{XXXI} A mais bonita das noites...

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"E toda essa gente que reza por nós

Mudaria num instante a nos ver a sós 

No meu ouvido o som da sua voz

É tão bonito

Eu vou estar onde você estiver

Eu vou queimar pelo preço de te ter..."

— Religião, Jão

P.o.v. Narrador

As luas iam passado e as coisas entre nosso casal estavam boas como nunca.

O clima do palácio estava um tanto estranho pelos rumores de profecia, mas Jão e Pedro não ligavam para isso.

Naquela tarde, Jão e Hugo conversavam na joalheria enquanto faziam inúmeros cordões de ouro que seriam usados em mais uma oferenda aos deuses.

Jão: — Por que dessa vez os soberanos pediram correntes de bronze junto das correntes de ouro?

Hugo: — Para demonstrar simplicidade, o rei está tão desesperado para que Helena se case que abriu mão dos cargos de nobreza e disse que ela pode se casar com qualquer serva ou amazona do palácio.

Jão: — Mais uma lua e ele vai deixar que ela se case com uma plebeia. — Jão brinca em tom baixo.

Hugo: — Eu não duvidaria. — Hugo ri

Jão: — Mas, uma coisa que eu ainda não compreendi, se ele quer tanto que a filha se case, por que não a obriga igual fez com o outro filho?

Hugo: — Acho que se ele pudesse, já teria feito isso, mas o sumo sacerdote disse que os deuses não gostaram da fora que ele ofereceu seu primeiro filho antes mesmo que nascesse, então fizeram o soberano jurar que não faria isso com suas outras filhas.

Jão: — Entendi, e por que toda a preocupação está em cima apenas da princesa Helena?

Hugo: — A princesa Luna é uma criança ainda, eles vão se preocupar com ela no futuro, com certeza.

Eles seguem conversando enquanto cuidam das joias

Naquele fim de tarde, Jão estava terminado de polir as novas joias quando Pedro entra na joalheria.

Porem, antes de se dirigir a ele, troca uma palavra baixas com Hugo, Jão não escuta, apenas vê o joalheiro concordar com a cabeça.

Pedro: — Está terminado aí? — Diz se aproximando.

Jão: — Estou quase, — Ele sorri, — Por quê?

Pedro: — Quando terminar, me encontra nos fundos do jardim. — Ele sussurra e em seguida deixa um beijo no rosto de Jão.

Jão: — Tudo bem... — ele dá um sorriso bobo.

Pedro logo deixa a joalheria.

Hugo: — O Pedro é um bom rapaz, né João... — Hugo comenta observando o sorriso do garoto.

Jão: — É... — Ele responde levemente corado.

Hugo: — Dá pra ver que ele gosta muito de você,

Jão sorri levemente sem jeito, mas, muito feliz.

Ele e Hugo não tocaram mais no assunto depois da última conversa que tiveram sobre piratas, mas em seu âmago Jão sentia que Hugo sabia quem ele era.

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora