Blood War

016

Terça-feira, 31 de outubro.

13:00

O senhor McCaley adentrou pela porta da frente da sua grande casa, suado após uma longa partida de tênis para fechar um novo negócio. Caminhou até a caixa de som e a desligou, cessando aquele barulho ensurdecedor, ele ignorou a sede e subiu diretamente para o andar de cima indo de encontro com o seu banheiro.

Ouvindo o barulho de aparentemente um vaso caro ser quebrando, parou seu caminho e olhou ao redor.

— Mia?.-Indagou o homem esperando pela voz da filha.

— Mia está boquetando o diabo, manda um oi pra ela.-O Ghostface surgiu de repente, empurrando o senhor McCaley do segundo andar.

O Grito escandaloso do homem e o barulho de algo pesado contra o chão tratou de avisar a vizinhança que algo estava errado, apressando a fuga do Ghostface.

A tarde passou como um meteorito, tão rápido quanto uma estrela cadente pelos olhos dos jovens conversando na sala de estar.

O barulho dos golpes inexperientes desferidos contra os aparadores de chutes e socos, faziam Chad e Mindy fazerem caretas observando Tara e Anika aprendendo algumas defesas e ataques para usarem caso precisem se defender — E de fato irão — do Ghostface.

Gale observava a interação das três de longe, algo a informava que conhecia a Brackett de algum lugar, talvez de uma notícia antiga ou algo parecido, sua mente nunca foi de falhar quando o assunto é relembrar mas naquele momento parecia não querer funcionar.

O toque do celular da repórter tirou seus olhos da lutadora, brilhando o nome do namorado, Gale atendeu no mesmo momento. Trocou algumas palavras antes de desligar e se voltar para Sam.

— Eu tenho que resolver algumas coisas, prometo que volto amanhã cedo.-Gale disse colocando a bolsa no ombro.

Samantha a olhou confusa, porém não questionou, apenas assentiu dirigindo sua atenção de volta pra irmã mais nova.

— Endireita a perna, Tara.-S/n riu.

Samantha se levantou do sofá, bateu as mãos chamando a atenção de quem ali estava presente e indagou:

— Banho, pequenos porcos.-Ordenou como se estivesse falando com as mesmas crianças que ela cuidara quando mais jovem.— E você.-Apontou para S/n.— Vai arrumar essa bagunça e me ajudar com o jantar.

S/n nada respondeu, como poderia negar uma ordem quando Samantha tinha o sorriso mais lindo que a Brackett já se apaixonou? Como diria não a aqueles olhos castanhos escuro brilhando enquanto a encarava?

Não, S/n não negaria nada a Carpenter enquanto ela tivesse aqueles olhos e sorrisos ao olha-la. A Brackett estava visivelmente e completamente rendida a Samantha Carpenter, e quem ali estava presente já havia notado.

...

A noite caiu de paraquedas, observando a luz da lua iluminando o céu estrelado, S/n se permitiu liberar o ar tenso que havia se formado em seu pulmão. O vento gélido bateu contra sua pele morena, arrepiando-a por completo, S/n sentiu que algo de ruim vinha com a beleza da lua cheia, estava quase certa disso.