{XV} Um Pirata & Um Cavaleiro

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"Não há mal nenhum fazer essa noite durar

E deixar rolar, um dia, um mês, um ano ou uma semana

Não há mal nenhum meu coração capotar

E só acordar, no teu lado preferido da cama

E fazer do teu corpo meu pijama..."

Pijama, Gabriel Elias

P.o.v. Narrador

Jão e Pedro voltaram ao castelo naquela noite, ambos se sentiam mais leves.

Pedro: — Posso te acompanhar até seu quarto. — Pedro diz calmamente já na porta do próprio quarto. — Ou você pode ficar por aqui, se quiser...  

Jão: — Eu adoraria ficar por aqui... — Ele se aproxima, sorrindo. — Você quer a minha companhia essa noite, Pedro? — Jão flerta com seus lábios roçando os de Pedro.

Pedro: — É o que eu mais quero, Jão... — Ele devolve deixando um selinho em sua boca e o puxando para dentro do quarto.

Pedro fecha a porta do quarto e logo em seguida Jão o coloca contra a porta e o beija.

Durante aquele dia eles trocaram alguns beijos, mas nenhum tinha sido como aquele, um beijo bem mais voraz e intenso, naquele instante ambos tomaram a liberdade de expor o quanto se queriam, e mesmo com apenas um beijo, já ficou claro.

Sem nem perceber, eles deram passos para trás até caírem juntos na cama se Pedro. Suas mãos exploram o corpo um do outro com calma, por mais que se desejem tanto, eles não têm pressa.

Sem desgrudar sua boca da de Pedro, João inverteu suas posições, deixando o cavaleiro em seu colo, em seguida começando a beijar levemente seu pescoço, ainda acariciando seu corpo com as mãos.

Pedro suspira a cada beijo e toque do pirata, é quase como se fosse a primeira vez que fizesse isso, não era, mas fazia tempo que suas relações eram apenas físicas, ele mal se lembrava da última vez que passou a noite com alguém que realmente gostava antes de João aparecer, muito menos da última vez que se sentiu desejado por alguém da forma que ele se sentia agora.

Ele apenas se deixou esquecer do resto do mundo e do que costumavam esperar dele nessas situações, ele se permitiu apenas deixar acontecer sem se preocupar com mais nada.

Talvez pela primeira vez.

Calmamente, ouvindo seus suspiros e sentindo a reação do corpo de Pedro, João levou os dedos aos botões da bata que ele usava, em seguida voltando a olhar os olhos de Pedro, pedindo permissão.

Pedro assentiu e ele começou a abrir sua roupa, ele aproveitava cada parte que do corpo dele que expunha para beijar sua pele, até que seu peito estivesse completamente nu.

Jão: — Já te disseram que você é muito lindo? — Jão diz carinhoso, enquanto desliza os dedos pelo seu peitoral descoberto.

Pedro: — Não que eu me lembre. — Pedro respondeu simplesmente.

Jão: — Você é lindo demais, Pedro. — Ele sorri, deixando um beijo nos lábios dele e depois voltando a despi-lo.

Quando não resta uma única peça de roupa sequer no seu corpo, Pedro sorri e por fim começa a despi-lo também, assim como João, demorando seu olhar sobre seu pirata.

Pedro: — Você já... fez isso antes? — Pergunta quando termina se tirar tudo que ele veste.

Jão: — Já sim. — Jão sorri. — E você?

Pedro: — Também. 

Jão: — Tem algo que seja melhor para você?

Pedro: — Tanto faz. — Ele encolhe os ombros. — Eu só quero você, João. 

Jão segura o queixo de Pedro puxando seu rosto para a frente até colar seus lábios em um beijo suave, Pedro suspira contra os seus lábios, o desejando mais do que nunca.

Ele estava cem por cento entregue a João.

Jão se moveu sobre a cama até estar encostado na cabeceira, depois calmamente ele puxou Pedro para o seu colo.

Então enfim, naquele quarto, um cavaleiro e um pirata se fizeram um só.

João começou bem devagar até que Pedro se acostumasse com ele, logo o som abafados de ambos foram se intensificando, Pedro levou uma das mãos ao pescoço de João e o beijou, considerando uma forma deliciosa de calar seus sons antes que ficassem altos demais.

Pedro: — Jão... — Pedro arfa — Continua...

Jão: — Vai mais rápido então... — Jão pede e ele apenas obedece, voltando a beijá-lo.

João levou as mãos até a cintura de perto, o apertando com força para mantê-lo em seu colo, ele não ligava para mais nada, com quem eles eram ou com qualquer outra complicação, ele só queria estar com o Pedro, dar prazer a ele, provar de uma vez por todas que o merecia.

Pedro sentiu João dentro dele por completo e se deliciou com ele sem se importar nenhuma outra coisa, para ele pouco importava se Jão era para ser seu inimigo, apenas o que sentia por ele e todas as sensações ele o proporcionava.

Nada mais importava para aqueles dois, de onde eles eram, se eles deveriam ser inimigos, e as consequências que aquele relacionamento poderia trazer, eles apenas se permitiram sentir toda paixão, prazer e amor que sentiam um pelo outro, apesar de serem de mundos tão diferentes, um pirata e um cavaleiro nesse instante se completavam e eram o suficiente um para o outro.

Quando sentiu o corpo de Pedro tremular sobre o dele, João aumentou suas estocadas até ambos atingirem o ápice, simultaneamente.

Logo os corpos dos dois tombam na cama de Pedro, ainda ofegantes.

João acomodou Pedro na cama e pegou uma manta para jogar sobre seu corpo nu, a madrugada prometia ser fria, mas quando ele ameaçou se levantar, Pedro o impediu.

Pedro: — Não vai, João... — Ele pede puxando seu corpo. — Fica aqui comigo...

Jão sorriu sentindo o coração palpitar.

Jão: — Eu não vou a lugar nenhum... — Ele deixa um selinho nos lábios de Pedro e volta a se deitar do seu lado.

Pedro o abraça e acomoda o corpo nele e assim eles pegam no sono, nada mais importava.

"Foi perda total quando eu te vi, caiu do céu, tem um anjo aqui..."

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora