BÔNUS II (Um presente)

169 24 46
                                    

Antes de tudo:

Oi, senti saudades dessa aqui, então decidi dar um capítulo curtinho de presente pra vcs, espero que gostem <3

⋙⋙⋙⋘⋘⋘

"Ainda que a gente se perca nosso amor é mais

É nó de marinheiro e não sai

É nó de marinheiro e não sai

Eu sou o teu porto seguro

Você é meu cais

É nó de marinheiro e não sai..."

— Nó de Marinheiro, Gabriel Elias

*Anos depois*

P.o.v. João

Jão: — O céu está vermelho! — Anunciei, um sinal par atracarmos o barco.

Pedro: — Vem, Amanda! — Meu marido chamou, já próximo a âncora.

Ela correu até nós, com um sorriso enorme.

Amanda: — Deixa eu soltar a âncora, papai, deixa, deixa...

Pedro sorriu quando ela correu para os seus braços e a pegou no colo.

A cena me deixou levemente emotivo, admito

Já faziam dois anos que nossa pequena entrara na tripulação, nós a encontramos sozinha no porto, muito assustada com tudo, ela vivia ali desde que perdeu os pais.

Foi parecido com o jeito que James me encontrou.

Agora, ela fazia parte da nossa tripulação.

Da nossa família.

Era incrível como apesar de tantas coisas mudarem, tudo estava melhor do que meus melhores sonhos.

Com o barco ancorado, nós três nos sentamos na proa.

Amanda: — Então a chuva vai vir, papai? — Perguntou deitando no meu colo.

Jão: — Sim, minha querida, essa noite.

Amanda: — A gente vi ficar bem, não vai?

Pedro: — Vamos, sim, minha piratinha, não precisa ter medo.

Jão: — Mas, se quiser, pode dormir com a gente essa noite.

Amanda: — Eu posso? — Ela sorri

Pedro: — Só dessa vez. — Pedro ri e faz carinho nos cachinhos dela.

A medida que o sol se põe, algumas estrelas aparecem no céu, poucas, pois está nublado, nós três nos deitamos no cais e eu e Pedro contamos sobre as constelações.

Nossa menina olha admirada para o céu, lembra de quando vimos tartarugas em uma praia que paramos, pergunta sobre o que tem depois do horizonte, Amanda é uma criança muito curiosa.

Mesmo não sendo nossa filha se sangue, ela se parece com a gente, tem um brilho noa olhos parecido com o meu sempre que mira o mar, e uma coragem que me lembra de Pedro.

No fim da noite, nos preparamos pra dormir, ela se deita entre nós dois.

Amanda: — Papai, conta uma historinha! — Pede.

Eu e meu esposo nos olhamos.

Jão: — Papai Pedro já contou de quando ele era um cavaleiro em um reino muito distante daqui? — Digo.

Pedro ri.

Amanda: — Conta, pai Pedro! — Ela pediu empolgada.

Pedro: — Bem, antes de ser um pirata igual ao pai Jão, eu costumava viver em terra firme....

Eu adorava ouvir as histórias de Pedro, pensar que ele antes vivia em um mundo tão diferente do meu e largara tudo por mim.

Amanda não demorou muito pra pegar no sono, nem nós, o dia tinha sido longo.

Mas muito bom, assim como cada dia com eles ao meu lado.

Pouco antes do sol nascer, eu acordei, a chuva da madrugada tinha sido bem mais tranquila do que eu imaginava.

Mesmo com a pouca luz, pude ver minha filha dormindo nos braços de Pedro, e era a cena mais linda do mundo.

Amo eles demais.

Me levantei calmamente pra não acordá-los e fui até a proa.

Os primeiros raios de sol começavam a despontar, sorri, sentindo o cheiro do mar depois da chuva.

Eu achava que atingir a paz seria impossível pra mim, depois que perdi tudo, que me vi apaixonado por um cavaleiro, e agora estava aqui.

Pedro: — Acordado a essa hora, capitão? — Ouço meu marido sussurrar.

Ele vem até mim e abraça minha cintura.

Jão: — Apenas pensando na sorte que eu tenho... — Deixo um beijo nos lábios dele.

Pedro: — Eu penso nisso com muita frequência... — Ele ri contra os meus lábios. — Eu te amo...

Jão: — Também te amo, meu amor. — Ele me beija outra vez.

Encosto a cabeça no ombro dele e nós ficamos ali, vendo o sol nascer.

"Desse sonho ninguém despertou..."

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora