{XXIV} Motivos

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"Se eu me ferir no processo

Eu me resolvo, tudo certo

Em qualquer sombra eu descanso

A gente tem a dor parecida nessa vida

Por isso eu gosto tanto..."

— Idiota, Jão

P.o.v. Pedro

Aos poucos o sol foi descendo, e o céu tomando a sua tonalidade rosa-alaranjada de todos os dias, é uma vista bem bonita, estou tão acostumado com a vista que tenho no meu quarto no castelo que às vezes me esqueço de como eu amava ver a paisagem daqui.

Jão mirava o crepúsculo com um olhar perdido.

Pedro: — Você ainda me parece nervoso...

Ele suspira e depois me olha.

Jão: — É que eu sinto que você é bom demais para mim, Pedro, não consigo entender que motivos você teria para me querer dessa forma.

Pedro: — Você quer mais motivos ainda? Jão, eu te amo! Precisa de mais alguma coisa?

Ele me dá um sorriso mais lindo que eu já vi.

Jão: — Eu não duvido do seu amor por mim, mas é que eu ainda... — Interrompo ele com um beijo.

Um beijo daqueles lentos que nossas bocas se saboreiam livremente, consigo ainda senti-lo ofegante.

Pedro: — Quer mais um motivo? — Pergunto com um sorriso assim que nossos lábios se separam?

Jão: — Você tem mais motivos? — Diz naquele tom de flerte já costumeiro, sorrio.

Pedro: — Posso te dar muitos motivos para acreditar em mim... — Digo e uno nossos lábios novamente.

Toda vez que nos beijamos, é como se João ansiasse por mim, como se ele realmente temesse que eu pudesse desaparecer da vida dele, ninguém nunca me beijou com tanto desejo.

Pedro: — Quer mais motivos? — Pergunto ofegante.

Jão: — Me dê quantos motivos você tiver.

O beijo novamente, dessa vez o beijo é voraz, minhas mãos vão até a cintura de João e as dele passeiam pelo meu pescoço e minha nuca.

Pedro: — Posso te dar mais motivos ainda...

Jão: — Então me dê... — Sua voz sai fraca contra meus lábios.

Deslizo a mão que estava na cintura dele até a base de sua coxa e o ergo do chão, me levantando com ele em meus braços, Jão se encolhe no meu colo e eu dou alguns passos até estar novamente dentro do quarto.

O deito na cama delicadamente e em seguida o beijo de novo, com ainda mais desejo que antes.

Abro cada botão da sua bata ainda com nossos lábios unidos, em seguida me afasto um pouco e puxo a peça para cima, depois tiro a parte de cima da minha bata, ele desliza os dedos pelas cicatrizes dos meus cortes e me olha com preocupação.

Pedro: — Estou bem. — Garanto.

Jão: — Tem certeza?

Pedro: — Absoluta.

Ele enfim volta aquele sorriso atrevido para o rosto, deslizando as mãos pelo meu peito, até a parte de baixo da minha roupa, não leva muito tempo para tirar também.

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora