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S/n Brackett abriu e fechou a boca diversas vezes, porém, nenhuma frase conseguiu formar. A lembrança do porão voltou a tona, fazendo seu corpo todo tremer, a lembrança que havia escondido a tanto tempo em sete chaves para que aquele trauma apenas a deixasse em paz, havia sido desencadeada.

— O gato comeu sua língua?.-Esbravejou Bailey.

— Isso.. isso não.-S/n negou, seus olhos marejados como uma tempestade ameaçando cair procuravam por paz.

Bailey mais uma vez rio, rio do sofrimento que havia causado, do choque que S/n emanava e do tremor do corpo da lutadora.

Bailey cessou seu riso quando um assobio desconhecido soou em volta do velho cinema, tanto o detetive quanto Quinn e Ethan procuravam pelo dono do cântico. Uma sombra negra correu por trás do pano amarelado, o que fez Bailey atirar três ou quatro vezes para tentar acertar quem for que estivesse aparentemente distraí-lo.

Contente ao imaginar que tinha acertado a figura alta, Bailey correu em direção onde o corpo deveria estar. S/n estreitou o olhar para Sam e com um gesto de cabeça fez Tara e Sam andarem lentamente para chegar a uma porta entre-aberta.

— Aparece, filho da puta.-Esbravejou Bailey assustando as três garotas.— Vejo que você seguiu os passos do pai, Danny. Eu investiguei e eu sei de tudo!.-Indagou o detetive.

S/n travou por alguns segundos, e notou Kirby se movimentando lentamente. A lutadora então percebeu que a agente precisava de um pouco de tempo para se recuperar, então, ela riu atraindo a atenção para si.

— Tudo isso por um filho lunático de pau pequeno?.-S/n cuspiu entre os dentes.— Em vez de planejar uma vingança de merda, deveria ter planejado alguma ajuda psiquiátrica pro maldito Richie Kirsh!

Ethan esbravejou indo em direção a lutadora, S/n sorriu antes de se desviar do golpe do garoto, dando abertura para Sam acertar o tijolo no nariz do cacheado. Quinn avançou logo em seguida, desta vez sendo acertada por Tara.

Bailey voltou a apontar a arma em direção as garotas, e antes que pudesse apertar o gatilho, as balas da arma de Kirby fora em sua direção, o derrubando.

Samantha saiu puxando a irmã mais nova em direção ao segundo andar do cinema, em direção a brecha que provavelmente as tiraria dali a salvo. Porém, Sam notou que S/n não estava ao seu lado ou algum centímetros atrás, a lutadora estava ajudando Kirby a subir quando Ethan a puxou pela cintura e jogou contra uma das vitrines.

— Tira a minha irmã daqui.-Disse Sam ajudando Kirby subir por completo.

Antes de ir, a loira entregou a arma para Sam que quase descarregou o pente da arma para ajudar S/n contra os dois jovens assassinos. E quando finalmente S/n ganhou vantagem sobre os dois Ghostface's, Samantha tratou de ajuda-la, jogando alguns destroços velhos em direção a Ethan e Quinn.

Bailey gritou irritado, seus olhos enfurecidos caçaram a arma e quando achou mirou em direção a Sam. O primeiro tiro foi disparado, acertando por sorte, a parede atrás da Carpenter, quase que alojando a bala na cabeça de Kirby que ajudava Tara a passar pela brecha.

— Eu vou chamar reforços.-Disse Kirby fazendo Sam assentir.— Aguentem!

Bailey apontou a arma em direção a Brackett mais nova ao ouvir o grito de Ethan, S/n tinha um sorriso no rosto ao largar o braço do garoto. O osso Rádio do braço de Ethan estava exposto para fora da pele com sangue descendo pelo antebraço, o garoto chorou ao sentir a dor insuportável.

O detetive pressionou o maxilar e pronto para atirar contra a lutadora e dar fim na vida dela, se viu ser impedido quando uma terceira pessoa vestida de Ghostface emergiu da escuridão e com um ferro pontiagudo, o perfurou na lateral do corpo.

Quinn paralisou e a última coisa que viu foi Samantha atrair a atenção dela, e com um tiro no meio da testa, a ruiva morreu.

— Vamos!.-Gritou Samantha do segundo andar.

S/n não se moveu, apenas encarou a terceira figura de manto preto e quando Danny se revelou, os olhos da garota se arregalou. Havia algo estranho com o irmão, S/n podia sentir que ele não havia vestido o manto preto e colocado a máscara de fantasma apenas para salva-la, de fato, era um dos motivos. Mas o segundo motivo, era que Danny gostava de derramar sangue impuro.

— Surpresa, querida irmã.-Sorriu Danny.

Danny jogou o corpo do detetive para o lado e caminhou até o jovem assassino, Danny se agachou segurando a lâmina afiada, e com a faca cortou a boca do mais novo. S/n paralisou, não conseguia se mexer ou se impor, não por causa da morte de Ethan, mas sim por seu irmão está o matando lentamente. O último golpe que Danny desferiu contra Ethan, fora a lâmina no olho direito do garoto, o corpo juvenil se debateu por alguns segundos antes de se entregar a dona morte.

O que você tá fazendo, Danny?.-Perguntou S/n para o irmão, o seguindo com os olhos até o detetive.

S/n sentiu seu braço ser segurado, e quando olhou para descobrir de quem se tratava, se surpreendeu quando viu Samantha ainda ali. Jurou ter visto a namorada passar pela brecha logo depois que atirou em Quinn.

Vem, vamos.-Sussurrou Samantha tentando levar S/n para fora dali.

— Não!.-Danny indagou apontando a faca em direção as duas.— Você tem que ficar, você.. você precisa saber, você precisa da verdade!.-Danny proferiu as palavras visivelmente fora de si, o homem suava como se a noite estivesse marcando quarenta e três graus celsius.

Danny estava eufórico e sussurrava algo aparentemente para alguém ao seu lado ou para si mesmo. S/n engoliu em seco, já havia presenciado o irmão perder o controle da mente uma vez e desejou nunca mais presenciar de novo, nem mesmo por um minuto.

— O que eu preciso saber, irmão?.-S/n usou a voz mais calma que poderia usar em um momento como esses.

Danny nada disse diretamente para ela, continuou a andar de um lado para o outro falando com o nada. Dizendo coisas desconexas e sem sentidos, Danny gesticulava com a faca ainda em mão.

Danny.-S/n chamou e quando percebeu que o irmão não a responderia se continuasse com aquela voz calma, ela se alterou.— Danny!

E finalmente o irmão a olhou nos olhos, abriu e fechou a boca algumas vezes antes de finalmente conseguir responder:

— Você tem que saber, S/n.-Danny olhou para a irmã receoso.— Você não é a culpada pela morte de Demetrio, eu sou. Eu o matei e o assisti se afogar junto com toda aquela arrogância, eu o matei, S/n. Assim como fiz com Mia, Talia e o velho senhor McCaley, os matei porque todos eles fizeram algo contra nós, eles machucaram você.

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