S/n Macher e Sam Carpenter escutaram as palavras terminarem de sair da boca de Danny com incredulidade estampada em seus rostos em completo choque. Lágrimas involuntárias desceram o rosto da lutadora, não por causa das vítimas, mas, por toda a lembrança com Stu Macher e não Will se desencadearem de forma agressiva.
S/n caminhou em direção a uma da vitrines ainda intactas e a jogou para o lado, suas mãos tremiam e sua respiração empacava a cada segundo que as lembranças voltavam a tona.
Samantha não sabia o que fazer, a não ser abraçar o corpo da namorada. Danny nada mais disse, apenas desviou o olhar e engoliu o nó arredondado que se formou no meio de garganta.
S/n lutou o máximo para recompor-se pelo menos um mínimo. Voltou a olhar para o irmão que desta vez revirava o corpo inconsciente de Bailey atrás de alguma arma escondida, e achou dentro da meia do detetive.
— Por que está me contando? Por que agora?.-S/n indagou a pergunta engolindo o choro.
— Porque..-Danny tirou as balas do revólver e o jogou na direção contrária.— Eu não posso continuar assim, eu já estou perdendo o controle das minhas ações, S/n. Eu preciso me libertar, eu simplesmente preciso tirar todo essa sede de sangue de mim de uma vez por todas.-Danny deu passo lentos em direção a irmã, e ao notar que ela não estava com medo, continuou até parar em sua frente.— Você precisa me libertar, por favor.. tem que ser você.
Danny entregou a lâmina que antes era de Stu para a irmã, S/n negou se recusando a pegar a faca. Seus olhos encaravam o irmão, ambos estavam tão quebrados com toda aquela situação que se tornava cada vez impossível de conter as lágrimas.
— Por favor..-Suplicou Danny.— Eu preciso.
S/n então pegou a faca, olhou para o irmão que sorriu em sua direção. Um aceno de cabeça foi o suficiente pra lutadora entender que era realmente aquilo que o irmão quis dizer com se libertar da sede de sangue.
— Por que eu?.-A voz sussurrada da irmã cortou Danny de uma forma que nem a faca poderia fazer.— Eu não posso, Dan.
— Eu nunca me importei em perder minha mente se isso significasse que você ficaria segura. Eu não posso aceitar que outra pessoa leve os créditos pela minha morte, tem que ser você.-Danny limpou as lágrimas que desciam pelo rosto da irmã.
Samantha observou Bailey se levantar atrás do cunhado. Embora tivesse enchido sua boca para avisa-lo, não foi preciso.
Danny se movimentou de forma ágil e bateu o rosto do detetive diversas vezes contra a vidraça da vitrine, até que ela quebrou e para dar um fim no oficial, enfiou um dos pedaços de vidro quebrado no rosto de Bailey repetidas vezes.
Com o susto, S/n deu passos lentos para trás e empurrou Samantha para trás de si, sabia que o irmão não a machucaria, todavia, aquele show de agressividade a fez repensar por alguns minutos.
— Você tem que ir.-Sussurrou S/n apenas para Sam.
— O que!?.-Samantha segurou o braço da mais nova.— Eu não vou deixar você sozinha aqui.
— Ele não vai me machucar, Sam.-S/n afirmou.— Você tem que ir, por favor.
Samantha negou com a cabeça, a incredulidade em sua face poderia ser vista a quilômetros dali, S/n nada mais disse, foi impedida quando Danny se voltou em direção a elas novamente.
— Isso não vai parar, S/a. Não se você não acabar comigo de uma vez.-Indagou Danny, desta vez, sem pudor ou calma.
— Você precisa de ajuda psiquiátrica, Danny!
— Não.-Esbravejou o mais velho apertando a própria cabeça.— Eu não posso, por favor.. por favor, faça.-Suplicou mais uma vez e quando a irmã mais nova se recusou, Danny deu passos pesados e apressados até ela.-FAÇA!.-Ele gritou.
S/n sequer teve tempo de raciocinar o que tinha feito, a lâmina já estava cravada no irmão, mesmo com a ardência do corte, Danny tinha um sorriso fraco no rosto.
O corpo do irmão da lutadora caiu de joelhos, e, desesperada S/n se agachou e deitou o corpo do irmão em seu colo.
— Você.. você vai ficar bem. Vamos esperar a ajuda chegar e vão te levar pro hospital.-S/n liberou as lágrimas.— Você vai ficar bem, e a gente vai maratonar o massacre da serra elétrica de novo.
Danny cuspiu sangue e apertou a mão da irmã, seus olhos brilhavam em alegria, até na morte Danny mantinha as aparências para transmitir segurança para a irmã mais nova.
— Está tudo bem, buldogue.-O homem sorriu mostrando os dentes avermelhados.— Eu não estou com medo, mas está doendo.-Ele riu.
Quando o som dos passos e gritaria de aparentemente policiais invadindo o local se soou, atraindo a atenção de S/n, Samantha e Danny, o irmão da lutadora apertou ainda mais forte sua mão.
— Não deixe que me peguem, eu não suporto mais.. por favor.-A voz implorando de seu irmão fez S/n apertar os olhos fortemente.
O som dos policiais lutando para abrir a porta ainda os avisava que os oficiais ainda estavam pro lado de fora, dando tempo assim da lutadora tirar a lâmina do abdômen do irmão e abraçá-lo.
— Eu te amo.-Ela sussurrou enfiando a lâmina lentamente no pescoço do mais velho.
As lágrimas descendo sem parar enquanto escutava os últimos sons que vinham do irmão, seus olhos fixando no sorriso que morria ao poucos junto com Danny e seu peito apertando como se estivessem espremendo seu coração.
A dor avassaladora fez Samantha abraçar seu corpo por trás, sua costa tombou contra o peito da Carpenter enquanto os policiais entravam de uma única vez.
Samantha apertou a garota em seus braços, mesmo que a namorada estivesse implorando para que a soltasse e a deixar abraçar o corpo sem vida do irmão, Sam não a deixou, apenas apertou ainda mais o abraço enquanto sussurrava que ficaria tudo bem.
A varredura em volta de todo o local em busca de mais sobreviventes e o choro da lutadora estremecendo em seus ouvidos os fizeram tirá-la imediatamente dali.
Do lado de fora, S/n foi colocada dentro de uma ambulância, medicada por causa de sua alteração. Enquanto o remédio fazia efeito, a lutadora chamava pelo irmão mais velho, pediu para que Sam a acordasse do pesadelo e quando o choro da namorada a respondeu, a lutadora mais um vez chorou até que seu choro cessou e o sono a dominou.
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Blood War
FanfictionUm anos após a onda de assassinatos em Woodsbooro, Samantha Carpenter se ver presa em novos assassinatos. Logo no momento em que estava superando seus traumas e voltando a dar uma chance ao amor. S/n G!P