com S/n, a Carpenter não esperava que esta seria a reação do vizinho ao descobrir que ela estava ficando com a irmã dele, mas está feliz que seja. Assim como S/n estava.

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