{XIX} Aos Seus Pés

459 35 78
                                    

"Se encosta em mim feito estrelas se encostam a noite no céu

Me beije como as ondas beijam a beira-mar

Ah, deixa eu te bagunçar

Acabar com teu ar

Te causar arrepios frios

Ah, cê chegou pra ficar

Meu sol particular..."

— Sol Particular, Gabriel Elias

P.o.v. João

Eu realmente fui ao quarto do Pedro naquela noite.

Eu queria passar a noite com ele, fosse tendo seu corpo pra mim ou apenas dormindo em seus braços.

Mas uma parte minha não conseguia parar de pensar nas conversas que tínhamos tido hoje cedo.

Bati na porta dele e ele abriu quase imediatamente, já estava usando apenas a bata e com um sorriso que me faria fazer qualquer coisa que ele pedisse.

Pedro: — Já estava achando que você não vinha... — Ele diz me dando passagem para entrar.

Entro no quarto de Pedro e fico parado próximo a sua porta.

Pedro: — Aconteceu alguma coisa?

Jão: — Por quê?

Pedro: — Você está estranho, parece apreensivo...

Jão: — Eu só...

Pedro: — Você está nervoso por descobrir minha relação com o Jonas, ou com minha missão?

Jão: — As duas coisas... — Confesso.

Pedro vem até mim e segura minha cintura, me puxando pra perto, logo em seguida ele une nossos lábios.

Pedro: — Não precisa se preocupar com minha missão, eu vou voltar pra você antes que sinta minha falta. — Ele vai me dando beijos rápidos enquanto fala.

Jão: — Você nem foi ainda e eu já estou sentindo sua falta... — Envolvo seu pescoço com lábios unindo mais ainda nossos corpos.

Pedro: — Porque ao invés de se focar nisso, você não foca em mim, bem aqui nos seus braços, querendo aproveitar enquanto estou com você...

Jão: — Você promete que não vai ser a última vez?

Pedro: — Quando eu voltar vou ganhar uma folga de uma fase da lua a outra, vamos poder matar nossa saudade de uma forma ainda melhor... — Ele me beija.

Jão: — Vou estar te esperando.

Pedro: — Vai ser bem rápido, prometo. — Ele me beija outra vez. — E quando eu estar de volta o príncipe talvez nem esteja mais aqui.

Jão: — Nem quero pensar no que ele poderia fazer para te ter de novo...

Pedro: — Então não pense... — Ele me beija.

Sem que Pedro diga nada, sinto que hoje é mais um daqueles dias em que ele teve um treinamento mais intenso, senão acho que ele já teria passado disso.

No beijo ele dá alguns passos, me empurrando, até que sinto minhas costas contra a porta de seu quarto.

Jão: — O que você quer que eu faça por você hoje, hein? — Pergunto entre o beijo.

Pedro: — Você fazer por mim? — Ele ri contra os meus lábios, segurando meu queixo.

Jão: — Estou à sua disposição, meu cavaleiro.

Pedro: — Piratas se rendem com essa facilidade?

Jão: — Com a mesma frequência que cavaleiros.

Pedro: — Bom saber... — Ele me beija — E nesse momento pode ser o primeiro pirata a ter um cavaleiro ajoelhado aos seus pés... — Ele sorri contra os meus lábios, levando as mãos até o cós da minha calça, muito provavelmente já sentindo a reação do meu corpo, que crescia a cada palavra dele.

Jão: — Eu adoraria ter essa experiencia...

Sem dizer mais nada, Pedro deixa mais um beijo em meus lábios e em seguida realmente se ajoelha, ele me olha com as mãos ainda na minha cintura, como se pedisse permissão, meneei com a cabeça e ele logo desceu minha roupa toda e me tocou lentamente.

Soltei um ganido baixo com seus toques e logo senti sua língua em mim, tive que morder os lábios para não gemer alto demais.

Olhei pra ele, Pedro sorria ao ver o efeito que me causava.

Logo em seguida ele me põe por completo em sua boca, surpreendido, tudo que consigo fazer é morder meus lábios com mais força, agarrar seus cabelos com minhas mãos.

A boca de Pedro é voraz em mim, me sinto pulsar na sua garganta como se ele sequer tivesse reflexos, suas mãos, hora me tocam, hora arranham minhas coxas, o que só é mais prazeroso.

Jão: — Hum... Pedro... — Deixo meus gemidos escaparem. — continua assim... — Imploro.

Pedro aumenta seus movimentos e tento por tudo conter meus sons, ofegante.

Ele diminuiu o ritmo e levou as mãos até meu abdômen massageando lentamente, o que estendeu meu prazer, me enlouquecendo completamente.

Jão: — Estou quase... hum... — Ele voltou a intensidade de antes e sem aguentar mais nenhum segundo, atingi meu ápice.

Apoiei todo o meu peso contra a porta, ofegante e sem qualquer equilíbrio para dar um passo sequer, Pedro voltou a ficar de pé, com aquele sorriso, e colou seus lábios nos meus, intensamente como sempre.

Quando me dei conta, ele me pegou em seus braços e me levou até sua cama, me deitando delicadamente e em seguida se deitando ao meu lado e deixando um beijo doce em meus lábios.

Pedro: — Bom? — Ele sussurra com um sorriso.

Jão: — Demais — Murmurei sem forças — O que eu faço com você agora, hein?

Pedro: — Você tem ótimas mãos...

Afundei uma de minhas mãos no seu cabelo, puxando seu rosto para perto e o beijei, ele sorriu contra meus lábios e meu coração disparou.

Deslizei minha mão livre pelo seu corpo devagar, adentrei sua bata e acariciei cada parte do seu peito e seu abdômen, logo em seguida adentrei a parte de baixo da sua roupa, o acariciando bem devagar.

Pedro gemeu baixo contra meus lábios quando aumentei os movimentos e eu colei nossas bocas,

Pedro: — Você é tão bom... — Ele geme baixo na minha boca, continuo meus movimentos de vai e vem cada vez mais rápidos, às vezes reduzindo a velocidade repentinamente só para ver suas expressões.

Quando sinto seu corpo tremular contra o meu, intensifico ainda mais os movimentos da minha mão, até senti-lo se desfazer.

Acho nunca vou me cansar de dar prazer a esse homem e admirá-lo quando ele chaga lá.

Pedro: — Você é incrível meu pirata... — Ele murmura com a voz rouca.

Jão: — Você não viu nada ainda, meu cavaleiro, — Beijo seus lábios. — Vai ver quando você voltar.

Ele me beija mais uma vez e em seguida ajeita nossos corpos na cama, se acomodando em meus braços e deitando a cabeça no meu peito.

Fecho os olhos, ainda um pouco nervoso, quando pensava que ele estaria fora amanha de manhã, às vezes eu tinha que me lembrar que aquele homem tão doce que dormia em meu peito tinham suas funções a cumprir.

Afasto esses pensamentos e adormeço ali ao lado do meu cavaleiro, Pedro disse que voltaria pra mim e eu acreditava, eu sabia que teríamos muitas mais noites assim ainda.

"Acalentar você, meu sonho bom..."

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora