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S/n Brackett foi tirada as pressas da ambulância quando estacionada em frente ao enorme prédio hospitalar. Seus pulmões gritavam e imploravam desesperadamente por oxigênio, seu corpo sufocando com o monóxido de carbono intensificou a dor que a lutadora tanto sentia.

— Preciso de mais oxigênio aqui!.-A voz abafada da médica atravessou seus ouvidos.

A visão da lutadora apagava e retornava como lâmpadas piscantes prestes a queimar. Se concentrou nos olhos pidões do irmão mais velho, quase que implorando para que ela continuasse acordada. E a última coisa que viu, foi seu irmão e Sam serem impedidos de continuar a seguir a maca para dentro da sala onde S/n inalaria mais oxigênio e cuidaria dos ferimentos ganhos pelo Ghostface.

Samantha mexeu no cabelo, seus braços mais uma vez sentiram o contato da irmã que chegou no hospital junto com Chad, Mindy e Anika.

— Vem, Sam.-Tara puxou a irmã para a sala de espera.— Deixe que ela com eles agora.

Samantha nada rebateu, apenas se permitiu ser levada pela irmã. Seus pensamentos não paravam só em uma única coisa, era como se a cabeça da Carpenter estivesse em uma sala cheia de pessoas debatendo sobre assuntos irrelevantes e irritantes. Até que sentiu a cabeça da irmã mais nova deitar em seu ombro, tirando ela dos devaneios negativos e se concentrar no lado bom da coisa, Tara estava viva e sem machucados, Gale conseguiu sobreviver.

E S/n estava viva.

...

O silêncio preocupante instalado entre Sam e seus amigos como o silêncio ensurdecedor em uma cena de guerra. A cena em que os soldados evitam fazer qualquer tipo de barulho para não alertar seus inimigos de sua presença e evitar que um bombardeio por granadas seja iniciado.

Como se qualquer respirar errado, qualquer gesto mínimo ou até mesmo qualquer cochicho fosse capaz de alertar o Ghostface de onde estavam. Ou pior, agravar o estado de S/n Brackett e Gale Wheathers.

Samantha parou seus balançar de pernas como escapatória da ansiedade ao notar a figura alta e mais velha parar na porta da sala. Com uma ficha na mão, o médico soltou um leve suspiro.

Seus olhos rodeados de olheiras e o cheiro forte de café puro indicava que ele não dormia a provavelmente semanas. Talvez pelos plantões sem fim, ou, por uma recente separação, já que a marca de uma aliança recém tirada do dedo ainda marcava o homem.

— S/n Brackett?.-O médico perguntou olhando por cima da ficha, seus olhos se encontraram com os de Danny primeiro e em seguida com os tementes olhos da Sam.— Ela está bem, recebeu alguns pontos mas está bem.

Sam e seus amigos se permitiram soltar o ar que tanto prendiam. Danny sorriu rápido dando um passo a frente o que fez Sam imitar seu último movimento.

— Quando eu posso vê-la?.-Perguntou o irmão mais velho.

— Bom, você tem assinar alguns papéis.-O homem cumprimentou com um gesto de cabeça um outro médico passando pelo corredor.— Embora tudo que ela passou seja muito cansativo, é impressionante o fato dela estar acordada e elétrica.-Concluiu o homem com um sorriso.

— Eu já esperava por isso.-Danny sorriu.— É da minha irmã que estamos falando.

A troca de sorriso entre o Brackett e mais velho e Sam e os amigos passaram conforto entre si. Danny seguiu o médico até a recepção, assinou alguns papeis e voltou até a sala de espera.

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